DECIFRADAS A MORTE DO
CONTABILISTA E A IDENTIDADE DO PRESO 1365
A morte de um
contabilista “cego” e a identidade do preso 1365 mobilizaram os nossos
“detectives” durante algumas semanas.
Tratando-se da
penúltima prova deste ano, os cuidados foram redobrados, não fosse alguma
“pedrinha na engrenagem” causar danos irreparáveis nas classificações, numa
altura em que já não é fácil qualquer recuperação, dado o adiantado da
competição.
Vamos ficar a
conhecer as soluções que os respectivos autores deram aos seus enigmas e, desde
já, ir fazendo as contas:
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL – 2013
SOLUÇÕES DA PROVA N.º
9
PARTE I - “MERGULHO
NA ESCURIDÃO”, de MARCELO CAMPOS
A vítima não era cega – fazia-se – uma vez que
reconheceu o Inspector Bravomonte antes de morrer. As suas últimas palavras
assim o indicam “Ins…tor Bra…”) e lembremo-nos que Eduardo não se identificara
após entrar na cabine, e que, quando chegou junto da vítima sentiu que “esta
não lhe seria desconhecida”, decerto por esta já ter sido presa e julgada por
desfalques e, portanto, ter passado pela polícia. Não a terá identificado uma
vez que se apresentava agora com “óculos pretos e com uma bengala de cego.”
E não sendo cego e sabendo ler (fora
contabilista) teria lido a inscrição na porta do elevador. Aliás já subira pela
escada os três andares, uma vez que se desconhece a existência de outro
elevador (que também não foi usado pelo comerciante, como teria sido
natural se um segundo existisse, quando subiu com o polícia para despir o
pijama.
Não sendo cego não arriscaria um mergulho na
escuridão, tanto mais que prometera voltar (talvez para continuar a chantagem).
Foi empurrado gentilmente pelo antigo patrão levando na mão a única coisa que
conseguiu agarrar na queda – o botão do pijama (grande e branco, com um bocado
de linha).
A busca do Inspector destinava-se a encontrar
um pijama sem botão para completar a prova incriminatória, tanto mais que, não
se encontrando mais ninguém naquele andar (o Inspector “bateu a todas as
portas”) aquele botão só podia provir da única pessoa que nele estava,
por ocasião do acontecimento – o comerciante. E de um pijama, porque era assim
que ele se encontrava vestido, quando o polícia chegou junto dele.
PARTE
II -“A VINGANÇA DO MARIDO TRAÍDO”,
de FELIZARDO LOPES
O que estava escrito
na folha de papel encontrada na secretária – e que terá constituído uma boa
pista para a polícia chegar à identidade do criminoso? Apenas a letra L, e
sabemos que, depois de a escrever e de ser atingido pelos tiros, a vítima a
virou ao contrário.
E, pelo texto
encontram-se espalhadas várias frases, reforçando esta ideia de virar que,
devidamente conjugadas com aquela situação, respondem à questão: “a vida de um
homem (…) conhece um tal “volte face”, “um virar de página”; “era a minha
vida (…) que se virava do avesso”; “Folha de papel (com um L) na “face voltada
para baixo”, etc. , Ou seja, L, que se lê EL . E, com o seu acto de a
virar, depois de lhe escrever essa letra, a vítima pretendeu deixar uma
mensagem acusação. Porque o EL, acrescido pelo significado que a mensagem
pretendeu transmitir (VIRO), proporciona o nome desejado.
Logo, a identidade do
preso 1365 é a indicada na alínea C) – LUIS ELVIRO.
TAÇA
DE PORTUGAL
Paralelamente
com o campeonato nacional, vai decorrendo a taça de Portugal, que não sendo uma
competição considerada por nós como menor, bem pelo contrário, por vezes acaba
sofrendo algum apagamento, face à luta que se desenrola para o título nacional.
Este
ano, de resto, alguns alargamentos dos prazos, em algumas provas, fez com que a
divulgação da taça fosse remetida, quase em exclusivo, para o blogue CRIME
PÚBLICO, que pode ser acedido em http://blogs.publico.pt/policiario,
o que acabou por prejudicar os confrades que nos seguem através do PÚBLICO e
dominam menos as chamadas “novas tecnologias”.
Sem
podermos falar de uma compensação a esses confrades, dedicamos hoje algum
espaço a esta competição, que reúne muitas preferências, divulgando os
confrontos relativos às meias-finais, resultantes do sorteio efectuado entre os
confrades apurados na eliminatória anterior:
INSPECTOR
BOAVIDA (Porto) – FLO (Coimbra)
CUSTÓDIO
MATARRATOS (Évora) - DETECTIVE JEREMIAS (Santarém)
No
momento em que ainda desconhecemos a resposta que estes confrades deram aos
desafios da prova n.º 9, cujas soluções divulgamos hoje, por conseguinte sem
sabermos quem são os finalistas da competição deste ano, ficamos com a certeza
de que estamos perante uma eliminatória muito equilibrada e, provavelmente,
decidida em pormenores, tal é a qualidade dos “detectives” ainda presentes.
Na
próxima semana publicaremos os finalistas da taça de Portugal, convidando desde
já os leitores para irem acompanhando todos os desenvolvimentos no nosso
blogue, onde poderão contar com as notícias “em directo”!
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