domingo, 23 de janeiro de 2011

POLICIÁRIO 1018

M. CONSTANTINO É CAMPEÃO DE PRODUÇÃO 2010


Chegou, finalmente, o momento de procedermos à divulgação dos resultados da votação levada a cabo entre os nossos “detectives”, para encontrarmos os triunfadores da época, na vertente da produção.
Como revelámos em devido tempo, a necessidade de elaborarmos as secções do final do ano transacto com alguma antecedência, por motivo das festas de Natal e, logo depois, de darmos início à nova época competitiva, já em curso, fizeram com que a publicação dos resultados da produção apenas agora seja possível.
Apesar disso, no blogue CRIME PÚBLICO, em http://blogs.publico.pt/policiario, as classificações foram já publicadas, em devido tempo.
M. Constantino foi declarado Campeão Nacional de Produção em 2010, mercê do seu problema ter sido o mais votado pelos “detectives”, repetindo, assim, o título que já havia conquistado na época 2005/2006.

Eis o resultado da votação:

1.º e campeão nacional de produção, M. CONSTANTINO, com o problema “A Voz do Destino”;
2.º Búfalos Associados, com “Convite Fatal”; 3.º Inspector Boavida, com “Smaluco e os Irmãos Metralha”; 4.º Rip Kirby, com “A Morte do Veterano”; 5.º A. Raposo & Lena, com “Realidade ou Ficção”; 6.º Paulo, com “A Mensagem Secreta”; 7.º Karl Marques, com “Na Última Fronteira”; 8.º H. Raí, com “Ali Jaz o Ali Kate”; 9.ºs Medvet, com “O Colar de Esmeraldas” e Cardílio & Avita, com “Lecy Onara”.

De salientar a ausência de votação da maioria dos confrades que tinham direito a voto. Na verdade, após as grandes polémicas que se desenvolveram ao nível do blogue, com a reivindicação, de resto absolutamente justa, para que a totalidade dos confrades que respondessem a todos os problemas pudessem exercer o seu direito de voto, para eleger o autor campeão nacional, esperávamos uma maior mobilização para o voto.
No entanto, apesar de apenas 64 confrades terem exercido esse direito, em nada ficou ofuscado o brilho do retumbante êxito de M. Constantino, que foi a primeira preferência de 51 dos participantes.

O que dizer de M. Constantino, que possa ainda não ter sido dito? Na verdade, trata-se “só” do melhor produtor nacional de problemas policiários, com uma carreira longa e recheada de êxitos, com enigmas que são hoje verdadeiros hinos à arte de bem desenvolver uma investigação, com muita dedução e muito apelo à capacidade de interpretação e análise.
De uma das suas muitas obras, precisamente o “Manual da Enigmística Policiária”, numa edição da Associação Policiária Portuguesa, de 1995, deixamos um dos seus textos mais significativos, sobre aquilo que ele entende ser a relação entre o homem e o apelo pela resolução do enigma:
«O homem encontra no enigmático algo que lhe excita o espírito e lhe motiva a curiosidade.
Posto perante um mistério, todas as faculdades se lhe alertam e, atentas, se debruçam em torno do problema.
Sente prazer íntimo em seguir passo a passo todas as pistas até alcançar o objectivo.
Satisfaz-se ao conseguir rodear as dificuldades, tanto como vencer obstáculos que se apresentam intransponíveis.
E quanto mais a precisão dos factos não se permite que se vislumbre sombra de uma estrada, maior é o apego e o desenvolvimento do cérebro, maior é a satisfação da vitória.
Segundo Bergson, um problema que inspira atenção é uma representação duplicada de uma emoção, sendo ao mesmo tempo a curiosidade, o desejo e a alegria antecipada de o resolver. É o desafio posto que impele a inteligência diante das interrogações, vivifica, ou antes vitaliza os elementos intelectuais com os quais fará corpo até à solução.
A própria vida cifra-se em constante mistério, um enigma constante que a humanidade procura solucionar o melhor e mais rapidamente possível. O obscuro nunca nos desampara, desafia-nos.
De prazer espiritual que se sente em desvendar incógnitas, desvanecimento de sobressair, simples divertimento, tudo conduz a que os homens do povo na sua singeleza através de simples adivinhas que andam de boca em boca, os letrados com bem urdidos trabalhos, os sábios na esfera da humanidade, acorram ao seu cultivo e decifração.»

