domingo, 5 de janeiro de 2014

POLICIÁRIO 1170




ENCONTRADOS OS CAMPEÕES DE 2013

Foi uma noite mágica para os policiaristas portugueses, a da passagem do ano, uma vez que foram divulgados os principais resultados de toda uma época de competição.
Tal como tinha sido anunciado, o nosso blogue CRIME PÚBLICO, (http://blogs.publico.pt/policiario) começou, ainda no dia 30, a divulgar os resultados, o que originou o “disparo” nos visionamentos das páginas.

Passo a passo, com a metodologia possível, foram aparecendo os rostos dos vencedores e as respectivas classificações:

CAMPEÃO NACIONAL DE PRODUÇÃO

O primeiro campeão a ser anunciado foi o confrade VERBATIM, residente em Alfragide, que durante muitos anos foi o Nove. Viu o seu problema “Ouvindo o Flecha de Prata Passar” ser o mais votado pelos “detectives” e como tal sagrou-se Campeão Nacional de Produção.
Tratando-se de um confrade com uma longa presença na nossa secção, desde o início, apresenta um currículo invejável, praticamente sempre no topo das classificações, coroado, esta época, com a conquista do maior troféu no campo da produção policiária.

Ainda na produção, destaque para o anterior campeão nacional, Paulo, que desta feita ficou em 2.º lugar com o problema “A Odisseia de Álvaro Domingues”.
Em terceiro lugar registou-se uma igualdade entre duas duplas: Búfalos Associados com o problema “A Tia Laurinda e a Morte da Dona Perpétua” e Júlio Penatra & Gá, com o problema “Venham de lá Esses Ossos”.

Depois, a partir do 5.º lugar, ficaram A. Raposo & Lena, Marcelo Campos, mais um empate em 7.º lugar, entre Abrótea e Rubro Pálido, seguindo-se Rip Kirby e Tryit.

Nas produções de escolha múltipla, foi o confrade PAULO, de Viseu, quem se impôs, com o problema “A Morte da Cabeleireira”, ficando o confrade Verbatim em 2.º, com “A Morte de Calígula” e Felizardo Lopes, com “A Vingança do Marido Traído”.
A partir do 4.º lugar, ficaram A. Raposo & Lena; Rip Kirby e XXP, empatados em 5.º lugar; Búfalos Associados em 7.º; IF, Pa Pu Sheio e Rubro Pálido, completam a classificação.

TAÇA DE PORTUGAL

Foi, depois, a vez da Taça de Portugal, sendo conhecido o seu triunfador, o confrade INSPECTOR BOAVIDA, residente na cidade do Porto, que elaborou uma solução de grande valia, que lhe permitiu vencer a final, frente ao confrade de Évora, Custódio Matarratos, também ele com uma solução excelente.

O Inspector Boavida, que já foi Smaluco, no início da nossa secção, há muito perseguia um troféu, que muitas vezes esteve próximo, já que sempre, em todas as épocas, ocupava os lugares cimeiros das classificações.
Desta vez não houve “tremideira” e a Taça de Portugal vai viajar para o Porto.


TROFÉU “MEDVET” (AS MAIS ORIGINAIS)

O rosto que apareceu em seguida no blogue foi o do confrade portuense INSPECTOR GIGAS, que conseguiu ser o mais original nas suas prestações, durante toda a época, ainda que tenha sacrificado alguns pontos, na nossa opinião, por ter descurado certos pormenores que não “encaixavam” em algumas originalidades. Quando, por exemplo, se elabora uma solução em verso, sobretudo se é complexa e difícil, é grande a probabilidade de haver pormenores que ficam por indicar e, por consequência, pontos perdidos… O mesmo aconteceu em trabalhos baseados em fotos reais, devidamente legendadas e adaptadas à solução pretendida, que se revelaram de excelente efeito visual, mas com pormenores faltosos.

Ficaram nos lugares seguintes os confrades Troikosta, Detective Jeremias, Panenka e Agente Zapata.


TROFÉU “DIC ROLAND” (AS MELHORES)

De Santarém, surgiu o rosto seguinte, da “DETECTIVE JEREMIAS”, que se impôs a toda a concorrência na pontuação das melhores soluções, ao longo de toda a época.
Tradicional dominadora dos lugares cimeiros de todas as classificações (a produção tem sido uma espécie de “parente pobre”, que urge colmatar), a Detective Jeremias teve este ano uma prestação que não fugiu à regra, mas que não atingiu o fulgor de outras épocas, em que praticamente conquistou tudo.
Detentora de uma capacidade magnífica de interpretação e de um poder de síntese notável, é uma policiarista de quem se espera sempre muito mais.

Nos lugares seguintes, por ordem, ficaram Zé, Inspector Aranha, Daniel Falcão e Custódio Matarratos.


CAMPEÃO NACIONAL DE DECIFRAÇÃO

Finalmente, surgiu a fotografia do confrade que se sagrou Campeão Nacional de 2013, na modalidade de decifração, uma cara bem conhecida de todos: ZÉ, “detective” de Viseu.
Detentor de uma carteira de títulos notável, com destaque para títulos de campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, Policiarista do Ano e n.º 1 do Ranking, em vários anos, o “detective” viseense é, sempre, um dos principais candidatos e desta feita não iludiu as expectativas.
Com uma prova absolutamente exemplar, a que apenas terá faltado um pouco mais de “acrescento” para lutar mais efectivamente pelo troféu das melhores, o confrade Zé soube estar sempre atento e eficaz, à semelhança, aliás, do que aconteceu com os dois seus seguidores na classificação, os irmãos de Torres Vedras, Mister H, que ficou em segundo e Karl Marques, terceiro. Apenas estes três confrades terminaram com a totalidade dos pontos em disputa, funcionando os critérios de desempate.

