domingo, 5 de julho de 2009

SOLUÇÃO DA PROVA N.º 8

CAMPEONATO NACIONAL

SOLUÇÃO DA PROVA N.º 8 (ÚLTIMA)

O INSP. FIDALGO E A MORTE PELA NET

A base para resolução deste problema é a interpretação correcta das imagens gravadas pela câmara Web.
O ponto central é que, quem quer que seja o interveniente no filme, com cerca de 1,90 m. de altura, de quem nada se vê acima dos ombros, está a agir premeditadamente com o sentido de atirar com as culpas para cima do outro, ou não dissimularia a sua presença, escondendo a identidade.
Não há dúvidas que sabia estar a ser filmado e quais os limites da filmagem. Caso contrário, não precisava de ir fazer a parte da casa de banho, avançava logo para a moça e batia-lhe forte, inclusivamente fora do alcance da câmara.
A existência do ferro, arma do crime, indica que houve premeditação no acto.
Parece óbvio que houve cumplicidade com o captor das imagens, só assim se compreendendo todo o aparato para este gravar quando não está e não gravar quando está, que sendo possível, não é normal; o incorrecto reportar da informação, porque a imagem não desaparece simplesmente, a sua correspondente apareceria “offline”; o atraso com que entrega as imagens à polícia; ou até o enquadramento da imagem na câmara Web que parece ter sido “orientado” por ele, como sugestão à vítima, para que assim aparecesse e o momento certo da entrada em cena do criminoso, que queria, como já vimos, ser visto. Depois, o seu comportamento é estranho na medida em que, como refere, ouviu na rádio que era a namorada de um multimilionário e em vez de tentar novo contacto com a moça, como seria mais óbvio, prefere ir ao computador procurar as imagens e levá-las à Polícia.

Temos dois candidatos a autores do crime, Jorge e Vasco. Quem actuou para o filme, fê-lo no sentido de atirar as culpas para o outro, como já vimos.
Se fosse o Vasco, este pensaria e premeditaria toda a cena. Comunicava com o cúmplice para saber se o enquadramento estava certo e, uma vez lá dentro – seria visita habitual – ia para a casa de banho, mas representando para a câmara como Jorge. Ora, sendo este um modelo de educação e nível, nunca o imitaria deixando a porta aberta, urinando sem antes lavar muito bem as mãos (uma regra básica de higiene que todos os homens deviam cumprir para defesa própria e respeito higiénico para com o seu próprio corpo) e limpando as mãos ao próprio fato depois de lavar as mãos no fim! Assim, era mais a imitação de um sem-abrigo de que de um modelo!
Se fosse o Jorge, este faria os mesmos preliminares com o cúmplice, entraria com a cara tapada ou com o capacete, fazendo-se passar por Vasco e ao ir para a casa de banho procurava mostrar para a câmara, que não era o Jorge super-educado e cometia voluntariamente todos os erros!
Exagerava, como é usual quando a ideia é dissipar suspeitas ou encontrar álibis, porque queria deixar bem vincado que ele nunca seria tão pouco limpo!

A conclusão é óbvia, o nosso criminoso é o Jorge!
Estas suspeitas são reforçadas por atitudes incongruentes por si tomadas. Ele vai fazer uma surpresa à namorada, combina tudo com o Vasco, daí não haver lugar para uma tentativa de contacto com ela. Ela não sabe que ele lá vai, não estava à sua espera. Então para quê telefonar-lhe? Para lhe dizer que queria fazer uma surpresa mas não conseguia? Mas repare-se que ele afirma que fez a chamada assim que chegou ao Pico. Se não tinha já nenhuma esperança de lá chegar, para quê fazer a chamada? Qualquer pessoa de lá lhe diria para aguardar umas horas que a situação podia aliviar, como aconteceu, de resto. Por outro lado, uma pessoa tão rica como ele, não teria um acesso à net para lhe comunicar, até com imagem, o seu gesto?
Depois, após tanta preparação e trabalho, ao ser aberto o espaço aéreo, vem-se embora para o Continente, quando está a escassos minutos do seu destino? Mesmo que fosse verdade que só lhe autorizassem o regresso a Lisboa, como afirma, mais uns tempos de espera não lhe fariam diferença. O tempo estava a melhorar. Uma vez ali, com a surpresa ainda possível, desiste de imediato e regressa.
Também o regresso é curioso. Depois daquela trabalheira toda, nem se preocupou por não conseguir contactá-la e relatar-lhe as suas andanças daquele dia! Diz que tentou, mais nada. Mas não seria lógico, em último recurso, contactar com o Vasco para lhe pedir que fosse relatar à Graça e saber dela? Não o fez!
E então quando nem sequer vai ao encontro da sua amada, por qualquer meio, ao saber da sua morte, tudo fica claro!
O Fidalgo estava na posse da gravação das imagens que o moço lhe levou e é óbvio que aquela prova jamais seria exibida, mesmo que informalmente, a um suspeito, por mais importante ou rico que fosse! Pelas 20 horas o Inspector vê o filme e pela meia-noite o suspeito é ouvido e afirma já ter visto o filme!
Ele terá visto mesmo o filme, mas antes do moço o ir levar às autoridades, alterado pelo menos na hora (operação simples) que assinala 10.15, o que representaria 9.15 nos Açores e o absolveria de imediato porque o avião aterrou no Pico às 9.13!
O poder financeiro do Jorge mandava mais alto e assim comprou a cumplicidade.

