domingo, 29 de maio de 2011

POLICIÁRIO 1036

A tradição vai-se desenvolvendo e enraizando, ao ponto de todos os confrades já estarem à espera dos eventos, nas datas habituais.

Assim acontecia no passado, neste mesmo mês de Maio, em que a cidade de Almada e a respectiva Tertúlia Policiária organizavam o grande convívio anual, atraindo confrades de todo o país, tornando-se no acontecimento mais mediático da época.

Dessa forma, “detectives” do Minho ao Algarve, rumavam por todos os meios disponíveis à cidade almadense, organizavam-se locais de encontro, aqui e ali, para que a última etapa fosse feita já em franco convívio, sendo habitual assistir à chegada de grupos numerosos, uns vindos do norte, outros do sul. Para quem vinha de norte, o ponto obrigatório era a Estação fluvial do Cais do Sodré, onde Quem vinha de carro, todos se juntavam à hora combinada para apanhar o barco pré-definido.

As viagens eram, então, a primeira parte do grande convívio, punham-se em ordem as conversas policiárias, discutiam-se os assuntos do momento, reviviam-se as peripécias passadas, no meio de grande amizade e alegria, trocavam-se informações sobre quem estaria presente, se um confrade tinha confirmado presença, se outro continuava doente, etc.,. Uma vez atracado o barco em Cacilhas, logo se verificava a junção aos confrades locais, ao saudoso Detective Misterioso, ao incansável O Gráfico, ao Alva, ao Satanás, ao Primo 2, à Lampadinha, a tantos e tantos residentes na chamada “Outra Banda”.

Mais tarde, já no local do convívio, era o encontro global, dos confrades do Minho, do Porto e das Beiras com os do Ribatejo, dos Alentejos e do Algarve, a verdadeira reunião de toda a enorme Nação Policiária, pela tarde fora, muitas vezes a entrar pela noite dentro, em tertúlia, até à hora do último cacilheiro para Lisboa.

Hoje, os tempos mudaram, os meios de convívio também. Da época em que o telefone era o meios mais utilizado e a voz fazia a aproximação possível, com custos elevados, passámos à época da internet, das comunicações fáceis e muito mais baratas, com imagem e som, em que tudo é possível partilhar no momento. As relações humanas directas, o abraço dado uma ou duas vezes por ano, foi substituído pelo constante “encontro” on-line e o tempo de que se dispunha para conviver, o dia que se preparava com entusiasmo, é hoje uma recordação do passado.

Não podemos nem queremos dizer que antigamente era melhor, que aqueles tempos eram melhores que os de hoje, apenas que são diferentes.

Este domingo, uma boa parte desse passado vai ser revivido, pela mão e organização da Tertúlia Policiária da Liberdade. Aqui fica o convite:



VII CONVÍVIO DA TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE (TPL)



Cumprindo aquela que é já uma agradável tradição, a TPL organiza mais um encontro nacional, na senda dos realizados em locais tão diversos como o Museu do Teatro, o Teatro da Trindade, a terra de Aristides de Sousa Mendes, Cabanas de Viriato ou os ambientes saudáveis da Serra da Arrábida.

Sendo norma da TPL a procura de novas sensações e cenários, que possam sempre acrescentar algo àquilo que já foi conseguido, desta feita a proposta é a viagem pela azulejaria portuguesa, um património de excelência que tão presente está em cada recanto do nosso país.

Nesse sentido, o VII Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade, ocorre hoje no Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa.

Este museu está situado na zona oriental da cidade, na Rua da Madre de Deus n.º 4, no antigo Convento da Madre de Deus, que foi fundado em 1509 pela rainha D. Leonor e apresenta importantes colecções de azulejos, o claustro maneirista, a igreja, a sacristia, o coro alto e a capela de Santo António, com notáveis conjuntos de pinturas, ricas ornamentações de talha dourada, revestimentos de azulejos e particularidades arquitectónicas dos séculos XVI, XVII e XVIII.

Um espólio de tamanha qualidade, pode e deve ser apreciado, sendo mais uma razão para os nossos “detectives” aparecerem e conviverem.

A concentração está marcada para o Restaurante/Cafetaria do Museu, a partir das 10h30, local onde ocorrerá também o almoço a partir das 13 horas, ao preço de 19,50 € por pessoa.

Às 11h00 principiará a visita ao Museu.

Pelas 12h30 haverá um problema policiário como aperitivo.

