terça-feira, 13 de janeiro de 2015

JARTURICE 012

                

      PROBLEMAS POLICIAIS – 15  - #012                                                                                                                      
       
                           


        
        


O professor Fordney entrou na casa de campo e encontrou o inspector Kelley reclinado numa cadeira de lona.
         - Estou fatigadíssimo. – Suspirou o inspector. – Não houve um sopro de brisa durante todo o dia e esta humidade é terrível. Onde tem estado?
         - Foi cometido um crime! - Explicou Fordney. 
         - Onde? Quando? – Inquiriu Kelley, sem entusiasmo.
        
         - Há cerca de duas horas. O cadáver de Peter foi encontrado junto do cais de Britton por um homem chamado Hart. O rio tem cerca de meia milha de largura naquelas paragens. Hart diz que ia a subir a corrente no seu barco à vela, contemplando as margens através de um binóculo, quando deu com Peter. Ancorou o barco e dirigiu-se para a praia num escaler. Eu estava com o xerife Cass, quando ele veio participar a descoberta do cadáver.
         «Cass ficou muito excitado: é o seu primeiro caso de homicídio. Peter foi atingido com um tiro na cabeça mas, depois de o examinar, parece-me provável que tenha sido afogado primeiramente.
         Kelley não respondeu. O professor continuou:   
         - Hart mostrou-se ansioso por nos ajudar. Indicou a posição do cadáver, as pegadas ao longo da margem e sinais de luta no local do crime. No entanto não fez comentários acerca da ausência de sangue. Quando lhe pedi que me mostrasse o binóculo, declarou, com ar nervoso, que lhe caíra pela borda fora, com a pressa. A princípio, Cass não compreendeu o absurdo da história contada por Harth, mas quando compreendeu…prendeu-o.

         Por que razão Cass prendeu Hart?

                          (Divulgaremos amanhã a solução oficial)

*   *   *   *   *


Solução do problema # 011
(Diário Popular # 4067 – 30.01.1954)

Após haver examinado as pegadas incompletas, feitas por um pé direito, não calçado de sapato, o professor concluiu que tais pegadas haviam sido deixadas por um homem que calçava peúgas baratas, azuis. Como o pé direito estava molhado, a tinta da peúga desbotara. E, porque as marcas das peúgas tinham uma cor azul pálida, um pouco mais viva no centro, Fordney concluiu que a peúga dope direito tinha um buraco na base do pé. Como não descobriu pegada do pé esquerdo, Fordney foi levado à conclusão de que a peúga esquerda se não molhara, pois, caso contrário, teria deixado manchas também. Embora não lhe fosse possível determinar pelas pegadas o sexo do criminoso, que caminhara nas pontas dos pés, não deixando por isso pegadas completas, era razoável supor que se tratava de um homem, dada a forma como fora assassinada a vítima e o facto de, em regra, as mulheres não usarem meias azuis. 

 Jarturice-012 (Divulgada a 13.Janeiro.2015)

POR:

JARTUR

(jarturmamede@aeiou.pt)

1 comentário:

Anónimo disse...

Luis

Mandei-te uma mensagem hoje de manhã, que talvez não tenha recebido.
Assim, repito: o JARTUR fez hoje 8o anos.

Um abraço

Domingos Cabral