Seguiram-se, nesta classificação, Detective Jeremias, Inspector Aranha, Daniel Falcão, Custódio Matarratos, Inspector Boavida, Verbatim, A Raposo & Lena e Búfalos Associados, todos com apenas um ponto perdido em toda a competição.                                                                                                                                                           


  

5 comentários:

Anónimo disse...

Essa falta de "acrescento" deve-se, apenas, à conjuntura, preocupante e a exigir toda a cabeça disponível... Não a qualquer desinteresse pelo nosso desporto...
Um abraço e obrigado

luis pessoa disse...

Meu caro, eu ia escrever "valor acrescentado", mas como isso trazia "à rede" o IVA, mudei logo de rumo e atirei com o "acrescento".
Não foi nenhuma "pedrada", porque não se podem atirar pedras a um policiarista que exibe a qualidade de decifração que o Zé apresenta.
O Inspector Aranha chama-lhe o melhor decifrador da actualidade. Atrevo-me a subscrever, com um pequeno "acrescento" para incluir no rol o Daniel Falcão, igualmente "um senhor", quando aplicado. Entre os dois... Mas não só!
Quem esqueceu as lutas entre ambos, mais o saudoso Dic Roland? E agora a nossa querida Detective Jeremias e o sempre exemplar Inspector Aranha? Ou o "telegráfico" A Raposo & Lena? Ou o Custódio Matarratos? Ou o Inspector Boavida? E que dizer dos "manos" de Torres Vedras, Karl Marques e Mister H? De Verbatim, Búfalos Associados, etc.
São tantos e tão bons decifradores que me atrevo a dizer que o Policiário está muito bem servido!
Caro Zé, o questão do "acrescento" não era ofensiva, claro, era "só" uma provocação!

Anónimo disse...

Eu é que peço desculpa de não ter sido claro. Eu sei, perfeitamente, que sabes a que me refiro. Tu sabes que só o NOSSO amor ao policiário nos faz continuar e ocupar a nossa cabeça com o policiário para não pensar outras coisas. O AMIGO ARANHA é muito simpático, mas não é possível definir o melhor solucionista. Uns são melhores num género; outros noutro. Os meus "ídolos" policiários sempre foram o Aranha, o Falcão e agora a Jeremias. E que pena tenho do Raposo não se empenhar a fundo - é fabuloso! Para que não restem dúvidas de que nos entendemos perfeitamente, despeço-me com um abraço SOLIDÁRIO... OK?

Zé Gigas disse...

O Luís Pessoa tem toda a razão nos comentários que tece a respeito da minha desastrada prestação nesta época policiária.
De facto, sobretudo a partir do momento em que fui eliminado nos "quartos" da Taça, descurei o rigor que me deveria nortear na abordagem dos problemas para me concentrar fundamentalmente na suposta originalidade da apresentação das soluções.
O que acontece é que o tempo que vivemos, para além de difícil e, mais do que isso, revoltante, não me deixa muitos momentos livres para me dedicar a esta tarefa que tanto prazer me dá! Estou ainda no activo e devo dizer que trabalho intensamente, pelo que quase todos os meses é com bastante dificuldade que vou cumprindo o "dever" de contribuir para a vitalidade deste espaço de partilha.
Por vezes apetece-me desistir e isso aconteceu amiúde nos anos em que comecei a competir. Mas desta vez não! Cheguei ao fim e não estou arrependido! Porque, apesar de todos os desequilíbrios que reconheço na minha participação, não posso deixar de confessar que é para mim gratificante ter conseguido ocupar na presente época o lugar deixado vago pela prematura partida da nossa confrade Medvet,consagrada Rainha da originalidade, de quem fui vice na anterior época completa do Policiário (2011).
Repito: tem todo o sentido o avisado "puxão de orelhas" que o Luís Pessoa me acaba de dar. Tenho muito a aprender, eu que, apesar dos meus 61 anos, me considero ainda um novato nestas andanças.
Dos amigos espero sempre, não a palmadinha nas costas, mas a crítica cúmplice e interessada.
Obrigado a todos por estes momentos de saboroso colóquio e sobretudo ao Luís Pessoa pelas suas inexcedíveis lições de dedicação e persistência nestes tempos de continuada amargura e desencanto...
Um abraço a todos
Inspector Gigas

luis pessoa disse...

Caro Inspector Gigas:
A palavra "desastrada prestação" é sua, não minha!
Em tudo na vida temos de ter objectivos a cumprir, sob pena de estarmos "em todas" e "não estarmos em nenhumas".
Quero com isto dizer que temos de ter a capacidade de encontrarmos novas metas, sempre que falhamos uma. No seu caso, não acho que tenha tido uma participação assim tão desastrada, porque centrou a sua atenção na originalidade. Portanto, foi um vencedor naquilo que se propôs, pelo menos a partir de certo momento.
Numa Volta à França, alguns (poucos) lutam pela vitória, mas há quem lute pelos "sprints", ganha uma série de etapas decididas dessa maneira e perde 1 ou 2 horas em cada etapa de montanha! Isso não faz ele um perdedor. Não, venceu aquilo que se propôs vencer.
A minha questão e dúvida é outra: Onde teria chegado o Gigas se tivesse apostado mais na obtenção dos pontos e só a partir daí avançar para a originalidade. Primeiro definir TUDO o que é preciso dizer e depois "enroupar" com a originalidade pretendida. Primeiro, ganhar por 1-0, nem que seja de penalty e depois, se for possível, golear com "nota artística", ok?
Mas atenção, isto só tem validade para quem tiver como objectivo ficar o mais acima possível na classificação geral, porque se apenas se pretender ser original... Como eu o compreendo no que se refere à falta de tempo (e às vezes de disposição)...
Forte abraço