Mas o planeamento do crime terá sido feito para a situação de não haver mau tempo, o voo ir directamente para o Faial, sendo depois alterado. Também assim o Vasco fica fora da suspeita porque o avião aterraria no Faial pela mesma hora, 9.13. O aeroporto fica a mais de 9 Km da cidade da Horta. Ora, conforme Jorge afirma, antes de alugar o carro no Pico (antes das 9.35), telefonou ao Vasco a dar-lhe as novidades e ele ficou muito nervoso. Demorando o contrato do aluguer no Pico cerca de 10 minutos, o telefonema teria sido pelas 9.25. Isso só poderia querer dizer que ele já matara a Graça e agora não sabia o que fazer. Nestas condições, por essa hora estaria o Jorge a iniciar o caminho dos 9 Km para a Horta, partindo do princípio que tinha planeado ter uma viatura a sua espera, mas podendo até ir acompanhado, o que o Vasco não sabia. Igualmente, sendo a filmagem (alterada a hora ou não) registada no computador às 10.15 do Continente, 9.15 dos Açores, o Jorge ainda estaria no aeroporto da Ilha do Faial. Portanto, se fosse o Vasco o criminoso tentando atirar as culpas para o Jorge, punha-o a matar enquanto ele não tinha a mínima hipótese de estar no local do crime!

O Jorge preparou tudo para se vingar da namorada e do Vasco. Combinou com este fazer uma surpresa à Graça. Para isso terá pedido ao Vasco para trazer o aparelho, o capacete e o fato, logo após ficar “de baixa” e certamente terá incentivado a que este desse umas voltas de “asa-delta” e fosse a casa da namorada, de quando em vez, com o fato e possivelmente com o capacete, para que ela se habituasse a vê-lo chegar assim e não estranhasse quando fosse ele a entrar.
No dia combinado, o temporal podia complicar, mas o Jorge torneou a questão, pedindo ao Vasco que o viesse buscar de barco a um local menos visível e daí ter alugado o carro. Ele estava enfraquecido da imobilidade de um mês, não conhecia o mar como o Vasco e além do mais despertaria suspeitas se alugasse um barco. Essa foi a chamada que ele assentiu ter feito. A travessia do canal é quase sempre possível e relativamente fácil para quem conhece, ao contrário da aérea. Vasco veio buscá-lo e levou-o ao destino, onde tinha o fato e o capacete que o Jorge vestiu. Como havia mau tempo, o aparelho de “asa-delta” ficou fora da surpresa.
Certamente Jorge terá dito a Vasco para aguardar por ele no barco porque a surpresa era muito breve, já que teria alguma coisa de urgente para ir fazer em qualquer parte, enfim, coisas excêntricas de rico e, se calhar até a arma usada, provavelmente um ferro parecido com um pé de cabra, lhe foi fornecida por ele, como parte da alguma brincadeira…
Depois de fazer o “trabalho”, Jorge regressou ao barco, sem o fato nem o capacete, que foram encontrados na Horta, mas com o ferro que ainda iria ter uso e iniciaram a travessia, que só terminou para ele.
Os dias seguintes iriam, certamente, dar respostas e confirmações. O corpo do Vasco, o barco, talvez o ferro…

46 comentários:

Anónimo disse...

Penso que, embora com algumas nuances diferentes, a minha solução está de acordo com a do autor.

Rip Kirby

Anónimo disse...

solução muito boa. Não cheguei lá mas assim nºao custa tanto perder. para o ano vai ser melhor. Parab+ens ao Inspector Fidalgo.

Deco

Anónimo disse...

Também me pareceu que só podia ser o Jorge por causa do Vasco não dominar nenhum aspecto das coisas nem nenhum horário, mas acabei por ir para o Vasco por causa da casa de banho, mas agora acho que é mais lógico na solução. Um problema muito bom e muito difícil também. Arrisco que não vai haver totalistas.

Zzz

Anónimo disse...

Este foi o melhor problema que respondi na minha vida e não acertei mas acho que agora tem lógica. Não percebi a cena da ida à casa de banho nem percebi na altura mas agora sim. Um problema melhor que já li.

Martelada

Anónimo disse...

Vai ser bonito, vai. Uma desgraça de certeza.
Quem nos acode?

Fáfá
Féfé
Fifi

Anónimo disse...

Meu caro LP:
Não me esqueço de ter, na época passada, traçado críticas à tua solução do último problema.
Por isso, aqui estou para te felicitar por esta. Uma solução exaustiva, fechando todas as portas que o teu raciocínio abria; enfim, uma solução "blindada".
Pode estar-se (ou não) de acordo com ela; mas não se pode pôr em dúvida a honestidade da solução, relativamente ao quadro proposto.
Eu fui um dos que se decidiram pelo Vasco, após duas semanas de dúvidas permanentes.
Como viste (ou verás) na minha solução,tracei, exactamente, os mesmos quadros que tu traçaste, quanto ao Vasco e ao Jorge. Pus, até, em evidência mais algumas das incongruências comportamentais deste último (que não terão cabido na solução oficial), mas, na hora da opção, quando o lógico seria - por tudo isto, o culpado é o Jorge, não o fiz e optei pelo Vasco!
Porquê? Porque, como digo na minha solução, eu gosto é de decifrar, não me importando o que está em jogo (seja o primeiro ou o último problema). Eu gosto é de trabalhar um texto e é ele que me leva à conclusão. E este não me levou a concluir pelo Jorge, por duas razões que não consegui ultrapassar:
- O estado do mar!
Dizia-se no texto que "a tempestade estava terrível". Para mim (e com a experiência que tenho), uma tempestade "terrível" "exige" ventos muito forte. Não será só a trovoada; o espaço aéreo fechado corresponde a grandes turbulências - ventos fortes e inconstantes. Ora isso acarreta odulações muito fortes (reparemos que, num curto espaço de tempo, caíram dois aviões em zona de turbulência e as condições do mar dificultaram o resgate; e eram profissionais). Bem sabemos que os homens do Pico (pescadores valentes) fazem ponto de honra de as enfrentar. Mas aqui não eram profissionais do mar. Eram dois amadores, cujas competências náuticas eu desconheço. Lutar contra uma tempestade terrível exige um treino perfeito - onde e como colocar o barco, em relação às vagas. Isso exige muitas competências e muito tempo (não é apontar e seguir). Não me pareceu, sinceramente, que dois amadores o conseguissem e em tempo que coubesse na janela entre o início do aluguer e a entrega do carro.
-O estado debilitado de Jorge.
Espaço aéreo fechado pressupõe má visibilidade, superada com as ajudas de pilotagem dos aviões; mas, nos barcos, é preciso ver, para acertar no sítio...
Não me parece possível que alguém, após ter sofrido um acidente relativamente grave, que o reteve em casa durante um mês, no primeiro dia que sai de casa esteja em forma para suportar duas viagens naquelas condições; e uma delas a conduzir (parcialmente) o barco, num canal que não conhecia e, para mais, num sítio isolado...
Foram estes dois pormenores,creio que apenas estes dois, que me fizeram divergir da solução oficial. Levei o barco pela mesma rota, mas, no final da viagem, cheguei a um porto diferente!
Dizia eu, na solução, que, se este texto estivesse construído para o Jorge ser o criminoso, teria sido o mais engenhoso problema que teria resolvido. E continuo com essa opinião. Bastava uma indicaçãozinha (por muito escondida que estivesse) sobre o estado do mar e a possibilidade da viagem ser feita por dois pilotos de barco (cujas competências desconheço em absoluto) amadores, para eu considerar que não me faltava nada!
Faltou e cheguei a um porto diferente.
Mas foi um exercício divertidíssimo. Até porque, para mim, decifrar é preciso; acertar na solução do autor não é preciso!
Um grande abraço
Zé-Viseu

