sábado, 31 de janeiro de 2015

JARTURICE 030

             
                               PROBLEMAS POLICIAIS – 33 - # 030


                                          (Diário Popular # 4204 – 19.06.1954)
        
    
     O professor Fordney pegou numa folha de papel dactilografada que se encontrava sobre a sua mesa, na sala de aula de criminologia, e leu para os seus alunos:
        
         «Nunca esperei voltar vivo. O dia estava claro mas fazia um frio horrível, quando eu e o Franh Hayes partimos para o nosso acampamento no Circulo Polar Ártico, naquela manhã de 8 de Setembro de 1932. Três dias depois, no dia onze, um vento gelado, devastador, desabou sobre nós… Nunca sofri tanto como nessa ocasião. Ainda não tínhamos percorrido duas milhas quando Hayes deu uma queda tremenda e ficou estiraçado, imóvel, no meio da planície gelada. A muito custo, consegui armar uma tenda e levá-lo para lá. Mas Hayes bem sabia que estava ferido de morte e que pouco tempo lhe restava de vida. E sabendo também quanto eu era entusiasta pelos seus trabalhos científicos, disse-me querer fazer testamento a meu favor, para que com a sua fortuna me fosse possível prosseguir no estudo das suas teorias. Tentei dissuadi-lo dessa ideia mas, como ele insistisse, pequei numa folha de papel e, com uma caneta de tinta permanente, escrevi o testamento que ele me ditou. Findo este, Hayes assinou-o e, cerca de uma hora depois, morria nos meus braços.

         «Tive de abater a tiro dois cães que se encontravam também mortalmente feridos. Os outros, à excepção de um, tinham fugido durante a tempestade de neve. Portanto, foi-me impossível trazer o cadáver comigo. O pobre cão que me trouxe mal podia comigo e com o trenó. Felizmente que a tempestade amainou, pouco depois de Hayes ter morrido.
                                                        (Assinado) Joseph Dennis

         Fordney pôs a carta de parte e disse:

       - Agora, meus senhores, vão dizer-me se o que se contém nesta carta é verdadeiro ou falso… e porquê, evidentemente! Vamos, depressa!
               
 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)
 

    *     *     *     *     *


Solução do problema # 029

Se a história fosse verdadeira, Stig não poderia saber onde estava o cadáver. Ele próprio dissera que o vira pela última vez encostado à parede da cabana.


                                                                                    
Jarturice-030 (Divulgada em 31.Janeiro.2015)



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