HOJE HÁ SORTEIO DA TAÇA!
A Taça de Portugal é hoje a nossa
“estrela”, com a divulgação do resultado do sorteio de mais uma eliminatória,
precisamente aquela que vai abrir as portas aos derradeiros 16 confrades que
vão prosseguir, rumo à conquista do troféu.
Antes, há que provar os dotes
dedutivos, eliminando os respectivos oponentes, pelo que terão, para já, de
elaborar soluções que os suplantem, relativamente aos desafios que publicámos
nas passadas duas semanas.
Eis os confrontos ditados pelo
sorteio:
TAÇA DE PORTUGAL - 2013
CONFRONTOS PARA A 6.ª ELIMINATÓRIA
Mister H – Ego; Agente Zeferino –
Flo; Inspector Pi – Ribeiro de Carvalho; Verbatim – Inspector Boavida; A Raposo
& Lena – Detective Xá-Muteba; Karl Marques – Bernie Leceiro; Vorsicht 25 –
Agente Guima; Custódio Matarratos – Abrótea; Deco – Paulo; Vicktório – Rip
Kirby; Zé – Detective Ventoinha; Académico – Detective Jeremias; Daniel Falcão
– A A Nogueira; Detective Cuecas – Inspector Gigas; Búfalos Associados – Allgarvio
e Shol – Inspector Aranha.
Entretanto, vamos também ficar a
conhecer as soluções oficiais dos desafios da prova n.º 5, de autoria dos
confrades Paulo (Parte I) e Pa Pu Sheio (Parte II), para que todos os
“detectives” possam ir fazendo as contas ao seu desempenho.
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 5
PARTE I – “A ODISSEIA
DE ÁLVARO DOMINGUES”, de PAULO
A primeira fase da solução
consiste em situar no tempo a suposta travessia de África. Para se conseguir
essa localização temporal é necessário ter em conta o diálogo entre os dois
personagens do texto.
A época do ano em que decorre o
diálogo é o chamado "Domingo de Carnaval" ou "Domingo
Gordo" do ano de 1970.
Como se pode chegar a essa
conclusão?
Considerando:
a) A referência às brincadeiras
de Carnaval e ao facto de ser Domingo.
b) A indicação de um mês de Maio
muito agitado, em Paris, dois anos antes. Trata-se de uma alusão óbvia ao
movimento que ficou conhecido como Maio de 68.
c) A referência ao incidente
ocorrido na universidade de Coimbra, no ano anterior e que sucedeu em 17 de
Abril de1969.
O passo seguinte consiste em
localizar o ano em que presumivelmente foi escrita a carta. 100 anos antes.
Estamos então em 1870.
Falta referenciar quais os
aspectos existentes no texto da carta que levam à conclusão que esta não
poderia ter sido escrita nessa data, mas muitos anos mais tarde, sendo portanto
um documento forjado.
1º - A menção a Fátima.
O culto religioso no local surgiu
apenas depois de 1917. Impossível portanto de ser referenciado numa carta
escrita em 1870.
2º - A alusão à observação dos
sete planetas.
À data em que se pretende ter
sido escrita a missiva, eram conhecidos sete planetas. Mercúrio, Vénus, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, tendo este último sido localizado em 1846.
Até aqui nada de estranho. A questão põe-se no facto de Neptuno não ser
observável a olho nu. Urano embora no limite da possibilidade de observação sem
aparelhos ópticos, pode considerar-se que poderia ser observado a olho nu, dado
que não se sabe se o presumível autor da carta teria ou não problemas de visão.
Como o explorador ficou apenas
com uma arma, a roupa e um caderno, não teria qualquer luneta ou telescópio que
lhe permitisse observar Neptuno.
Portanto, quem escreveu a carta
não poderia ter feito o que está descrito.
3º - Na carta há uma palavra que
à data não existia. Trata-se da palavra boicote. Esta palavra teve origem no
nome do irlandês Boycott e foi introduzida na linguagem falada e escrita ao
longo do século XX, mais propriamente durante o conflito italo-abexim
(1935-36).
Trata-se de mais um impedimento
para que o texto tivesse sido escrito em 1870.
Pode-se então concluir que o
documento é falso, tendo sido escrito alguns anos após 1870.
Quanto ao facto de os planetas
serem ou não serem visíveis no hemisfério Sul durante o período da viagem,
Eugénio, nos extractos da carta que copiou, não fornece elementos suficientes
para o sabermos. Apenas poderíamos localizar a viagem entre 1860 e 1870, dado
que a única informação fornecida aponta para a partida de Portugal em 1860, o
que não chega para analisar a situação nessa perspectiva.
Para finalizar quero indicar qual
foi a bibliografia que consultei para escrever resolver o problema. Obviamente
que existem muito mais locais onde as respostas poderão ser consultadas, mas as
fontes que eu utilizei foram estas. Não é necessário consultá-las todas para se
responder correctamente ao problema, bastando uma ou duas. A variedade serviu
apenas para confirmação das informações:
História de Portugal, direcção de
José Matoso, do Círculo de Leitores;
História de Portugal em Datas,
coordenação de António Simões Rodrigues, de Temas e Debates;
Dicionário Enciclopédico Koogan
Larousse Selecções, de Selecções do Reader's Digest;
Enciclopédia Luso-Brasileira de
Cultura, da Verbo;
Guia Prático de Astronomia, de
Jean Lacroux e Denis Berthier, da Gradiva;
Diciopédia 2000, da Porto
Editora;
Enciclopédia Universal
Multimédia, da Texto Editora.
Em alternativa, basta apenas uma boa
enciclopédia e alguma cultura geral.
PARTE II – “CUCURRU”, de PA PU SHEYO
A reposta correcta é a D.
A cor dos pombos está ligada ao
sexo, ao cromossoma X. Os machos são XX e a fêmeas XY. A cor azul, é recessiva
e a cor lilás, dominante. Por isso, num casal de pombos azuis, em cada X há
apenas informação para a cor azul e não para a cor lilás, pois, de outro modo,
o membro do casal que tivesse lilás em X seria também lilás. Logo, se o casal
era azul não tinha a cor lilás, pelo que não poderia transmiti-la aos filhos.
RESULTADOS NO “CRIME PÚBLICO”
Estão já disponíveis os
resultados das primeiras 4 provas das nossas competições deste ano, no blogue
CRIME PÚBLICO, que pode ser encontrado em http://blogs.publico.pt/policiario
.
1 comentário:
Mais um GRANDE problema do Paulo (com um pormenor fabulosamente escondido)e uma rápida curiosa!
Um abraço
Zé
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