Anónimo disse...

Uma solução muito boa;tal como o Zé,fui pelo Vasco,principalmente porque o estado do tempo não permitia a audácia de ir de uma ilha para a outra,especialmente naqyuele espaço de tempo.O que me levou mais para op Jorge foi a "cena" da casa de banho com o fulano a cometer muitos erros de etiqueta:a tampa da sanita para cima,limpar as mãos ao fato,deixar a porta aberta...Mas tudo bem;é mais divertido decifrar do que no fim das contas ter tudo certinho(embora não goste de perder pontos,haverá alguém que goste?) nesta altura tiro o meu chapéu a o Luis.
Medvet

Anónimo disse...

Agora depois de ler a solução do autor fiquei sem dúvidas, mas nunca pensaria as coisas desta maneira. Muito bom o disfarce da casa de banho. Se pensarmos nós a fazer, é claro que iamos imitar com o máximo de perfeição. Muito bom.
O senhor Zé-Viseu também tem alguma razão mas não é o texto que fala da tempestade terrível mas o Jorge e o que ele diz vale o que vale.
Parabéns ao autor, apesar de não ter chegado perto. Estou com o Medvet, assim dá gosto, apesar de ninguém goatar de perder pontos

I Alegria

Anónimo disse...

Ótima solução para um problema também ótimo.
Ainda não foi desta que lá cheguei mas agora acho que estou mais perto. É o melhor dos que já respondi.

Jo.com

Daniel Falcão disse...

Basta uma só palavra para classificar a forma como esta solução está construída: NOTÁVEL!

Este texto é uma verdadeira lição para quem anseia disputar um lugar nas melhores soluções.

Todavia, na minha opinião, há duas perguntas às quais a solução não responde e que me parecem cruciais. São as mesmas duas perguntas cuja resposta não encontrei e que me conduziram… ao Vasco.

1ª pergunta: Seria possível a vítima não ter identificado a pessoa que lhe apareceu à porta?

A minha resposta foi, obviamente, não. Por duas razões: o capacete não taparia completamente a cara; e, mesmo que tapasse, a vítima (especialmente estando a cara tapada, mas não os olhos) trocaria sempre algumas palavras com essa pessoa. Em resultado da minha resposta à pergunta, essa pessoa nunca poderia ser o namorado, caso contrário a vítima reconhecê-lo-ia, lançar-se-ia nos seus braços e esqueceria o amigo da Net.

2ª pergunta: Havendo premeditação e um plano para matar a namorada e o Vasco, as condições naturais inesperadas, como a obrigação de aterrar na ilha ao lado (até poderia ter sido noutra ilha, mas não foi), como seria possível levar o plano avante, especialmente quando envolvia dupla cumplicidade, em tão curto espaço de tempo?

Mais uma vez a minha resposta foi, obviamente, não seria possível. Pois, mesmo que existisse um plano alternativo (como, pelos vistos, até havia), as condições marítimas seriam semelhantes às condições aéreas (as mesmas que fizeram o avião aterrar num aeroporto que ficava a cerca de três dezenas de quilómetros de distância do aeroporto de destino). Novamente, a resposta a esta pergunta reforçou a teoria que acabei construindo.

Paciência! Nem sempre se acerta e nem sempre tomamos opções coincidentes com as do Autor.

Os meus parabéns ao Luís Pessoa pela regularidade da secção ao longo desta temporada e parabéns ao futuro Campeão Nacional.

Daniel Falcão

Anónimo disse...

Meu caro Luis
Quando este problema saiu vim aqui dar-lhe os parabéns pela obra que achei muito boa se a solução a não viesse desvirtuar.
Pois bem a solução não desvirtuou o enunciado e embora existam alguns pontos com que não estou totalmente de acordo, quando ler a minha solução certamente vai entender, não posso deixar de voltar aqui para renovar os meus parabéns.
Tal como o Zé disse o ano passado a solução oficial ao seu problema foi muito criticada mas certamente que este ano não vão aparecer criticas.

Um abraço do

Rip Kirby

Anónimo disse...

Não sou concorrente aos torneios, mas sigo o policiário há muito tempo. Não sei se tenho direito a escrever no blogue ou se é só para os concorrentes.
Aquilo que quero dizer é que estou esmagado pela solução do problema. Leio sempre os problemas e as soluções e faço as comparações com o que penso ser a solução e normalmente acerto ou ando lá pertto. Neste, excluí logo o Jorge porque ele não podia ser e depois fui procurar os indícios para incriminar o Vasco e até os encontrei, mas numa lógica contrária. Por isso quero dizer que a solução do Inspector Fidalgo é brilhante. Ele mete tantos e tantos indícios contra o Jorge que no fim até parece mentira como todos fomos para o Vasco, depois de hesitarmos e hesitarmos com o Jorge e vamos atrás de coisas que não podemos provar, como o estado do mar que foi o principal óbice para mim, mas a realidade é que não há lá nada que nos diga que o mar estava impraticavel, só espaço aéreo fechado.
Sei que não tinha mais de 7 pontos mas acho que o problema é impecável e estou entusiasmado. Pelo que tenho visto, parecia-me que todos os problemas eram mais ou menos semelhantes e havia muita gente a acertar, mas agora parece que não vai ser.

