Meus caros, em antecipação à publicação no jornal do próximo domingo, ficam as soluções dos problemas da prova n.º 9, dos próprios autores:
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL – 2013
SOLUÇÕES DA PROVA N.º
9
PARTE I - “MERGULHO
NA ESCURIDÃO”, de MARCELO CAMPOS
A vítima não era cega – fazia-se – uma vez que
reconheceu o Inspector Bravomonte antes de morrer. As suas últimas palavras
assim o indicam “Ins…tor Bra…”) e lembremo-nos que Eduardo não se identificara
após entrar na cabine, e que, quando chegou junto da vítima sentiu que “esta
não lhe seria desconhecida”, decerto por esta já ter sido presa e julgada por
desfalques e, portanto, ter passado pela polícia. Não a terá identificado uma
vez que se apresentava agora com “óculos pretos e com uma bengala de cego.”
E não sendo cego e sabendo ler (fora
contabilista) teria lido a inscrição na porta do elevador. Aliás já subira pela
escada os três andares, uma vez que se desconhece a existência de outro
elevador (que também não foi usado pelo comerciante, como teria sido
natural se um segundo existisse, quando subiu com o polícia para despir o
pijama.
Não sendo cego não arriscaria um mergulho na
escuridão, tanto mais que prometera voltar (talvez para continuar a chantagem).
Foi empurrado gentilmente pelo antigo patrão levando na mão a única coisa que
conseguiu agarrar na queda – o botão do pijama (grande e branco, com um bocado
de linha).
A busca do Inspector destinava-se a encontrar
um pijama sem botão para completar a prova incriminatória, tanto mais que, não
se encontrando mais ninguém naquele andar (o Inspector “bateu a todas as
portas”) aquele botão só podia provir da única pessoa que nele estava,
por ocasião do acontecimento – o comerciante. E de um pijama, porque era assim
que ele se encontrava vestido, quando o polícia chegou junto dele.
PARTE
II -“A VINGANÇA DO MARIDO TRAÍDO”,
de FELIZARDO LOPES
O que estava escrito
na folha de papel encontrada na secretária – e que terá constituído uma boa
pista para a polícia chegar à identidade do criminoso? Apenas a letra L, e
sabemos que, depois de a escrever e de ser atingido pelos tiros, a vítima a
virou ao contrário.
E, pelo texto
encontram-se espalhadas várias frases, reforçando esta ideia de virar que,
devidamente conjugadas com aquela situação, respondem à questão: “a vida de um
homem (…) conhece um tal “volte face”, “um virar de página”; “era a minha
vida (…) que se virava do avesso”; “Folha de papel (com um L) na “face voltada
para baixo”, etc. , Ou seja, L, que se lê EL . E, com o seu acto de a
virar, depois de lhe escrever essa letra, a vítima pretendeu deixar uma
mensagem acusação. Porque o EL, acrescido pelo significado que a mensagem
pretendeu transmitir (VIRO), proporciona o nome desejado.
Logo, a identidade do
preso 1365 é a indicada na alínea C) – LUIS ELVIRO.
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