domingo, 20 de junho de 2010

POLICIÁRIO 987

CAMPEONATO E TAÇA COM NOVO DESAFIO


Publicamos hoje a parte II da prova n.º 6 das competições desta época. Vamos ainda contar com a divulgação dos confrontos de mais uma eliminatória da Taça de Portugal, desta feita os 1/16 avos de final e a solução oficial do problema de autoria do confrade Rip Kirby, que constituiu a parte II da prova n.º 5.


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL

PROVA N.º 6 PARTE II

UM NEGÓCIO COM SENTIDO – Original de Lumago Ampe


Há muito tempo que o Frederico decidira abrir o seu negócio, mas sempre acontecia alguma coisa que entravava o processo. Ou faltava o financiamento, ou não conseguia encontrar as instalações perfeitas, ou a burocracia acabava por impor a sua ditadura…
Mas finalmente tudo se coordenou e chegou o momento ideal, naquele ramo de negócio. Um bar é sempre um local de convívio, de encontro e quando havia grandes acontecimentos desportivos, um Campeonato do Mundo de Futebol ou uns Jogos Olímpicos, com um bom ecrã panorâmico, a casa enchia, o consumo aumentava e os cofres ficavam mais anafados.
Todos esses factores tiveram influência na decisão e a perspectiva de um bom comportamento da selecção portuguesa, como todos esperavam, acabou por dar o empurrão definitivo.

A inauguração ocorreu às 00.00 horas do dia 1, como convinha a quem começava uma nova obra, com uma festa que contou com a presença de muitos amigos, algumas figuras públicas e foi notícia nos jornais vocacionados para o turismo e a noite.
Os peritos financeiros disseram-lhe várias vezes que o seu negócio só poderia andar em frente se facturasse um mínimo de 500 euros por dia, sem folgas nem feriados e foi nessa meta que se empenhou.

Os dias correram céleres, porque numa actividade em que se dá tudo, não se sente o tempo passar e foi com emoção e ansiedade que viu o seu contabilista fazer o balanço de três meses e declarar, depois de uma imensidão de contas:
- Caro Frederico, facturou exactamente 45 321,50 euros!

Nessa madrugada, havia mais sorrisos do que habitualmente. A meta estabelecida para os primeiros três meses de actividade foi superada, embora muito à justa, mas as perspectivas eram cada vez melhores, porque o arranque é sempre a fase mais complicada de qualquer empreendimento e a conquista de medalhas ainda poderia dar uma ajuda suplementar.

Do que se passou depois, muitas histórias se contam, mas a verdade é que o “Bar dos 500”, como se designa, continua no mesmo local, cada vez com mais fulgor e na porta, um grande letreiro anuncia a festa do 10.º aniversário, precisamente no dia 1 de…

A – JANEIRO
B – SETEMBRO
C – ABRIL
D - FEVEREIRO



E pronto.
Soluções a serem enviadas, impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Junho, por um dos seguintes meios:

- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!




CONFRONTOS PARA A TAÇA DE PORTUGAL

Eis o resultado do sorteio da eliminatória da Taça de Portugal, que dita os confrontos directos para definir os apurados, em face das soluções elaboradas para os desafios da prova n.º 6:

Alves & C.ª – AntonG; Mordomo – D. Chicote; A Raposo & Lena – Refer; Alce Branco – Vicktório; Karl Marques – Duca Holmes; Medvet – Mr. Ignotus; Inspector Gigas – Detective Xá Muteba; Mister H – Danielux; Inspector Boavida – Rip Kirby; Flo – Ego; Agente Guima – Zé; Avlis e Snitram – Dr. Gismondo; Paulo – Deco; Daniel Falcão – Bernie Leceiro; Inspector Aranha – Inspector Sonntag e Detective Jeremias – Inspector Pi.