Tiago Gonçalves
TAEG

Anónimo disse...

Caro confrade I Alegria:
Por favor, não me trate por senhor. Sou velhote, mas sou, sobretudo, confrade!
Apenas uma curta resposta à sua resposta (e com isto encerro os meus comentários).
É verdade que é o Jorge que fala em tempestade terrível, mas a frase não vale só o que vale. Ela integra-se num contexto em que o espaço aéreo de uma região (exactamente, a zona do canal) está fechado e não foi o Jorge quem o mandou fechar. Nem essa decisão é, nunca, um acto gratuito.
Eu valorizei essa frase, porque ela vem no complemento de uma outra dita pelo narrador: "uma VIOLENTA tempestade abateu-se sobre a zona" (último parágrafo da primeira coluna do texto). Para mim, o que o narrador/autor diz é um dogma. Portanto, meu caro confrade, a frase de Jorge vale mesmo o que vale, pois vale o que o narrador diz!!! E o espaço aéreo esteve encerrado "por causa do mau tempo" (último parágrafo do texto).
Será preciso ser ainda mais explícito na descrição da dimensão da tempestade?
Muito obrigado pelo seu comentário.
Não se trata, aqui, de perder ou não perder pontos. E se há defeito de que ninguém me pode acusar é de eu não saber perder. Trata-se de justificar uma opção. Fui o primeiro a considerar este problema como excelente e a sua solução oficial notável. Mas o texto foi escrito para ser trabalhado e não é crime nenhum apontar interpretações diferentes do mesmo texto. Foi o que fizemos toda a época e sempre dentro das regras da maior cordialidade. Tendo ou não tendo perdido pontos, como se pode ver pelos meus comentários deste ano.
Um abraço
Zé-Viseu

Arnes disse...

Vai ser bonito, vai...Tudo ao molho e trambolhão...
Eu só acho que há mais uma coisa questionável, diz a solução:
"Para isso terá pedido ao Vasco para trazer o aparelho, o capacete e o fato, logo após ficar ‘de baixa’"
Na prova fala:
"Sabemos também que a asa-delta, o fato e o capacete desapareceram da exposição logo no seu início, mas nada foi participado à polícia…"

Se o Vasco fosse ao local da exposição buscar o fato, a pedido do dono,teria dito ao responsável pela mesma que o levaria, por isso elas não desapareciam, teriam sido levadas com conhecimento de alguém...
Outro pormenor, já foi referido pelo Daniel, se fosse o namorado, com capacete, ou sem ele, ela teria dado conta, mas isto, é a minha opinião e como tal vale o que vale, aliás eu também concordo que a solução está muito boa.

Anónimo disse...

Concordo com a Arnes, nós as mulheres temos intuição e não nos escapava o namorado, mas eles não se viam muito tempo e ela não o esperava com temporal e chuva se ele viesse coberto e nem falava, ela abria aporta e via o Vasco, pensava ela e ele corria para a casa de banho, podia ser.

Fáfá
Féfé
Fifi

Anónimo disse...

Continuam a perguntar se era possível ela não reconhecer o Jorge, eu acho que sim, que é. A solução dá a resposta, o Vasco foi treinando, aparecendo com a farda e o capacete e naquele dia, sem ela saber da surpresa, o que menos esparava era o Jorge e ao aparecer um tipo da mesma altura e feitio vestido com o fato e capacete ou embrulhado num cachecol ou coisa assim, de certeza que ela lhe abria a porta e voltava logo para o computador. Eu acho mais difícil o desaparecimento das coisas da exposição, mas se foi combinado com o dono ninguém ia dizer à polícia, não é? Desapareceu não quer dizer que foi roubado.
Zzz

luis pessoa disse...

Caríssimos:

Não efectuei qualquer intervenção sobre os comentários produzidos porque entendi que era aos confrades que competia fazê-los. Agradeço-os a todos.

É minha intenção fazer algumas apreciações sobre a produção, o modo como foi pensada, planeada e executada até adquirir o formato que foi publicado e que partiu de um exercício de difícil equilíbrio, como irão perceber.
Mas tal não vai ocorrer agora, porque há um campeonato de produção que tornaria desonesto o facto de poder explicar tudo, quando os outros produtores não usaram essa possibilidade.

De qualquer forma, se mais tarde for achado algum interesse nisso, poderei explicar toda a preparação do problema que, confesso, foi a mais demorada e minuciosa de toda a minha vida, sem ter conseguido, ainda assim, eliminar alguns focos de contaminação (não determinantes, mas existentes!) que, se hoje voltasse a ele, não deixaria de extirpar.

Esta intervenção tem como única finalidade comunicar aos confrades que não há um muro de silêncio deste lado, ou que não li com toda a atenção as críticas colocadas.

Pelo contrário!

Anónimo disse...

