domingo, 15 de junho de 2014

POLICIÁRIO 1193



[Transcrição da secção n.º 1193 publicada 
hoje no jornal PÚBLICO]

A MORTE DO MAJOR E O MISTÉRIO AO LUAR, ESTÃO SOLUCIONADOS!

Enquanto se ultimam os preparativos para a divulgação das pontuações obtidas pelos nossos “detectives” na prova n.º 4 das competições desta época – e que iremos publicar no nosso blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario logo que se encontrem prontas - vamos ficar a conhecer as propostas de solução que o autor de ambos os desafios, o nosso confrade Rip Kirby, um dos produtores mais prolixos e empenhados na preservação dos desafios policiários, produzidos pelos confrades, para os confrades.
Como é do conhecimento geral e já aqui amplamente veiculámos, a crise de produções arrasta-se há vários anos e, a continuar assim, em breve teremos de recorrer a problemas “encomendados” fora do nosso meio, para assegurarmos a execução das provas.
Não sendo uma solução ideal, não poderá, no entanto, ser completamente descartada, se pretendemos dar continuidade a este nosso passatempo.
Vamos, então, ver como é que o confrade Rip Kirby resolveu os seus enigmas…

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL - 2014
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 4

PARTE I
“AFINAL ELE NEM ESTAVA LÁ…”, de RIP KIRBY

Não há dúvida nenhuma de que o Major Valente Tenrinho foi vítima de um atentado.
Um homem que tenha levado uma  vida aventurosa como ele levou está sempre sujeito a arranjar muitos inimigos e ele arranjou-os.
Entre os convidados presentes na recepção que organizou na sua casa encontravam-se pelo menos três que tinham fortes razões para lhe desejarem a morte. São eles:  Jerónimo de Albuquerque, capitão do exercito compulsivamente passado à reserva. Fernando Mergulhão 1º sargento que não havia conseguido terminar o  curso da Escola Central de Sargentos. E finalmente Alberto Xavier, Major já aprovado, havia dois anos, para ser promovido a Tenente Coronel, mas cujo  despacho não havia meio de sair dos gabinetes da hierarquia correspondente.
Os motivos pelos quais eles se tornaram suspeitos são bem conhecidos por nós, mas do interrogatório a que foram sujeitos nada se apurou de que os pudessemos acusar pela morte do Major.
Todos os convidados começaram a chegar pouco depois da 09h30m e reuniram-se com o seu anfitrião no jardim que embelezava a frente da moradia. Os preparativos para o repasto do almoço desse dia já tinham sido concluidos. No escritório apenas se procederia às habituais salvas de artilharia tanto ao gosto do dono da casa o que aconteceria minutos antes do início do almoço.
Como vimos esse almoço não chegou a realizar-se e o Major foi enviado para os anjinhos.
Como vimos, não foram encontrados quaisquer indício que os acusasse e é fácil chegar-se a essa conclusão. Nenhum dos convidados tinha tempo para permanecer no escritório armadilhando o telefone. Também é pouco provável, que algum dos serviçais da casa que tivesse montado a armadilha e matar o patrão significava ficarem sem emprego.
Como sabemos, entre os convidados encontrava-se também Armando Roboredo, sobrinho do Major que morava na mesma casa, filho de uma irmã deste  e de um capitão do exercito morto em Angola, em condições estranhas, quando da segunda comissão do Major.
Segredavam os empregados da casa, entre si, de que Armando acusava o tio de responsável pela morte do pai. Não podemos garantir de que tal mexerico tenha algo de verdadeiro, mas o mal é as más línguas injectarem o seu veneno.
Analizando com alguma atenção os factos fácil é concluirmos que de entre todos é Armando quem melhor oportunidade teve para armadilhar o telefone. Ele podia-se movimentar pela casa sem causar estranheza alguma podendo assim dedicar-se à vontade à tarefa a que se propusera.
Quando chegou o momento que melhor lhe pareceu telefonou para o tio e aconteceu o que já sabemos. Depois deixou-se ficar no Jardim  ainda durante algum tempo e quando chegou a casa fingiu que não sabia de nada do que se passou.
Uma nota final para esclarecer que algumas das miniaturas de peças de artilharia  feitas em bronze e que se podem comprar em algumas lojas se prestam perfeitamente para o que aqui foi narrado, eu já assisti a algo parecido há anos quando estive em Macau num jantar de antigos artilheiros.
Contudo o que provocou a morte do Major não foi nenhum tiro de artilharia mas sim a explosão do telefone armadilhado.

PARTE II
“MISTÉRIO EM NOITE DE LUAR” , de RIP KIRBY

É a alínea ( C ) aquela que encerra a resposta certa para a solução deste problema.
Todas as declarações foram confirmadas pela gerência do Clube Noturno onde a vítima trabalhava. Neste caso ficámos a saber sem qualquer dúvida que três dos suspeitos, Amílcar Cardoso, Óscar Afonso e José Jeremias, saíram da casa de diversão já depois da hora a que ocorreu o crime pelo que nenhum deles o poderia ter cometido.
António Fonseca, o suspeito referente à alínea ( C ), saiu cerca de meia hora mais cedo do que a vítima. Poderia ter sido ele o assassino mas parece também não existir qualquer prova de que tivesse sido ele. Porém no seu depoimento ele cometeu uma gafe que o comprometeu irremediavelmente.
Afirma António Fonseca que quando saiu do Clube levou para casa uma garrafa de champanhe o que, como já vimos, foi confirmado pela gerência da casa noturna. No entanto o agente policial que deu uma vista de olhos pela casa não viu lá sinais de bebida alcoólica sendo muito provável que a garrafa que ele levou e aquela que foi encontrada na mesa em casa da vítima sejam a mesma.
Numa investigação mais aprimorada, que aqui não é possível levarmos a cabo, exames dactiloscópicos e outros, efectuados no local, é natural que confirmem esta nossa primeira impressão.


5 comentários:

Anónimo disse...

Soluções perfeitamente de acordo com os problemas...
Um abraço

ricardoma disse...

ILUSTRE LP, como sabes nesta época do ano é quando tenho mais trabalho,mas isso não impede que eu por falhar um ou dopis meses não continue, o que quero dizer agora é que quanto a produções, bastavam apenas dez por cento dos sulocionistas e o assunto estava resolvido, mas pelo que vemos anda ainda tudo muito a dormir, quando começar a próxima época faremos uma coisa para os produtores, se estiveres de acordo, abraços do abrótea

ricardoma disse...

ILUSTRE LP, como sabes nesta época do ano é quando tenho mais trabalho,mas isso não impede que eu por falhar um ou dopis meses não continue, o que quero dizer agora é que quanto a produções, bastavam apenas dez por cento dos sulocionistas e o assunto estava resolvido, mas pelo que vemos anda ainda tudo muito a dormir, quando começar a próxima época faremos uma coisa para os produtores, se estiveres de acordo, abraços do abrótea

Anónimo disse...

Estimado amigo LP, como sabes esta é a época do ano em que mais trabalho tenho, mas nem por isso deixo de participar, apesar de falhar dois ou 4 problemas, mas o que interessa agora é a falta de produções ... se apenas dez por cento dos solucionistas produzissem, existiriam problemas para mais 3 épocas, mas a malta não está para isso e assim se concordares, quando começar a nova época teremos novidades para a produção, forte abraço do abrótea

Anónimo disse...

Obrigado caro Zé
Um abraço do

Rip Kirby