sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

JARTURICE 043

     
                         PROBLEMAS POLICIAIS – 46 - # 043
                     (Diário Popular # 4350 – 13.11.1954)
        
   
      Uma série de incidentes atrasara Ruth Mundy. A bateria do carro fora-se abaixo e ela vira-se forçada a chamar pelo telefone um táxi; além disso, perdera a chave do cofre. Mal o táxi aparecera ao longe, ela vira-o, da janela. Tirara apressadamente da gaveta do toucador duas notas de vinte dólares, uma delas, velha e amarrotada e a outra nova em folha, e atirara-as para dentro da malinha de mão. Com a pressa, entornara um frasco de perfume e manchara a sua linda malinha de «moiré». Se aquilo continuasse assim chegaria atrasada à festa do seu aniversário! E onde teria metido aquele livro que tinha para devolver? Tinha a certeza de o ter posto sobre o toucador. Finalmente descobriu-o sobre a cama, oculto pelo casaco; agarrou nele e correu para a porta.
        
         Mal se instalou no táxi, abriu a malinha e começou a procurar a caixa de pó de arroz. Ao fazê-lo, sujou os dedos no «baton» que se destapara. Outra contrariedade! Bem; se chegasse com vida ainda poderia dar-se por feliz!... Limpou os dedos com o lenço e atirou-o fora.
        
         Ao chegar ao Mayflower Hotel, estendeu uma nota ao motorista. Enquanto esperava pelo troco, o Professor Fordney desceu do seu carro e cumprimentou-a com um «Olá Ruth!» cheio de simpatia.
         Depois de corresponder ao cumprimento, a jovem voltou-se de novo para o motorista.
         - O senhor enganou-se. Deu-me troco de cinco dólares e eu tinha-lhe entregado uma nota de vinte.
         - Não, minha senhora. A senhora deu-me cinco dólares, tenho a certeza.
         Fordney ficou a escutar, divertido, enquanto Ruth provava, sem qualquer dúvida, ao homem, que lhe entregara uma nota de vinte.
         Finalmente, a rapariga voltou-se para Fordney, muito vaidosa:
         - Consegui provar o que dizia. Que diz a isto, professor?
         - Nada mau. Dedução perfeita.

         Como provou Ruth que entregara, de facto, uma nota de vinte dólares ao motorista? 

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)






Solução do problema # 042
(Diário Popular # 4343 – 06.11.1954)

Se Sherrod estivesse inocente no caso da morte da mulher, certamente não se apressaria a declarar que chegara à cabana dez minutos depois dela… Na verdade, se ele não estivesse implicado na sua morte, não poderia saber quando é que Alice lá chegara!
                                                                              
Jarturice-043 (Divulgada em 13.Fevereiro.2015)





DIVULGAÇÃO
APRESENTAÇÃO DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt

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