Meu caro LP:
Tinha dito não voltar a escrever sobre este tema, mas o teu comentário (e a minha necessidade de esclarecer algumas coisas, antes que seja tarde...) obrigam-me a voltar .
Aprecio a tua atitude. Para além de concorrente na produção (se os outros não aproveitaram para esclarecer coisas, nada os impedia), és julgador. E qualquer opinião poderia ser um indício. Eu faria o mesmo.
O que eu quero esclarecer é do foro pessoal, mas é imperioso. Sei que escrevo para muita gente que me conhece bem, mas sei que escrevo para muito mais leitores que não me conhecem.
Eu escrevo sempre o que penso e nunca pretendi tirar vantagens pessoais do que escrevo ou digo. Chamando os animais pelos nomes - não estou aqui a querer ganhar na secretaria o que perdi em campo! Nem o LP vai na conversa nem eu sou pessoa para o tentar.
Sei que errei o problema, tenho a certeza de que serei penalizado e já disse a amigos quanto acho que a minha solução merece!
Ficou clarinho? Muito clarinho? TOTALMENTE clarinho?
Nunca protestei, porque , algumas vezes, no início e no meio da carreira, depois de ver as soluções oficiais e ter constatado que não tinha posto um pormenor, pensei para mim mesmo - lá vai um pontinho, para a corda do sino! Não foi (provavelmente, o pormenor não era asim tão importante). Então, se não protestei quando a classificação me "favoreceu" em relação ao que esperava, que legitimidade MORAL tinha eu para protestar quando me senti "prejudicado"?
Ponto final! Apenas felicitar o futuro campeão, seja ele de que sexo, um "velho" ou uma "nova" (não acerto no Milhões, pode ser que acerte aqui). Pelo que sei das opções dos principais candidatos, será alguém que muito aprecio e cuja vitória me dá uma enorme alegria.
Mas também toda a gente que me conhece sabe que nunca me calei (NUNCA!), quando acho que tenho razão. E acho que tenho razão até me provarem que estou enganado. É isso que espero (agora ou quando for oportuno).
Digam-me, por favor, onde está errado o meu raciocínio - naquele dia, com aquela tempestade, dois pilotos amadores não conseguiriam fazer, em tempo útil, as travessias.
Como digo na minha solução, tentei ver a data do problema, porque podia ser importante. Jorge Figger, praticante de asa-delta, não encontrei nenhum. Sendo uma personagem de ficção, o texto é contemporeâneo, mas intemporal.
É ou é não é normal que , nos dias de violenta tempestade, a instabilidade atmosférica se reflicta também no mar, numa zona em que o espaço aéreo estava fechado para aeródromos situados a relativamente pouca altitude, em relação ao nível do mar?
Alguém me pode provar que, naquele dia, com aquele texto, o mar não estava muito agitado? Mas não é "eu acho que", "não se pode concluir" (se não se pode concluir uma coisa, não se pode impedir que se conclua a outra - tão válida é uma opção quanto a outra).
Percebem por que eu continuo a não ver rebatida a minha opinião e quero ver onde errei (para não repetir)? Só errando se aprende; só sendo esclarecido se progride!
Que texto aliciante, antes e depois! Estive até ao fim a ver se conseguia culpar o Jorge (não foi por ter embirrado com ele, pois um tipo com aquele perfil é tão perfeitinho que até chateia; aquilo não é um homem - é um E.T) e continuo agora.
Acho que quando vir alguém de asa-delta, lá muito em cima, lhe atiro uma chiclet...
Obrigado e abraços a quem faz o favor de me aturar...
Zé-Viseu

Anónimo disse...

Peço desculpa mas parece que só o Zé-Viseu tem certezas, como a de que amadores que nem sabemos se são c0m0 terá descoberto? não conseguiam atravessar o estreito. Os Açores são assim, tempestade no ar não diz tempestade no mar e viceversa e há muita gente capaz de atravessar. Sou de S. Miguel mas conheço muito bem e já fiz a travessia sozinho nos dois sentidos e com espaço aéreo encerrado porque nessas alturas precisa-se de ir e vai. É possível e não é invulgar e neste problema com as outras provas que há basta que não seja impossível para estar certo e eles praticam radicais e estão habituados. Espalhei-me ao comprido mas não por isso porque sei que é assim.

Zzz

Anónimo disse...

Tanta azia que por aqui anda. Está certo, pronto. a solução responde tudo, em lugar nenhum se refere que eles não podiam. O Jorga vá lá porque vinha de uma lesão mas o Vasco podia muito bem.
A casa de banho é que nos lixou a todos e não acredito que alguém não fosse logo para o Vasco porco.

I Alegria

Anónimo disse...

Não acho bem que os autores venham discutir as soluções. É aquela e mais nada. Se o Inspector Fidalgo vier dar explicações ao Zé-Viseu e a outros, qundo se vê logo que a travessia é possível, mesmo que seja improvável, estamos muito mal. A solução do autor está certa e confirma tudo, excaixam-se bem as peças todas, não vamos agora saber de há um Jorge que tenha um jacto paerticular e se não o encontrarmos é porque é falso. Ridículo.
Também acho mal que o autor venha prometer que vai explicar o problema e mais não sei o quê.
Acabou, está acabado. Excelente problema, excelente solução, excelente lição de como se pode fazer um poroblema dificílimo sem nada de extraordinário, umas boas maneiras, uma dose de psicologia do melhor, um ambiente magnífico, tudo em cima, tudo bem.
O resto, as azias e as raivas são folclore sem interesse nenhum.

Jo.com

Anónimo disse...

O Daniel Falcão diz que "Havendo premeditação e um plano para matar a namorada e o Vasco, as condições naturais inesperadas, como a obrigação de aterrar na ilha ao lado (até poderia ter sido noutra ilha, mas não foi), como seria possível levar o plano avante, especialmente quando envolvia dupla cumplicidade, em tão curto espaço de tempo?"
Isso mesmo faz que seja o Jorge, porque ele pode parar quando quiser, matar ou não matar, o Vasco esse tinha de matar antes do Jorge e assim que matasse, sem saber do Jorge, onde ele estava e se chegava, não tinha lógica nenhuma estar a fazer-se passsar por um que ele nem sabia se lá chegva. O Daniel Falcão está a pôr o caso ao contrário, acho eu.

Deco

luis pessoa disse...

PONTO DE ORDEM!

Eu não disse que ia responder às críticas ou apresentar mais provas do que as que a solução que apresentei encerra!
O que eu me prontifiquei a fazer foi explicar o modo como foi produzido o problema, em que moldes e com que objectivos. Em momento algum ia agora pormenorizar situações ou rebater argumentos. O problema está como está, a solução diz o que diz, ponto final.

