domingo, 2 de janeiro de 2011

POLICIÁRIO 1015

REGULAMENTOS PARA 2011
Com os votos de um magnífico ano de 2011 para todos os nossos leitores e “detectives”, prosseguimos hoje a publicação dos regulamentos que vão nortear a nossa actividade ao longo de mais uma época competitiva, cuja primeira parte foi publicada na semana transacta.
Já na próxima semana teremos o grande e esperado início das “hostilidades”, com o primeiro desafio “a doer”, que vai exigir a todos a máxima concentração.
Á semelhança do que fizemos no ano transacto, o primeiro desafio que publicaremos será de características tradicionais, de molde a que os confrades disponham de um pouco mais de tempo para a sua decifração, uma vez que o prazo para envio das propostas de solução será o último dia de cada mês. Por norma, no primeiro domingo será sempre publicado o desafio tradicional e no segundo o de rápidas, com excepção, precisamente da prova n.º 1 em que a publicação ocorrerá no segundo e terceiros domingos.
Dentro em breve teremos a possibilidade de publicar o calendário que nos vai reger, com as datas de publicação das provas; dos limites para envio das propostas de solução; de publicação das soluções oficiais; de publicação de resultados e de confrontos da Taça de Portugal, etc.

Entretanto, fiquemos com o que falta dos regulamentos, ou seja, dos troféus Sete de Espadas e Detective Misterioso:

TROFÉU SETE DE ESPADAS (POLICIARISTA DO ANO)

1. O Policiarista do Ano é definido pelo somatório das pontuações obtidas ao longo da época, da seguinte forma: 2 pontos por cada um obtido no CN.

2. Quando, numa prova, o número de acertantes for igual ou superior a 5 por cento, mas inferior a 10 por cento do total de participantes, todos eles receberão não os 20 pontos, mas sim 25. Se o número de acertantes for inferior a 5 por cento, mas igual ou superior a 2 concorrentes, cada um deles terá 30 pontos; se apenas houver 1 acertante, este receberá 40 pontos. Para estes cálculos não conta o autor do problema, que, no entanto, receberá os mesmos pontos.

3. No final do CN, o vencedor receberá 100 pontos; o 2º, 90; o 3º, 85; o 4º, 80; o 5º, 75; o 6º, 70; o 7º, 69; o 8º, 68; e assim por diante até ao 75º que receberá 1 ponto.

4. Em caso de igualdade na tabela classificativa do CN, serão somados os pontos de todos os concorrentes empatados e o seu somatório dividido pelo seu número, recebendo, assim, cada um deles, a média aritmética, arredondada sempre por excesso.

5. Cada eliminatória da TP superada com êxito renderá 10 pontos. No final, o vencedor da TP receberá 20 pontos, o finalista vencido 10 e cada um dos semifinalistas, 5 pontos.

6. O Campeão Nacional de Produção receberá 20 pontos, o 2º 10 e o 3º 5.

7. Os prémios a atribuir são os seguintes: Troféu SETE DE ESPADAS para o mais pontuado; Medalhas para o 2º e 3º classificados.

8. Todos os casos omissos serão resolvidos de acordo com o estabelecido no último ponto do Regulamento do CN.

TROFÉU DET. MISTERIOSO (N.º 1 DO RANKING)

1. As pontuações são exactamente iguais às do Policiarista do Ano, mas haverá uma pontuação que transita do ranking anterior, correspondente a 20 por cento, sempre arredondada por excesso.

2. Os prémios são os seguintes: Troféu DET. MISTERIOSO para o mais pontuado no final da época; Medalhas para os 2º e 3º classificados.

3. Todos os casos omissos serão resolvidos da mesma forma que nos restantes regulamentos

O DRAMA DAS PRODUÇÕES!

Meus caros confrades e “detectives”, o drama é permanente e não mostra forma de abrandar! De ano para ano nota-se uma dificuldade crescente em produzir problemas em quantidade e em qualidade, susceptíveis de assegurar um normal desenvolvimento da actividade policiaria.

Repetem-se os apelos, respondem sempre os mesmos confrades, aqueles que são já e sempre “clientes habituais”. Criou-se um ambiente quase hostil aos produtores, em que estes são questionados e inquiridos sobre as suas produções, muitas vezes de forma desabrida.

