domingo, 20 de fevereiro de 2011

POLICIÁRIO 1022

PRIMEIRAS SOLUÇÕES DA TEMPORADA

Começamos hoje a desvendar os mistérios dos primeiros casos desta época, com a publicação da solução oficial das duas partes da prova n.º 1 do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, de autoria do confrade Al-Hain.
Desta forma, os nossos “detectives” podem começar a tirar as suas conclusões, no sentido de aferirem as suas possibilidades de obtenção da pontuação máxima e da passagem à segunda eliminatória da Taça de Portugal, onde apenas terão assento os confrades que forem autores das melhores 512 prestações.
Na próxima semana, pensamos poder publicar os confrontos para a eliminatória da taça de Portugal, recordando aos nossos leitores que no blogue Crime Público (http://blogs.publico.pt/policiario) há sempre informações actualizadas sobre as nossas actividades.
Eis as soluções, sempre aguardadas com grande expectativa:


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL

SOLUÇÕES DA PROVA N.º 1
PARTE I
Mistério no Paraíso, de Al-Hain

Iniciemos então a solução deste problema e não há melhor maneira para começar essa tarefa que não seja começando pelo princípio.
Pergunta-se em 1º lugar quem foi o condenado. Pelas palavras do estranho ser cuja estrutura parecia ser a de uma nuvem conclui-se que o condenado teria sido o espírito do agente da Polícia Militar que na sua vida terrena cometeu muitos crimes quando a sua missão era, na verdade, a proteção dos seus concidadãos. Esta prática configura um pecado muito mais grave do que o do traficante. O traficante poderia ter sido levado para aquela actividade por dificuldades econômicas e, ou outras. O PM aderiu às actividades criminosas por ganância a qual o levou a trair o seu juramento de fidelidade à causa da justiça e os seus companheiros.
Segundo ele próprio afirma ele estava abrigado poucos metros abaixo do local onde se encontrava o seu colega. Quando a filha deste passou, subindo o morro, disparou sobre ela que ficou em estado de coma. Ao ver a filha ferida o pai tentou socorrê-la mas não teve oportunidade para isso pois foi atingido mortalmente pelo colega.
Possivelmente estes factos foram originados por questões de vingança.
Por esse motivo ele foi levado para o Umbral de onde não é possível sair sem que antes sofra o castigo pelas suas acções em vida, se arrependa sinceramente e encontre algum outro espírito disposto a ir buscá-lo porque, sozinho, os espíritos empedernidos que lá vivem como vermes jamais de lá o deixarão sair.
O Umbral o que é?
As histórias que chegam até nós a respeito do Umbral mostram um local de sofrimento como dificilmente podemos imaginar. Para falar mais sobre o assunto e esclarecer alguns pontos, vamos ver o que nos diz o médium e escritor Alceu Costa Filho.
Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo.A palavra Umbral amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, faz parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento. Definida nos dicionários (Aurélio) como: “Limiar da Entrada”, este sempre existiu como conseqüência natural da mente humana. Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.
Uma alma pode passar no Umbral o tempo que sua consciência determinar podendo ir para uma dimensão mais elevada a partir do seu despertar para as verdades eternas. No livro Memórias de um Suicida existe um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam. Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos.
Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita: “Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções". Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons. A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.
Há quem diga que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra. Manoel Philomeno de Miranda, assim o descreve: “Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.
Muito ainda poderia ser acrescentado mas temo tornar esta solução demasiado longa.

Parte II

São Pedro Resolve, de Al-Hain

O culpado pelo Acidente é aquele que está abrangido pela alínea (B).
Ele afirmou que tinha estado todo o dia em casa e que por isso não tinha ido a Santa Catarina da Fonte do Bispo nem tinha nada a ver com acidentes de tratores.
Ora ninguém havia falado no acidente em Santa Catarina como sabia ele do assunto.
A mulher dele quando chega a casa encontra-o a rachar lenha, mas o Sargento Veríssimo constatou que a lenha cortada não passava de uma vintena de tarolos o que é muito pouco para quem leva o dia a cortar lenha.
Em virtude de já termos o nosso culpado podemos ilibar todos os outros suspeitos.


Coluna do “C”

PRAZOS E LAPSOS

Como os nossos confrades verificaram – e desde logo “choveram” reclamações e pedidos de esclarecimentos dos mais atentos, a que demos no blogue Crime Público – na semana passada foi publicada o dia 12 de Março como data limite para envio das soluções aos problemas da prova n.º 2, quando em todos os escritos anteriores era indicado o dia 28 de Fevereiro.
Sempre temos reafirmado que os prazos decorrem até ao último dia de cada mês e apenas um motivo absolutamente extraordinário poderia alargá-lo, situação que não se verifica, pelo que mantemos o dia 28 de Fevereiro, não tendo passado de um lapso a assunção da outra data.
Os meios são os habituais:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

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