Às 14h30 terão lugar as homenagens da TPL, prosseguindo a confraternização.



Fica, assim, lançado o repto para que todos os confrades que possam e queiram, venham passar um dia especial, com muita amizade, camaradagem, convívio, tendo como pano de fundo a modalidade que todos praticamos e tanto amamos. E neste caso particular, com o acrescento cultural que a visita a um museu com estas características sempre ocasiona.

Para os confrades que eventualmente tenham dificuldades em encontrar o local, ficam os contactos:

A Raposo & Lena: 966 173 648; Búfalos Associados: 966 435 564; Nove: 966 102 077.







NO ANO PASSADO FOI ASSIM



VI CONVÍVIO DA TPL

30 de Maio de 2010







Quem compareceu ao VI Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade regressou a casa feliz e quem não foi perdeu alguma coisa.

A promessa de bom tempo ajudava, pois o encontro fora organizado de modo a tirar proveito do espaço ao ar livre da bela Quinta do Rio. Antes da hora prevista para a concentração, já havia confrades em aprazível conversa na esplanada da Estalagem, à sombra de uma frondosa palmeira. A temperatura do ar subia e a da cordialidade não lhe ficava atrás.

Houve passeios e mergulhos na piscina, para abrir o apetite. Antes da comida, porém, fez-se ainda exercício mental, com um Enigma policial e diversas Perguntas a Prémio. Os resultados seriam transmitidos mais tarde.

Terminado o exercício, o animado grupo de convivas foi encaminhado para o agradável local, a fazer lembrar um pátio andaluz, onde iria decorrer a prova de vinhos.

Afectividade, profissionalismo e beleza foram algumas das positivas qualidades da degustação proporcionada por O Forno da Cidade (Odivelas). As entradas eram fartas e de excelente confecção. Entre elas apareciam uns pratos de volumosos morangos, carnudos, perfumados e doces, cultivados ali na Quinta. Disse alguém, em êxtase voluptuoso, ao acabar de comer um dos frutos, que eles lhe faziam lembrar as damas pintadas por Rubens. Tratava-se, com certeza, de um sibarita adepto da abundância. O espumante agradou a todos e o respectivo stock, trazido para venda, acabaria por se esgotar no fim da festa. Os vinhos, branco e tinto, foram também muito elogiados. Por último, degustou-se um excelente Porto branco.

A festa continuava e a uma temperatura interior que a do ar deixara de poder emular.

Entretanto, já “cada domicílio” havia adquirido um exemplar do livro “Memória do V Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade, Cabanas de Viriato, 17 de Maio de 2009”. Este livro, uma edição conjunta do Clube de Detectives e da TPL, coordenada por Daniel Falcão, foi enaltecido por todos.

Durante o almoço, muito bem servido, imperou, como é fácil de calcular, a boa disposição. Diga-se, a propósito, que não faltou nenhum dos confrades inscritos.

Saboreados os cafés, chegou a hora de anunciar os resultados do exercício mental e de revelar os homenageados. Todos os que responderam ao Enigma e ás Perguntas a Prémio tiveram direito a um livro. Mas o grande vencedor, o confrade Avlis e Snitram, levou mais livros e uma grande salva de palmas. Outra lhe estava destinada, logo a seguir. É que ele foi uma das figuras homenageadas pela Tertúlia Policiária da Liberdade e com toda a justiça. Também a página Público-Policiário, a grande agregadora do movimento policiarista nos últimos anos, e o seu incansável coordenador, Luís Pessoa, foram objecto de homenagem, bem como o confrade Rip Kirby que, embora a viver no Brasil, nunca abandonou a participação em torneios nem a excelente produção de desafios nem a sua ligação à TPL.

Da homenagem a Rip Kirby fez parte um fado, cheio de humor e amizade, escrito por A. Raposo & Lena, para a música do Fado do Marinheiro, que Rui Mendes interpretou muito bem. A alegria via-se e tacteava-se.

O Convívio não podia ter corrido melhor!

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro LP
Nas suas recordações do Convívio da Almada esqueceu-se da alegre romaria que parte dos confrades faziam, depois do convívio, até cacilhas detendo-se numa marisqueira onde se realizava outtro convívio.
Isto quando o Misterioso ainda estava conosco, Despois que ele se foi isso acabou e foi uma saudade que ficou
Um abraço do

Rip Kirby