quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

JARTURICE 027

      
                                    PROBLEMAS POLICIAIS – 31 - #027



                                          (Diário Popular # 4184 – 29.05.1954)
                  
Embora tivesse caído de um segundo andar, o velho cofre de ferro encontrava-se quase em posição vertical. O incêndio da noite anterior destruíra grande parte da velha casa. E o seu proprietário, o avarento Jonathan Aiken, encontrara também a morte no meio daquele inferno de chamas alterosas. O neto de Jonathan, Tom Drewery, chegara a casa, vindo de Filadélfia, às onze e meia da noite do incêndio e fora detido pela Polícia, para averiguações.
        
O professor ficou surpreendido ao notar que os selos acamados em pequenas pilhas ordenadas cuidadosamente alinhadas no interior do cofre, tinham apenas o valor de oito mil dólares, pois era convicção geral que a famosa colecção do velho Jonathan valia pelo menos duzentos mil dólares. Era também do conhecimento geral que Jonathan Aiken conservava os seus selos soltos, empilhados em maços e não dispostos em álbum, como usam fazer os bons filatelistas. Quando alguém mostrava estranheza pelo facto. Aiken costumava dizer: «Se aquelas pequenas maravilhas estivessem num álbum, não conseguiria tê-las bem nas minhas mãos. Teria de me limitar a contemplá-las, sem lhes tocar».
         Drewery, o neto do velho, evidenciou esse facto no decurso do interrogatório a que Fordney o submeteu. Respondia calmamente às perguntas do professor, certo de que ninguém descobriria que fora ele quem largara fogo à casa. A verdade é que conseguira apoderar-se dos selos e, simultaneamente, ver-se livre do velho. E não havia uma única prova contra ele! Disso estava absolutamente certo!
         - O cofre foi aberto antes da chegada da Polícia? – perguntou o professor.
         - Não. – respondeu Drewery. – Ninguém lhe tocou. Esteve sob a minha vigilância durante toda a noite.
         Os olhos de Fordney pousaram atentamente sobre o rapaz.
         - Você está a mentir, Drewery. – afirmou o professor. – Por agora, acuso-o de ter furtado os selos. Mais tarde, espero conseguir provar que largou fogo à casa para matar seu avô!

         Em que se baseou Fordney para acusar Drewery de ter roubado os selos?
                                                                        
                     (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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 Solução do problema # 026
 (Diário Popular # 4177 – 22.05.1954)

       Não haviam sido encontradas impressões digitais em nenhum dos objectos que estavam sobre a mesa. Fordney compreendeu imediatamente que Newman, o assassino, planeara o crime. De contrário não teria feito desaparecer as impressões digitais de tudo aquilo de que se servira para jantar. Uma vez provada a identidade do homem, era de presumir que a sentença fosse condenatória. E assim foi…

                                                                                   
    Jarturice-027 (Divulgada em 28.Janeiro.2015)





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