sábado, 24 de janeiro de 2015

JARTURICE 023

     
                                              PROBLEMAS POLICIAIS – 26 - #023

                                                                           
# 4150 – 24.04.1954
                  
         Prasilov, famoso astrólogo polaco, jazia morto no soalho do seu gabinete de observação, na antiga torre de mármore de Cornwall, na Inglaterra.
         O astrólogo fora atingido com um tiro na têmpora direita, e a sua cabeça repousava sobre um velho livro de astrologia que se encontrava aberto na página que continha o horóscopo do próprio Prasilov. A morte fora instantânea. A pouca distância via-se, também no chão, um revólver de fabrico estrangeiro.
         Fordney e o Inspector-Chefe Tarwill chegaram, por fim, ao topo da interminável escadaria de pedra.
         - A porta estava fechada, Chefe. – informou o agente Stiblle. – Tivemos de a arrombar.
         O inspector pegou numa chave que se encontrava junto do cadáver e olhou, inquisitivamente, para Stibile.
         - Mexeram nalguma coisa?
         Em nada, Chefe. Está tudo como o encontrámos.
         Teria Prasilov fechado a porta por dentro e atirado a chave para o chão para confundir ou ludibriar a polícia? Teria a chave saltado da fechadura quando a polícia arrombou a porta ou haveria qualquer outra explicação para o facto? O Professor dava tratos à imaginação.
         Removido o corpo, Fordney pegou no velho e pesado livro de astrologia e leu, atentamente, o horóscopo do sábio. No ponto onde repousava a cabeça do morto, havia uma pequena mancha de sangue.
         Espreitando por cima do ombro do Professor, Tarwill leu, também, o horóscopo que predizia a morte do astrólogo por suicídio!
         - Esta coincidência parece-me estranha – observou o Inspector-Chefe. – Mas… que poderia ter sido isto senão um suicídio?
         - Talvez tenha sido homicídio – respondeu Fordney.
         Dez minutos depois, Tarwill dizia, um tanto impaciente:
         - Quando se resolve a vir-se embora, Professor? Já não há coisa alguma que valha a pena examinar.
         Fordney meteu o livro de astrologia debaixo do braço e circunvagou um último olhar pela sala. No sítio onde estivera o livro havia uma mancha de sangue a atestar a tragédia.
         - Vamos embora. – disse Fordney. Está provado que Prasilov não se suicidou.

         Qual foi o indício que levou Fordney à conclusão de que o astrólogo havia sido assassinado

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

*   *   *   *   *

Solução do problema # 022
(Diário Popular # 4143 – 17.04.1954)

Fordney não acreditou em Mantell porque este dissera que a porta do camarim estava fechada (enquanto ele, Mantell, se caracterizava ao espelho do toucador, fronteiro à porta do camarim) e que não vira entrar Hooper, só dando pela sua presença quando fora disparado o tiro. Ora, se Mantell estava em frente do espelho, fronteiro à porta do camarim, não poderia ter deixado de ver entrar Hooper.

                                                                                      
 Jarturice-023 (Divulgada em 24.Janeiro.2015)



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