Para o confrade M. Constantino, fica o registo de mais um troféu de campeão nacional de produção, a juntar ao que conquistou na época 2005/2006 e ao título de vice-campeão em 2003/2004.




PAULO VENCE NOS PROBLEMAS RÁPIDOS

Paralelamente com a votação para encontrarmos o campeão nacional, os nossos confrades foram convidados para votarem os problemas de escolha múltipla.
Votaram 56 “detectives” e os resultados foram os que seguem:

1.º Paulo, com o problema “O Meu Primeiro Caso”; 2.º Rip Kirby, com “Um Crime no Alentejo”; 3.º Rodoviário, com “Mortes na Estrada”; 4.º Faraó, com “As Riquezas Desaparecidas”; 5.º Lumago Ampe, com “Um Negócio com Sentido”; 6.º Inspector Boavida, com “O Caso do Espelho Quebrado”; 7.ºs Kop & Peixte, com “Os Wobbly” e Medvet, com “O Caso de Josita Corli”; 9.º H. Raí, com “Há Cada Queda!”; 10.º Lateiro, com “Que Grande Lata!”.

Foi uma boa vitória de um dos confrades produtores de melhores recursos. Desde o início que o Paulo, de Viseu, se destacou pelo cuidado que sempre colocou na feitura dos seus desafios. Com muita lógica, muita clarividência, linguagem cuidada, enfim, uma multiplicidade de méritos que fizeram dele, indiscutivelmente, um dos melhores produtores nacionais.
Do Paulo, esperamos sempre o melhor e aguardamos, com imensa expectativa, o seu momento de glória, aquele em que, finalmente, “deitar cá para fora” o problema de excepção, que está plenamente ao seu alcance.


PARABÉNS A JARTUR


No passado dia 13, o confrade JARTUR completou o seu 76.º aniversário, uma data sempre para celebrar, principalmente quando se trata de um confrade de enorme valia, quer como policiarista, quer como pessoa.
Mantendo sempre viva a sua luta pela criação, ou melhor dizendo, pela instalação do Arquivo Histórico da Problemística Policiária Portuguesa, Jartur continua a reunir e compilar todo o material disponível, sobre muitas décadas deste nosso passatempo.
Desta feita, quase como se fosse de propósito, foi a secção “É o Leitor um Bom Detective?”, publicada entre Março de 1948 e Dezembro de 1949, na revista Altura, orientada de forma superior, pelo então muito jovem M. Constantino, que foi alvo da sua recolha e estudo.
A propósito do Arquivo, andam “zunzuns” no ar, de que alguma coisa está para acontecer, algumas boas novidades estarão na forja, mas ainda nada de “oficial” transpirou! Esperamos, em nome de todo o Mundo Policiário, que muito em breve possamos endereçar ao confrade Jartur uma segunda dose de parabéns, desta vez não por mais um aniversário (só para o ano!), mas por finalmente alcançar a luz que persegue há tantos anos e de que o Policiário tanto necessita e espera.

Entretanto, enquanto as boas notícias não chegam, aqui ficam os Parabéns a Jartur!


Coluna do “C”

2011, UM ANO ESPECIAL

Queremos que cada ano seja especial, que acrescente alguma coisa ao anterior e abra a porta para algo ainda mais significativo para o seguinte. Algumas vezes isso não é possível, outras sim.
O ano de 2011 tem que ser o ano da produção de problemas policiários! Queremos juntar numa mesma competição saudável, os campeões nacionais de todas as épocas, os brilhantes produtores de outrora e de agora, aqueles que se têm distinguido nesta difícil modalidade! Queremos contar com todos aqueles que contribuíram para momentos de enorme alegria, porque nada consegue ultrapassar a adrenalina, o sabor louco, a sensação de descompressão, de libertação, que a chegada à decifração de um crime desperta num investigador!
Em resumo, queremos que todos os produtores metam mãos à obra, para que esta apareça e com ela, o gozo, o prazer, a alegria em cada rosto de cada “detective”!

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