Como acho que fui mal entendido, guardarei a explicação da lógica que presidiu à feitura do problema para outra ocasião em que os ânimos estejam mais serenos, se entender oportuna, porque a minha ideia é, apenas e só, a minha ideia!

Anónimo disse...

Hesitei um pouco até decidir intervir neste espaço. Sou novato nestas coisas e costumo ser muito directo na abordagem das coisas. Acompanhei com muito interesse tudo o que tem sido escrito sobre as soluções dos desafios e parece-me haver, por parte dos participantes, dois pesos e duas medidas. Alguns desafios (soluções) foram verdadeiramente “chicoteados”, imerecidamente na minha opinião enquanto este último, com condições para o ser, está a passar quase incólume. São os mesmos que questionaram fortemente outras soluções que agora dizem que as soluções são indiscutíveis. Todos devemos ter as nossas opiniões, concordantes ou discordantes, que são lidas com muito atenção pelo Luís Pessoa. Estou a lembrar-me do caso do desafio do Inspector Boavida, no qual muitos concorrentes, pelo que se depreende das opiniões manifestadas, seguiram caminho diferente da solução do autor e, mesmo assim, o Luís Pessoa atribuiu-lhes os 10 pontos, porque entendeu que a solução por eles apresentada, mesmo assim, merecia essa pontuação.
Apenas tomei contacto com este passatempo no Verão passado ao cruzar-me com o “Clube de Detectives”. Diverti-me durante as férias a decifrar muitos dos desafios que lá estão publicados. Arrisquei-me a responder quando surgiu a primeira oportunidade, no “Mundo dos Passatempos” (as coisas até correram melhor do que eu esperava) e continuei a responder quando apareceu o “Campeonato Nacional”. Sou “novo”, mas arrisco a fazer uma análise crítica sobre esta solução do Inspector Fidalgo.
A solução, como já foi dito, está bem delineada mas peca por um vício. Esse vício é querer convencer-nos que o assassino foi o Jorge, não relevando certos pormenores. Não vou fazer uma análise exaustiva desta solução, mas apenas centrar-me num aspecto.
Há premeditação, quer dizer, foi concebido um plano. Neste plano Jorge conta com a ajuda do moço da Net (que conhece o plano - sério para este) e do Vasco (que desconhece o plano - uma brincadeira para este). O plano é assassinar a namorada e o amigo. Só que o Inspector Fidalgo quer-nos fazer crer que na realidade não há apenas um plano: o plano A se estiver bom tempo e o plano B se estiver mau tempo. Que bom que foi ter um plano B, porque foi exactamente esse acabou acontecendo. E assim o Inspector Fidalgo (e o Jorge) levaram a bom termos os seus objectivos. Mesmo com todos as dificuldades que poderiam surgir em tão curto espaço de tempo (“A travessia é relativamente fácil para quem conhece, ao contrário da aérea.” – este “relativamente” é muito interessante porque o Jorge nunca saberia com antecedência se aquele relativamente cairia para o lado fácil ou para o lado difícil).
(continua)
QUARESMA, DECIFRADOR

Anónimo disse...

(continuação)
O plano B (questionável, porque dependia do estado da natureza naquela manhã) está descrito na solução. E o plano A? O principal plano, aquele que mais provavelmente iria acontecer (“o planeamento do crime terá sido feito para a situação de não haver mau tempo”). Porque não foi necessário este plano, nunca chegaremos a saber qual era. O plano B era como vimos: o Vasco vai buscar o Jorge de barco, deposita-o na Horta, o Jorge assassina a namorada, regressa ao barco, assassina o Vasco e regressa ao aeroporto. Diz o Inspector Fidalgo que “a travessia só acabou para ele” para o Jorge. Então o Vasco foi morto durante a travessia e foi o Jorge que trouxe o barco até terra, o Jorge “que estava enfraquecido da imobilidade de um mês, não conhecia o mar como o Vasco”, não acham muito forçado?
Sobre o plano A o nosso desconhecimento é total. Como seria possível levá-lo avante? Como seria morto o Vasco? Para que serviria a gravação se o avião tivesse aterrado no seu destino? Como é que o Jorge, tendo sido (possivelmente) testemunhado que o Vasco o fora buscar ao aeroporto, explicaria o sucedido? E muitas outras perguntas?
Querem saber uma coisa, nunca houve plano A, o que há é uma solução preparada pelo Inspector Fidalgo para fazer tropeçar os concorrentes. Pegando em algumas palavras do L.S. publicadas no “Clube de Detectives”, em relação a um outro desafio: “aqui parece-me ter ele querido arrumar com muita da concorrência, direito legítimo que lhe assiste ou a qualquer outro”. Foi isto que o Inspector Fidalgo quis?
Veremos se o Luís Pessoa mediante o que tem sido exposto no blogue, sempre de forma construtiva, toma as medidas certas.
Concluo dizendo que fiquei insatisfeito com a solução, eu o
QUARESMA, DECIFRADOR

Anónimo disse...

Eu também estou insatisfeito mas com a minha solução porque não acertei. Acho que o Quaresma, Decifrador tem alguma razão, mas o plano A ou B foi executado assim e o plano A ou B nunca poderia ser executado pelo Vasco porque ele é que não sabia mesmo nada da posição do Jorge nem dominava nada. Foi aí que eu falhei e na casa de banho

Zzz

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Não percebo muito bem porque tudo que acusam que o Jorge não previa, o Vasco ainda previa muito menos. Não percebo mesmo.
O plano foi aquele porque o tempo estav assim e só o Jorge podia alterar as coisas e não matar, porque o cumplice filmava e se não acontecesse nada não havia nada.
Estão a criticar porque falharam e não há coragem para reconhecer - Eu falhei e reconheço que fui nabo

Deco

Anónimo disse...

