quinta-feira, 14 de novembro de 2013

SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS DA PROVA N.º 9

Meus caros, em antecipação à publicação no jornal do próximo domingo, ficam as soluções dos problemas da prova n.º 9, dos próprios autores:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 9

PARTE I - “MERGULHO NA ESCURIDÃO”, de MARCELO CAMPOS

A vítima não era cega – fazia-se – uma vez que reconheceu o Inspector Bravomonte antes de morrer. As suas últimas palavras assim o indicam “Ins…tor Bra…”) e lembremo-nos que Eduardo não se identificara após entrar na cabine, e que, quando chegou junto da vítima sentiu que “esta não lhe seria desconhecida”, decerto por esta já ter sido presa e julgada por desfalques e, portanto, ter passado pela polícia. Não a terá identificado uma vez que se apresentava agora com “óculos pretos e com uma bengala de cego.”
 E não sendo cego e sabendo ler (fora contabilista) teria lido a inscrição na porta do elevador. Aliás já subira pela escada os três andares, uma vez que se desconhece a existência de outro elevador (que também não foi usado pelo comerciante, como teria sido natural  se um segundo existisse, quando subiu com o polícia para despir o pijama. 
Não sendo cego não arriscaria um mergulho na escuridão, tanto mais que prometera voltar (talvez para continuar a chantagem). Foi empurrado gentilmente pelo antigo patrão levando na mão a única coisa que conseguiu agarrar na queda – o botão do pijama (grande e branco, com um bocado de linha).
A busca do Inspector destinava-se a encontrar um pijama sem botão para completar a prova incriminatória, tanto mais que, não se encontrando mais ninguém naquele andar (o Inspector “bateu a todas as portas”) aquele botão só podia provir da única pessoa que nele  estava, por ocasião do acontecimento – o comerciante. E de um pijama, porque era assim que ele se encontrava vestido, quando o polícia chegou junto dele.

PARTE II -“A  VINGANÇA  DO  MARIDO  TRAÍDO”, de FELIZARDO LOPES

O que estava escrito na folha de papel encontrada na secretária – e que terá constituído uma boa pista para a polícia chegar à identidade do criminoso? Apenas a letra L, e sabemos que, depois de a escrever e de ser atingido pelos tiros, a vítima a virou ao contrário.
E, pelo texto encontram-se espalhadas várias frases, reforçando esta ideia de virar que, devidamente conjugadas com aquela situação, respondem à questão: “a vida de um homem (…) conhece um tal “volte face”, “um virar de página”;  “era a minha vida (…) que se virava do avesso”; “Folha de papel (com um L) na “face voltada para baixo”,  etc. , Ou seja, L, que se lê EL . E, com o seu acto de a virar, depois de lhe escrever essa letra, a vítima pretendeu deixar uma mensagem acusação. Porque o EL, acrescido pelo significado que a mensagem pretendeu transmitir (VIRO), proporciona o nome desejado.

Logo, a identidade do preso 1365 é a indicada na alínea C) – LUIS ELVIRO.

Sem comentários: