terça-feira, 20 de janeiro de 2015

JARTURICE 019

      
                               PROBLEMAS POLICIAIS – 22  -  #019


        

O professor pegou cuidadosamente numa carta que estava ao lado do revólver, junto do cadáver, e examinou-a à transparência. A marca de água era bem visível no fino papel, de excelente qualidade, de 7,5 por 11 polegadas, liso e sem vinco. Pela marca via-se que o papel, conquanto semelhante na aparência ao que estava sobre a secretária de Leopold, não era idêntico àquele.
        
Fordney murmurou qualquer coisa de si para si e tocou a campainha para chamar o secretário do morto.
         - Vamos, Willard. Conte-me tudo.
         - Em primeiro lugar quero que saiba que não faço a mínima ideia do motivo por que o senhor Leopold se suicidou. Andava muito bem disposto nos últimos tempos e entusiasmado com a ideia de uma viagem ao estrangeiro que ia iniciar na próxima semana.
        
Continuando, o secretário disse que, depois de abrir o correio da tarde no qual vinha a carta que Fordney examinara com tanta atenção, o levara ao patrão que estava no escritório. Cerca de uma hora mais tarde, precisando de lhe pedir umas informações, voltara à sala e encontrara Leopold sentado defronte de uma janela aberta, contemplando o jardim com a testa franzida, numa expressão taciturna. Como o homem não respondesse às suas perguntas, aproximara-se mais e verificara que estava morto… Sim, estavam apenas os dois em casa.
        
Fordney voltou a examinar a carta, escrita em grandes caracteres, indubitavelmente femininos, e que terminava definitivamente um romance de amor com Leopold. Estava assinada L. B.
        
- Quem é L. B.? – inquiriu bruscamente o professor.
         - É Miss Beredict. – replicou o secretário, após uma ligeira hesitação.
         - Vamos… Diga-me a verdade sobre este caso! – ordenou Fordney.
        
         Como soube o professor que o secretário mentia? 

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)



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Solução do problema # 18
  (Diário Popular # 4115 – 20.03.1954)

             Se a tragédia tivesse ocorrido como o Dandley contara, pelo menos uma das balas que atravessaram o corpo da vítima, teria partido os vidros da janela, que estava fechada.


                      Jarturice-019 (Divulgada em 20.Janeiro.2015)




APRESENTA 
E
DIVULGA: JARTUR
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