Está bem, vamos lá ao plano C. Mas não esqueçam que o plano do Jorge teve de ser pensado há coisa de um mês atrás (a comprovação está no desaparecimento dos materiais logo no início da exposição). Também posso admitir que quem planeou com antecedência assassinar a rapariga e incriminar o Jorge foi o Vasco. Não esqueçam que a solução Inspector Fidalgo não fala sobre o motivo mas não nos custa arranjar um motivo para este plano C. Vingança por o Jorge ter roubado a amada vizinha ao Vasco. Ainda posso admitir que quem sugeriu fazer aquela surpresa foi o Vasco.
Aqui vai uma teoria alternativa. O Vasco decidiu vingar-se do Jorge, assassinando a amada e enviando-o para a cadeia. Foi ele que desviou os materiais da exposição. Foi ele que durante o período de convalescença convenceu o amigo a logo que estivesse melhor fazer uma surpresa à namorada. Ele sabia o dia da surpresa. Ele sabia a hora a que o avião iria aterrar. Ele podia ter dito ao Jorge que naquele dia por uma qualquer razão não poderia ir buscá-lo ao aeroporto. À hora a que o avião estivesse a aterrar ele estaria a matar a rapariga. Podia até deixar a porta aberta para o Jorge entrar logo que chegasse e encontrasse o corpo. Com sorte, até podia ser que tocasse no corpo e na arma do crime, nunca se sabe, qual seria o seu comportamento.
Mas o avião não aterrou onde devia e quando o Jorge lhe telefonou ele tinha acabado de matar a rapariga. O que podia ele fazer senão desaparecer?
Ah, o rapaz da Net. Porque não podia ser esse um amigo com a mania de gravar, para não perder pitada do que ela lhe escrevesse (seria mais um apaixonado)? E já que alguns se agarram ao texto, dizendo que não se sabe qual é o estado do mar, também é possível o rapaz estar a gravar a imagem da rapariga e ela não estar a receber qualquer imagem dele.
Continuo a achar que a solução do Inspector Fidalgo é viciante porque vai reforçando a sua própria teoria, não significando que não possa haver outras teorias.
Não concordo com o Zé-Viseu que diz que esta solução está blindada, porque não está. E seguindo o que tenho lido por aqui, o Luís Pessoa deve atribuir os 10 pontos ao Inspector Fidalgo e deve analisar com muita atenção as restantes soluções, atribuindo a pontuação conforme a coerência dos raciocínios. Olhando para os comentários à solução do Inspector Boavida, em que alguns parecem ter apresentado uma solução diferente e receberam os 10 pontos (fazendo esse exercício de comparação se quiserem), já foi criado o precedente.
Muito mais se poderia acrescentar mas fico por aqui, eu o
QUARESMA, DECIFRADOR

Anónimo disse...

Ó Quaresma, então à hora a que o Jorge estava a aterrar estava o Vasco a matar a rapariga? Era assim que ele planeava a morte e a vingança? Só pode ser anedota! Eu quero matar uma pessoa e culpar outra e durante um mês planeio matá-la à hora a que o outro está a pousar de avião a 10 quilómetros de distância?
Um pouco de honestidade intelectual não ficava mal. E já agora de modéstia. Deve ser da falta de experiência, de que duvido muito. Para mim já é "velho" nestas coisas.
Falhei o problema, também fui atrás do Vasco por mera parvoice e reconheço que o problema está certíssimo e a solução também.
Francamente!
AMORINI

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

"À hora a que o avião estivesse a aterrar ele estaria a matar a rapariga. Podia até deixar a porta aberta para o Jorge entrar logo que chegasse e encontrasse o corpo. Com sorte, até podia ser que tocasse no corpo e na arma do crime, nunca se sabe, qual seria o seu comportamento.
Mas o avião não aterrou onde devia e quando o Jorge lhe telefonou ele tinha acabado de matar a rapariga. O que podia ele fazer senão desaparecer?"
O Quaresma, Decifrador com estas palavra diz tudo o que há para dizer sobre o assunto. O plano C ou o D ou o E são incapazes. O Jorge não andava sozinho, tinha tripulação, alugou carro, quer se queira quer não, tem montes de testemunhas para a hora da gravação, se não houvesse cumplicidade. O Quaresma não leu mesmo o problema nem a solução e ainda por cima está atentar fazer chantagem com o problema do inspector Boavida. Intolerável comportamento para quem está aqui por divertimento, por prazer de decifração dos problemas, com o dever de aceitar com fair-play as azelhices próprias.
Sei que já li que o luís Pessoa não faz censuras, por isso estou surpreendida com a retirada de alguns comentários.

Miss Hélia

Anónimo disse...

É tudo muito estranho. Então este último comentário (refiro-me ao da Miss Hélia) é verdadeiramente surpreendente. Será que não posso questionar para que se possa debater abertamente a solução do Inspector Fidalgo? Não é para isso que serve este espaço? Seja qual tenha sido a nossa solução, não devemos ler a opinião dos outros e analisá-la criticamente pela positiva, salientando os pontos fortes e os pontos fracos? Ajudando os autores dos próximos desafios a superar as “portas que inadvertidamente possam ficar abertas”? Se não é assim, então este não é mesmo lugar para mim.
“Não leu mesmo o problema nem a solução”, “o dever de aceitar com fair-play as azelhices próprias”. Do que está esta "senhora" a falar? Quem lhe disse a ela que na minha solução não apontei o Jorge?
Exactamente porque criei o Quaresma, Decifrador pela coincidência da leitura dos seus casos quando descobri o “Clube de Detectives”, também “o suicido” porque vim pelo prazer de decifrar e não de competir. Como diz o ditado – quem não está bem põe-se, é isso que vou fazer, eu o
QUARESMA, DECIFRADOR.

Post Scriptum. Confrade Luís Pessoa desisto da minha participação e porque não estou aqui para ganhar prémios, peço que se for possível não considere a minha participação, fazendo de conta que nunca existi. Continuarei a visitar regularmente o “Clube de Detectives” para continuar a decifrar os desafios que lá aparecerem, mas participar nos torneios e visitar o “Crime Público”, isso acabou.

luis pessoa disse...

O comentário de Miss Hélia não foi aceite

luis pessoa disse...

O comentário de Deco não foi aceite

luis pessoa disse...

