domingo, 21 de julho de 2013

POLICIÁRIO 1146


HOJE HÁ SORTEIO DA TAÇA!

A Taça de Portugal é hoje a nossa “estrela”, com a divulgação do resultado do sorteio de mais uma eliminatória, precisamente aquela que vai abrir as portas aos derradeiros 16 confrades que vão prosseguir, rumo à conquista do troféu.
Antes, há que provar os dotes dedutivos, eliminando os respectivos oponentes, pelo que terão, para já, de elaborar soluções que os suplantem, relativamente aos desafios que publicámos nas passadas duas semanas.
Eis os confrontos ditados pelo sorteio:


TAÇA DE PORTUGAL - 2013

CONFRONTOS PARA A 6.ª ELIMINATÓRIA

Mister H – Ego; Agente Zeferino – Flo; Inspector Pi – Ribeiro de Carvalho; Verbatim – Inspector Boavida; A Raposo & Lena – Detective Xá-Muteba; Karl Marques – Bernie Leceiro; Vorsicht 25 – Agente Guima; Custódio Matarratos – Abrótea; Deco – Paulo; Vicktório – Rip Kirby; Zé – Detective Ventoinha; Académico – Detective Jeremias; Daniel Falcão – A A Nogueira; Detective Cuecas – Inspector Gigas; Búfalos Associados – Allgarvio e Shol – Inspector Aranha.


Entretanto, vamos também ficar a conhecer as soluções oficiais dos desafios da prova n.º 5, de autoria dos confrades Paulo (Parte I) e Pa Pu Sheio (Parte II), para que todos os “detectives” possam ir fazendo as contas ao seu desempenho.


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 5

PARTE I – “A ODISSEIA DE ÁLVARO DOMINGUES”, de PAULO

A primeira fase da solução consiste em situar no tempo a suposta travessia de África. Para se conseguir essa localização temporal é necessário ter em conta o diálogo entre os dois personagens do texto.
A época do ano em que decorre o diálogo é o chamado "Domingo de Carnaval" ou "Domingo Gordo" do ano de 1970.
Como se pode chegar a essa conclusão?
Considerando:
a) A referência às brincadeiras de Carnaval e ao facto de ser Domingo.
b) A indicação de um mês de Maio muito agitado, em Paris, dois anos antes. Trata-se de uma alusão óbvia ao movimento que ficou conhecido como Maio de 68.
c) A referência ao incidente ocorrido na universidade de Coimbra, no ano anterior e que sucedeu em 17 de Abril de1969.
O passo seguinte consiste em localizar o ano em que presumivelmente foi escrita a carta. 100 anos antes. Estamos então em 1870.
Falta referenciar quais os aspectos existentes no texto da carta que levam à conclusão que esta não poderia ter sido escrita nessa data, mas muitos anos mais tarde, sendo portanto um documento forjado.
1º - A menção a Fátima.
O culto religioso no local surgiu apenas depois de 1917. Impossível portanto de ser referenciado numa carta escrita em 1870.
2º - A alusão à observação dos sete planetas.
À data em que se pretende ter sido escrita a missiva, eram conhecidos sete planetas. Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, tendo este último sido localizado em 1846. Até aqui nada de estranho. A questão põe-se no facto de Neptuno não ser observável a olho nu. Urano embora no limite da possibilidade de observação sem aparelhos ópticos, pode considerar-se que poderia ser observado a olho nu, dado que não se sabe se o presumível autor da carta teria ou não problemas de visão.
Como o explorador ficou apenas com uma arma, a roupa e um caderno, não teria qualquer luneta ou telescópio que lhe permitisse observar Neptuno.
Portanto, quem escreveu a carta não poderia ter feito o que está descrito.
3º - Na carta há uma palavra que à data não existia. Trata-se da palavra boicote. Esta palavra teve origem no nome do irlandês Boycott e foi introduzida na linguagem falada e escrita ao longo do século XX, mais propriamente durante o conflito italo-abexim (1935-36).
Trata-se de mais um impedimento para que o texto tivesse sido escrito em 1870.
Pode-se então concluir que o documento é falso, tendo sido escrito alguns anos após 1870.
Quanto ao facto de os planetas serem ou não serem visíveis no hemisfério Sul durante o período da viagem, Eugénio, nos extractos da carta que copiou, não fornece elementos suficientes para o sabermos. Apenas poderíamos localizar a viagem entre 1860 e 1870, dado que a única informação fornecida aponta para a partida de Portugal em 1860, o que não chega para analisar a situação nessa perspectiva.
Para finalizar quero indicar qual foi a bibliografia que consultei para escrever resolver o problema. Obviamente que existem muito mais locais onde as respostas poderão ser consultadas, mas as fontes que eu utilizei foram estas. Não é necessário consultá-las todas para se responder correctamente ao problema, bastando uma ou duas. A variedade serviu apenas para confirmação das informações:

História de Portugal, direcção de José Matoso, do Círculo de Leitores;
História de Portugal em Datas, coordenação de António Simões Rodrigues, de Temas e Debates;
Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse Selecções, de Selecções do Reader's Digest;
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, da Verbo;
Guia Prático de Astronomia, de Jean Lacroux e Denis Berthier, da Gradiva;
Diciopédia 2000, da Porto Editora;
Enciclopédia Universal Multimédia, da Texto Editora.

 Em alternativa, basta apenas uma boa enciclopédia e alguma cultura geral.


PARTE II –  “CUCURRU”, de PA PU SHEYO

A reposta correcta é a D.

A cor dos pombos está ligada ao sexo, ao cromossoma X. Os machos são XX e a fêmeas XY. A cor azul, é recessiva e a cor lilás, dominante. Por isso, num casal de pombos azuis, em cada X há apenas informação para a cor azul e não para a cor lilás, pois, de outro modo, o membro do casal que tivesse lilás em X seria também lilás. Logo, se o casal era azul não tinha a cor lilás, pelo que não poderia transmiti-la aos filhos.


RESULTADOS NO “CRIME PÚBLICO”


Estão já disponíveis os resultados das primeiras 4 provas das nossas competições deste ano, no blogue CRIME PÚBLICO, que pode ser encontrado em http://blogs.publico.pt/policiario .

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um GRANDE problema do Paulo (com um pormenor fabulosamente escondido)e uma rápida curiosa!
Um abraço