quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

JARTURICE 013

          
                                  PROBLEMAS POLICIAIS – 16 # 013                                                                                                                       
                                                     

# 4081 – 13.02.1954
        


- Ora bem! – murmurou Ed Burke, batendo a areia com a pá. – Aqui temos um trabalhinho bem feito. Aquele patife do Dyer estava mesmo a pedir isto, não achas querida?
         - Sim, foi bem feito, Ed. – concordou Clara Miller. – Mas não te esqueças de que eu te vi matá-lo.                                             
         O sargento Reynolds retirou cautelosamente a arma da sua cova, sacudiu a areia que a cobria e correu ao Comando da Polícia, onde depôs a arma sobre a secretária do capitão Wiley.
         Wiley voltou-se para o professor, que acendia um charuto.
         - Burke vai parar à cadeira eléctrica se se provar que a bala que matou Dyer foi disparada por esta arma – comentou o capitão.
         - Há-de provar-se, sim. – asseverou Clara.
         - Você também não fica em bons lençóis, se estava com ele quando foi cometido o crime.
         Não estava. Ele contou-me o que tinha feito e disse-me que havia escondido a arma na Praia de Braxler.
         - E porque vem denunciá-lo agora, quatro meses após o crime?
         - Porque aquele canalha há meses que me anda a atraiçoar. – gritou ela. – Acabo de o descobrir. Foi por isso que lhes disse onde estava escondida a arma. Ninguém se ri de Clara Miller!
         Fordney estendeu a mão, sacudiu alguns grãos de areia que ainda aderiam ao cano reluzente da pistola de calibre 38 e examinou o tambor (*). A câmara continha quatro balas. Dyer tinha sido alvejado apenas uma vez.
         - Tem álibi para o momento do crime? – perguntou o professor a Clara.
- Decerto. Estava com Jimmy O’Leary.
         - Burke mostrou-lhe um mapa ou limitou-se a dizer-lhe onde enterrara a arma?
         - Disse-mo, apenas.
         - É melhor metê-la na cadeia, capitão. – sugeriu Fordney. – Não sei o que ela pretende com tudo isto, mas é óbvio que está a mentir.

         Como soube o professor que Clara mentia?
    
            (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

*   *   *   *   *

Solução do problema # 012
(Diário Popular # 4074 – 06.02.1954)
     Hart mentira quando afirmara que ia a subir o rio, no seu barco à vela, contemplando as margens através de um binóculo, quando vira o cadáver de Peter. Com efeito, era impossível subir o rio num barco à vela num dia em que não havia um sopro de brisa.

Jarturice-013 (Divulgada em 14.Janeiro.2015)


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