O comentário de I. Alegria não foi aceite

luis pessoa disse...

O comentário de Zzz não foi aceite

Anónimo disse...

Caro Luís Pessoa
Peço desculpa pelo meu desabafo que não era para ofender ninguém.
As minhas desculpas

Deco

luis pessoa disse...

Não sabemos se o confrade Quaresma, Decifrador ainda vem ao blogue, uma vez que manifestou o interesse em ser "apagado" quanto à participação em torneios ou no blogue.
Se ainda ler estas palavras, ficará a saber que este blogue, tal como o Policiário do PÚBLICO jamais exerceu ou exercerá qualquer tipo de censura gratuita, mas a exercerá quando entendermos que estão a ser violados princípios de lisura e boa educação.
O confrade decidiu abandonar e é um direito que lhe assiste e que reconhecemos, como é óbvio, no entanto devemos referir que não vemos em momento algum motivos tão relevantes para tal atitude. Saber criticar e saber aceitar e encaixar as críticas é algo com que temos de viver.
A visão e interpretação das coisas é algo que nos é permitido e a concordância ou discordãncia, também.
Bernardo Soares, um outro "eu" de Fernando Pessoa referiu no Livro do Desassossego que "para todo o espírito cientificamente constituído, ver numa coisa mais do que o que lá está é ver menos essa coisa".

Anónimo disse...

Um comentário de Nove aos comentários entretanto publicados.
Admirou-me o facto de haver muitos elogios, ao enunciado e à solução do problema, mas seguidos de adversativas diversas. Como é que podemos considerar um problema bom se achamos que a sua solução contém ambiguidades? Penso que alguns dos concorrentes, por não terem acertado na solução oficial, acabaram por exagerar no louvável cuidado de não mostrar mau perder, tirando alguma força aos seus reparos.
Exorto Quaresma, Decifrador, bem claro e correcto a expor os seus pontos de vista, concorde-se com eles ou não, a voltar à discussão. Julgo que faz falta.
Nove

Anónimo disse...

Construir um bom problema é uma tarefa levada da breca.Construir um bom problema dentro dos limites de espaço de que dispomos é uma tarefa levada do diabo. por isso não é possivel na maior parte das vezes colocarmos lá todos os pormenores que desejariamos para que o problema não mereça reparos.
Por outro lado também não podemos ser muito explícitos pois corremos o risco de escrever o enunciado e a solução dentro do mesmo texto.
Por este motivo o solucionista tem que imaginar certas situações para completar a solução.
No caso presente sabemos que a presumivel surpresa estava preparada havia um mês mas isso não significa que fosse precisamente para aquele dia.
Portanto pode ter acontecido que Jorge decidiou a surprresa para aquele dia precisamente porque sabia que o tempo nnos Açores estava tempestuoso. Isso sebe-se com alguma antecedência.
Nada nos diz que ele foi obrigado a aterrar no Pico, quem faz tal afirmação é o próprio Jorge.
Depois a suposição de que a namoraada mal o visse correria para ele alegremente aos beijos e abraços não passa disso mesmo, de mera suposição. Quem pode afirmar que o namoro não havia terminado havia já alguns meses.
Por outro lado que motivos temos nós para suspeitar de uma possível cumplicidade entre o Rapaz de Lisboa e o Jorge. A filmagem pode ter sido uma mera coincidência e como estas acontecem com mais frequência do que se pode imaginar até poderia ter acontecido que por uma falha de energia na bataria so portátil o relógio deste estar atrasado 60 ou mais minutos.
Os casos com cumplicidade devem estar bem definidos e um crime com a ajuda de outro sempre trás complicações para o criminoso. Aceito mais provável que o moço de Lisboa tenha tantado fazer chantagem com o Jorge e foi-lhe mostra as imagens mas este ao verificar que o seu rosto não podia ser visto não se deixou chatangear.
Enfim existem muitas probalidade que nós podemos pensar quw com alguma lóica teria aconteciso.
Uma outra questão está relacionada com o amadorismo do Vasco e do Jorge para pilotarem um barco no meio do canal.
Jorge tem um avião que ele próprio pilota. Possivelmente tem uma frota de caros dos mais sofisticados, Porque não pensar que também tem uma lancha super rápida e a respectiva licebça para a pilotar. Quem pode afirmar que namorando uma moça da ilha do Faial não tenha atravessado aquele canal já diversas vezes, aqueles barcos praticanebte são todos governados com o auxilío de computadores que levariam os seus tripulantes ao porto desejado.
No Pico ele alugou um carro no Faial teri usado o próprio caro do Vasco
Com isto quero dizer que existem muitos pormenores que o Insp. Fidalgo não deixou expresos no seu enunciado mas que nós podemos imaginar que aconteceram.
Eu já há muito não entrava nesta zona do Blogue mas hoje resovi entar e fiquei estarracido com o género de comentários que por aqui se tem feito
Meu caro Luis você sebe que eu sou daqueles que mais reclamam quando penso que tenho razão mas tanbém sabe que já reclamei por ter mais pontos por achar que eram mais do que aqueles que eu merecia.
Também sabe que às vezes me excedo mas nem por isso deixamos de ser amigos.
Um abraço do
Rip Kirby

luis pessoa disse...

O comentário de I. Martelada não foi aceite

luis pessoa disse...

O comentário de Zzz não foi aceite

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
luis pessoa disse...

A natureza dos comentários feitoa à intervenção do confrade NOVE leva-nos a concluír que não há hipóteses de melhor discussão. Estamos, decididamente, num reino parecido ao dos confrontos entre claques de futebol, ou seja, muita fala, muito insulto, pouco interesse.
Assim, não vale a pena, pelo que estão encerrados os comentários a esta mensagem.

Se houver algo de útil que acrescente efectivamente algo à discussão, mas atenção que tem de ser mesmo relevante e útil, aparecerá nova mensagem.

Sinceramente, pedimos aos nossos confrades que tomem um duche de água bem fria ou um mergulho nas águas, igualmente sempre frias das nossas praias.