Pois bem, ninguém está acima da discussão, ninguém pode arvorar-se num paladino das sãs virtudes de um produtor inatacável e olhar com desprezo para as críticas, mas todos temos o direito de ver o nosso trabalho reconhecido, estudado, criticado com decoro e respeito.

Estamos em 2011 e há um ano atrás escrevíamos aquilo que se segue. Desafiamos os nossos leitores a verem se há alguma palavra, algum conceito, alguma ideia que esteja desactualizada e que não seja aplicável hoje:

PRODUÇÕES

“Agora que vamos iniciar as nossas competições, queremos reafirmar que temos necessidade de problemas policiários, de ambas espécies: tradicionais e de escolha múltipla.

Assegurada, como sempre, a disponibilidade dos produtores mais activos da nossa secção, uma disponibilidade que não nos cansamos de agradecer, a verdade é que necessitamos de “sangue novo”, novos métodos e processos de escrita, novidades, em suma, que evitem uma certa estagnação. É que, após alguns anos de Policiário, com o conhecimento dos autores e dos seus processos, começamos a perceber e antecipar as suas conclusões, quase resolvemos os problemas pelo conhecimento que temos dos seus autores. Claro que é um exagero, mas quer dizer algo.

A nossa actividade baseia-se, em primeira instância, na qualidade dos desafios que temos para propor aos “detectives”. É frustrante chegarmos à conclusão de que um determinado problema não tem a resposta adequada, depois de imenso tempo perdido na sua análise, ou que é anulado após tanto esforço.

Por isso vamos lançando o nosso apelo para que os nossos “detectives” elaborem um desafio, de qualquer dos tipos e o façam com o espírito de propor aos restantes confrades aquilo com que gostariam de ser confrontados. Aquilo que lhes daria prazer resolver.

Um problema passa sempre pelo contar de uma história, por retratar uma cena verosímil, capaz de ter ocorrido em qualquer lugar, que envolva um enigma e a sua resolução. Terminada a exposição dos factos, no exacto momento em que o investigador vai passar à fase de apresentação das conclusões e exibir as provas em que se baseia para apontar o responsável, o produtor interrompe o seu conto e lança os seus desafios. Alguns produtores escolhem o método de fazer algumas perguntas, que querem ver respondidas, outros optam por simplesmente interromperem o texto e aguardarem pelos relatórios. No caso dos de escolha múltipla, o texto termina com as quatro hipóteses de solução, de entre as quais o decifrador terá que escolher uma.

Caríssimos “detectives”, queremos que este ano de 2010 seja um marco, também no que se refere à produção de enigmas. Não é aceitável que tenhamos hoje um universo de participantes nos nossos desafios de mais de dois milhares de confrades, que os lêem e estudam, se dão ao trabalho de escreverem as soluções, mas não tenham a curiosidade de testarem os seus dotes de escrita de desafios!

Fazendo o paralelismo com o que foi a nossa actividade nos anos 70 e 80 do século passado, a produção fica a perder, já que nesses tempos o universo de decifradores rondaria as cinco ou seis centenas, para um número de produtores que rondaria a centena!
Tal disparidade não é aceitável! As pessoas não deixaram de utilizar a Língua Portuguesa, desde logo porque o nosso passatempo, como já referimos, exige que se escrevam as soluções, no mínimo. Portanto, será por preguiça?
Vamos todos dar uma resposta, produzindo um desafio?
O Policiário agradece!”



COLUNA DO “C”

2011 POLICIÁRIO

Um novo ano, novas perspectivas para as nossas competições, com o despontar e o confirmar de confrades de grande valor potencial.

Se o Policiário regista uma baixa capacidade de renovação nos lugares cimeiros das classificações, uma grande parte da explicação está no tempo que demora a formar-se um “detective”, desde que se inicia até atingir um grau de experiência capaz de competir ao mais alto nível.

Assim se explicam, por exemplo, as prestações excelentes dos habituais triunfadores, mas agora com sérios candidatos a desalojá-los: Desde logo a Detective Jeremias, com uma progressão excepcional, tal como tiveram, em tempos, o Nove ou os Búfalos Associados; os manos Karl Marques e Mister H, a atingirem finalmente um nível excelente; ou os “adiados” Paulo, Medvet ou Avlis e Snitram, sempre na crista da onda, mas a faltar alguma coisa.

Por isso a competição em 2011 promete tanto, incluindo a possibilidade de uma surpresa!

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