quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

JARTURICE 006

   
                                                  PROBLEMAS POLICIAIS – 9 # 006


                                                                                            



                          (Diário Popular # 4027 – 19.12.1953)
        
         Enquanto a tempestade bramia e grandes vagalhões batiam o pequeno vapor «Dauntlesse», um tiro soou no convés A.
O professor Fordney pôs de parte o romance policial que tentara inutilmente ler, e saíu apressadamente da sala de estar.
         Quando chegou ao topo do convés A, viu o criado Mierson inclinado sobre o cadáver de um homem que fora morto instantaneamente, a tiro.
         Nesse momento, o céu abriu-se em catadupas, os relâmpagos faiscaram e a tempestade atingiu o seu auge.
         A cabeça do homem morto apresentava queimaduras de pólvora.
         O capitão Larson e o professor Fordney começaram as investigações pelo interrogatório dos tripulantes e passageiros, a princípio por aqueles que se encontravam mais perto do local onde fora encontrada a vítima.
         A primeira testemunha a ser inquirida foi Nathan Cohen que declarou estar a acabar de escrever uma carta no seu camarote quando ouvira o tiro.
         - Posso ver a carta? – Perguntou o capitão Larson.
         Espreitando por cima do ombro do capitão, Fordney viu a carta, escrita em papel timbrado do navio, com letra pequena e afectada mas nítida. A missiva parecia dirigida a uma mulher.
         O camarote seguinte era ocupado por «Miss» Margareth Millswort. Ao ser interrogada acerca do que fizera durante a hora precedente, «Miss» Millswort mostrou-se nervosa e excitada, tendo declarado que ficara tão assustada com a tempestade que, cerca de meia hora antes de ter sido disparado o tiro, fora para o camarote de seu noivo, James Montgomery, mesmo em frente do seu.
         James Montgomery confirmou o depoimento da noiva, tendo acrescentado que não tinham corrido logo para o convés, porque seria comprometedor que os vissem sair juntos do mesmo camarote.
         Fordney reparou, entretanto, que havia uma mancha vermelha na gola do roupão de Montgomery.
         Os depoimentos dos restantes passageiros e da tripulação foram corroborados e satisfizeram plenamente.

         Quem foi que o capitão mandou prender por suspeitas de haver cometido o crime? E porquê?     
                             (Divulgaremos amanhã a solução oficial)

*   *   *   *   *

Solução do problema # 005
(Diário Popular # 4020 – 12.12.1953)

         Apesar de ninguém ter aparecido nos escritórios do jornal para receber as respostas ao anúncio, a Carabus fora enviada uma carta que, respondendo à sua, o convidava para uma entrevista. Como Gerald Kesl, o homem que deitara o anúncio, se desconhecia na morada indicada, era óbvio tratar-se de um nome suposto. Carobus respondera ao anúncio a conselho da sua mulher. Por conseguinte, a única conclusão possível, era que a senhora Carobus informara o amante, Jack Henwell, de que o marido respondera ao anúncio, tendo o Hemwell convidado Carobus para a entrevista, no decurso da qual o matou. E porque o anúncio fora posto com o único objectivo de atrair Carobus a uma emboscada, Hemwell nem sequer se deu ao trabalho de ir buscar as respostas ao anúncio. Essa circunstância foi, aliás, o que pôs Fordney na boa pista. 




COMPILAÇÃO

ESCRITA

DIVULGAÇÃO DE:

JARTUR (jarturmamede@aeiou.pt)



Ilustríssimos "sherlocks".
Começo por agradecer, aos que já me enviaram, as mensagens de interesse por esta iniciativa,
e as amáveis palavras sobre a sua importância histórica.
Agora, estou mais prático no envio desta matéria, e já tenho oportunidade de dar uma atenta leitura
aos textos tratados. Apercebi-me de que já foram enviadas algumas "gralhas", mas também tenho a
certeza de que todos as avistaram e abateram com a arma de serviço.
Continuem a expressar-se, e aceitem um abraço do amigo.
Jartur