sábado, 14 de março de 2015

JARTURICE 072

Prezados "Sherlocks".
Aqui estou de novo, a enviar mais uma folha para a "enciclopédia policiária".
Hoje vai também para um novo "aliado", o meu Amigo NEVES, que na BPMP,
me dá sempre uma prestimosa ajuda, quando pretendo encontrar alguma secção,
adormecida nas páginas duma publicação que não encontro no catálogo.
Um "bem haja" e um abraço para o senhor Neves.
E igual dose para todos vós. 
Do Jartur

           PROBLEMAS POLICIAIS – 75 - # 072
     

                  (Diário Popular # 4561 (18.06.1955)

         - Vou contar-lhes o que sucedeu - disse Jamison aos alunos do professor Fordney. – Na tarde do segundo dia da minha primeira visita a Paris, conheci aquela mulher por puro acaso. Um pedinte procurava roubá-la e eu livrei-a do indesejável gatuno. Ela mostrou-se muito grata e, como é natural, um pouco assustada. Fomos, portanto, a um «café» próximo para tomar qualquer coisa que lhe retemperasse os nervos. Ela era muito sociável mas misteriosa, recusando-se a revelar, fosse o que fosse, a respeito de si própria. Quando a conduzi até um táxi, no entanto, surpreendeu-me com este convite:
         - Quer jantar comigo esta noite, «monsieur»? Dê-me a sua morada. Mandar-lhe-ei o meu carro às oito.
         Indiquei-lhe o meu hotel e, fiel à sua palavra, ela mandou o motorista buscar-me. Ao recostar-me nos estofos do carro, a imagem da misteriosa rapariga enchia por completo o meu espírito, com exclusão de tudo mais. A minha meditação foi interrompida pelo motorista, que abriu a porta do carro sem proferir palavra.
         Os pormenores do jantar e dos momentos que se seguiram não interessam. Por volta das onze horas, contudo, depois de ter usado e abusado de óptimos vinhos, comecei a sentir-me esquisito. Só recuperei os sentidos no meu quarto de hotel, no dia seguinte. Evidentemente, o vinho continha narcótico.
         Ao aperceber-me de que me haviam desaparecido do bolso alguns documentos importantes, voltei a casa dela a buscá-los. A porta estava apenas encostada e eu entrei. Descobri-a então, morta. Enquanto procurava os meus papéis, chegaram os gendarmes. Recusaram-se a acreditar no que lhes contei, e prenderam-me sob suspeita de a ter assassinado.
         Os alunos entreolharam-se. Jamison esperaria que eles acreditassem naquela patranha?

         E por que não?
                         
 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

   *     *     *     *     *













Solução do problema # 071
(Diário Popular # 4554 (11.06.1955)


Se Carr tivesse sido assassinado enquanto escrevia à máquina, não poderia ter tirado a folha do carreto. Por conseguinte, fora a seu assassino quem escrevera o papel. Ao tentar incriminar Field, cometeu um erro fatal.

   Jarturice-072 (Divulgada em 14.Março.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt


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