SOLUÇÃO DA PARTE II DA PROVA N.º 5
UM CRIME NO ALENTEJO, de RIP KIRBY

No meu quarto, junto da minha cama, existe um relógio do tipo do usado neste problema.
Uma noite destas, ao entrar no quarto, vi o mostrador a piscar e isso deu-me a ideia para este problema. Contudo tenho uma vaga impressão de que a ideia não é inteiramente original, mas actualmente quase que é impossível encontrar algo que seja verdadeiramente original.
As velas, meio consumidas, sobre a secretária no posto da GNR fazem-nos pensar que naquele dia aconteceu um corte na corrente eléctrica na rede da zona. Essa convicção mais se acentua quando ao chegarmos ao quarto da vítima vimos o relógio eléctrico com o mostrador piscando o que é sinal de que a energia faltou.
Não é vulgar um posto da GNR ser iluminado por velas pelo que é de acreditar, que as velas que lá vimos por altura do telefonema, eram novas quando lá foram colocadas. Como vimos elas estavam meio consumidas o que indica que elas estiveram acesas durante cerca de duas horas. O mostrador do relógio piscando no quarto da vítima marca 00:40 o que significa que a corrente eléctrica votou 40 minutos antes.
Considerando o tempo calculado que as velas no posto da GNR estiveram a arder e a hora marcada no relógio concluímos que o corte de corrente teria durado cerca de duas horas o que é confirmado pela Fulgência que não serviu o chão às 17h, como de costume, por isso não ser possível. Naturalmente por estar às escuras. Em Dezembro num dia de temporal às 17 horas praticamente já é noite.
Esta explanação tem por finalidade apenas justificar a resposta certa.
Leonardo respondeu que desde as 16 horas estivera na varanda observando a fúria da natureza. Pode parecer uma resposta descabelada, mas eu muitas vezes, quando tenho oportunidade, faço isso pelo que considero uma resposta aceitável. Na verdade uma tempestade, embora perigosa, é digna de ser admirada.
Paulo afirmou que tinha chegado a casa cerca das 17h e já chovia a bom chover. Tomou um banho e vestiu-se como nós o vimos. A roupa molhada, no quarto de banho, é a confirmação daquilo que ele diz. Claro que isto não seria impeditivo para que ele fosse o autor do crime, mas como não temos nada mais evidente deixamos este suspeito em suspenso.
Não encontramos qualquer motivo para acusar a Fulgência, mas tal como no caso anterior também nada impede que ela tenha a sua própria culpa.
Finalmente o Vitor que afirma, ter estado toda a tarde, fazendo um trabalho no computador. Como vimos no quarto dele há um computador de secretária que precisa de energia eléctrica para trabalhar.
Portanto não havendo energia desde perto das 17 horas concluímos que Vitor está mentindo logo a solução certa deste problema encontra-se na alínea:
C — O Assassino foi o Vítor.




COLUNA DO “C”


FALTAM 12 SEMANAS PARA A EDIÇÃO 1000


O Campeonato Nacional de Produção da época de 2007/2008 contou com problemas de autoria do Detective Lupa de Pedra, Bernie Leceiro, A. Raposo & Lena, Inspector Boavida e Inspector Fidalgo, que assistiram à subida ao pódio dos seguintes confrades:
O sintrense Onaírda, subiu ao degrau mais baixo, com “A Confraria do Terror”; o “brasileiro” Rip Kirby elevou-se ao posto intermédio, com o bem elaborado “O Enigma das Portas Fechadas”; e os lisboetas Búfalos Associados alcançaram o lugar mais elevado, com uma produção de excelente nível e amplamente elogiada, “Morte na Ponte”, erguendo, com inteira justiça, o troféu de Campeão Nacional.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ou eu me engano ou este problema está errado enão tem solução, pode ser?

Deco

luis pessoa disse...

Meus caros, apenas publicamos o comentário do Deco por não conter nenhum elemento passível de dar "dicas" sobre a resolução do problema.
Desta forma, ficam avisados os confrades de que não poderão ver os seus comentários publicados, sempre que mencionarem elementos que possam influenciar a solução, pelo menos enquanto durar o prazo para resposta.