Depois de mais de uma década e meia a receber textos em carta e em mail sobre miríades de assuntos que diziam respeito ao nosso passatempo e de sempre nos termos esforçado por dar uma resposta, um sinal, um apontamento de que, mesmo não sendo as propostas exequíveis naquele momento, não caíam em saco roto, temos que manifestar aqui o nosso desconsolo!
Quando avançámos para este blogue, com ainda maior prejuízo da nossa vida pessoal e profissional, como parece óbvio, foi na inteira convicção de que finalmente poderíamos dar a resposta e estabelecer o diálogo cabal que a modalidade e os nossos cofrades mereciam por inteiro.
Continuamos a pensar que o merecem, mas a resposta está muito longe daquilo que eram as expectativas, face ao imenso volume de correspondência anterior, sobre os diversos temas.
Exceptuando as participações de um núcleo tradicionalmente mais participativo, a maioria silenciosa continua em absoluta maioria!
Será conclusão óbvia que essa maioria está com tudo o que lhe pusermos na frente? Que aceitará o que aparecer? Que concorda com tudo o que tem sido a nossa actuação?
Gostariamos de acreditar que sim, mas parece-nos que o que há é muita preguiça! Que os escritos que nos foram chegando nessa década e meia tinham causas recentes, azias por um ou outro ponto perdido... E nessas alturas as pessoas abrem a mente e abalançam-se na crítica e na proposta de soluções, que de outra forma não lançariam.
O Pessoa, o outro, o Poeta, dizia que "tudo vale a pena...", mas será que é mesmo assim?
Não está nos nossos planos lançar a toalha ao tapete!
Já este domingo, daqui por algumas horas vai estar nas bancas o PÚBLICO com o Policiário e lá estarão as nossas ideias para a época 2009/2010, ideias obtidas aqui e ali, nas participações dos nossos queridos Amigos que sempre nos deitam a mão, nos auxiliam!
Os outros, a imensa maioria silenciosa vai certamente aceitar passivamente. E sem que isso seja um defeito, ou um feitio, desejariamos que não nos fosse passado um cheque em branco, quando o que está em jogo é o Policiário.
Porque o Policiário, acreditem, está mesmo em jogo!
LP/INSP. FIDALGO
4 comentários:
Que me desculpe o Luís Pessoa, mas isso não será antes um sinal de confiança no seu trabalho, que todos sabemos ser de qualidade?
Deco
concordo com o confrade Deco, que isto será sobretudo um sinal de confiança e de concordância da grande massa de participantes.
Outra explicação, prende-se também que é mais fácil escrever directamente uma carta a uma pessoa, que apenas essa pessoa lerá, do que que aqui expôr publicamente perante todos a sua prosa. Será, digamos, uma espécie de timidez... um certo pudor...
Karl Marques
Porque o policiário está MESMO em jogo, há que trabalhar para ganhar esse jogo (mais um)!
Li as grandes linhas do LP para a próxima época e concordo, na generalidade.
Não tenho dúvidas de que a secção do Público tem de se abrir a todos os seus leitores, no sentido de, privilegiando a minoria (os policiaristas), ser visitada pela maioria; o que implica, naturalmente, novas "montras" de interesse.
Quero eu dizer que a variedade de propostas tem de aumentar, sustancialmente...
Recordo o meu início no policiário, há mais de 45 anos, na página do SETE, secção que oferecia palavras cruzadas, testes de cultura geral e problemas policiários. Uns entraram por uma porta, outros por outra, mas entraram muitos, que ficaram.
Problemas policiários, testes de cultura geral, alguma incursão (cuidadosa)na técnica policiária (servida com uma embalagem atraente)! Torneios na área da cultura geral (aquela a que toda a gente pode concorrer)...
Uma dúvida me assalta. Terá o LP tempo para ver milhares de respostas mensais (10 problemas é quase um por mês), mais outras tantas dos outros torneios?
Ele é que sabe! Eu não conseguiria, apesar da minha situação de aposentado!
Haverá secções para tantos resultados?
Temo, sinceramente, que a coisa possa empanturrar a mesa de trabalho do Orientador, causando atrasos desmoralizadores para quem concorre... Não creio ser agradável para ninguém a repetição deste ano, em que estamos numa época, a discutir a próxima e sem saber todos os resultados da anterior. Bem sei que o ano passado foi atípico (Problemas informáticos), bem sei que há que defender o futuro (o presente, também?), mas ninguém está livre de um problema qualquer e é bom pôr uma rede debaixo do trapézio. Penso, até, que (atendendendo ao panorama) se pode baixar o número de problemas policiais, dando mais espaço para torneios de captação de novos leitores da Secção (e, sobretudo, concorrentes de outras áreas).
Aqui fica um pontapé de saída para a discussão...
Um abraço
Zé-Viseu
Caro LP
Precisa ter paciência. Quando começou com a Secção no Público o número de concorrentes era menos de 1/4 dos actuais e agora é o que se sabe e se não são mais é porque a preguiça e o comudismo ainda impera.
Penso que um torneio com menos de 10 problemas perde muito do seu interesse mas com 8 ainda se aceita. Menos iria dar origem a listas enormes de totalistas.
Concordo com o Zé se tivessemos mais espaço e com as palavras cruzadas e outros passatempos entregues a outro orientador. Com o espaço actual parece-me que temos que nos contentar com o que temos.
Como muitas vezes já foi dito, torneios de captação deveriam ser feitos em outros orgâos mas qundo aperecem nós sabemos a ceitação que têm. Geralmente os concorrente são aqueles que vão a todas e se os problemas forem muito faceis nem esses aparecem e a secção perde interesse tanto para os orientadores como para o próprio jornal em que ela estiver incerida
Rip Kirby
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