domingo, 29 de março de 2015

POLICIÁRIO 1234

[Transcrição da secção n.º 1234 publicada 


hoje no jornal PÚBLICO]

NOVO PRAZO PARA A PROVA N.º 2

Aquilo que tínhamos planeado para este espaço de hoje, acabou por não poder acontecer, por culpa nossa, como é evidente, mas também por “culpa” dos nossos “detectives”.
Na verdade, ocorreu uma imensa participação dos nossos confrades aos desafios da prova n.º 1, batendo por larga margem o máximo que detínhamos, o que acabou por complicar sobremaneira a classificação da prova. Acresce que, por ser a primeira, obriga a uma maior concentração e cuidado, uma vez que, como já por diversas vezes referimos, há que seleccionar as melhores 512 soluções de um universo de milhares, para os seus titulares poderem passar à eliminatória seguinte, o que é substancialmente diferente de escolher a melhor proposta entre duas, como passa a ser a regra nas eliminatórias seguintes.
Desta forma, como é ponto assente que nunca terminará um prazo para envio de uma solução sem que os confrades saibam se ficaram apurados para a eliminatória seguinte e com quem vão disputar a possibilidade de prosseguirem em prova, só nos resta fazer um adiamento estratégico do prazo limite para envio das propostas de solução para os desafios da prova n.º 2, que passará a ser o dia 10 de Abril.
De qualquer das formas, logo que estejam disponíveis os elementos classificativos da prova n.º 1 e, principalmente, os confrontos para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal, serão de imediato publicados no nosso blogue “Crime Público”, que pode ser acedido em http://blogs.publico.pt/policiario.



MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO: O CONFRADE BIG BEN

Quando em 1975 nos iniciámos nestas coisas do Policiário, nas páginas do “Mundo de Aventuras” e pela mão do saudoso Sete de Espadas, havia um grupo de magníficos e experientes “detectives” que nos provocavam uma admiração imensa. Nomes como Big Ben, Detective Misterioso, Detective Invisível, M. Constantino, Leiria Dias, Inspector Aranha, Jartur, Inspector Moisés, Doutor Aranha, M. Lima e tantos outros, muitos deles infelizmente já desaparecidos, mereciam-nos um respeito total.
O nosso homenageado de hoje, que no nosso espaço se identificou como Figaleira, um pseudónimo que surgiu pela utilização das iniciais dos seus netos, era um desses “monstros sagrados”, precisamente como Big Ben e, mais tarde como Mêbêdê, usando as iniciais do seu próprio nome, Manuel Barata Dinis.
Natural de Alvares, a terra dos seus amores, radicado na Amadora há muitas décadas, a simples citação do seu pseudónimo era suficiente para causar algum frémito entre os “detectives”, pela certeza de estarmos perante um decifrador de tal qualidade que não deixava ninguém indiferente.
Também como produtor de enigmas policiários brilhou, com problemas de bom nível, com destaque para um que publicou no “Mistério…Policiário” do Mundo de Aventuras, com um pormenor de excelente recorte e que provocou uma hecatombe nas classificações, utilizando os seus conhecimentos profissionais de uma especificidade de um tipo de tecido, pormenor até aquele momento completamente ignorado por todos.
Homem de boa cultura e grande amante da Língua Portuguesa, conseguia “brincar” com as palavras e transformá-las em jogos de Palavras Cruzadas e Charadas, tornando-se um dos expoentes maiores do nosso país, sob o pseudónimo de Mr. King.
Infelizmente para nós, este confrade está retirado da actividade policiária, por problemas de visão.
Deixamos aqui um problema publicado pelos três “Zés”, o dos Anzóis, o da Vila e o de Viseu, na secção “Mundo dos Passatempos”, do jornal “O Almeirinense”, em 15 de Outubro de 2006.

O LEITOR RESOLVE

Autor: Figaleira / Big Ben

O leitor tem um amigo que é grande estudioso de História e colecciona peças, artigos e relíquias históricas, o qual teimou consigo para o acompanhar a uma exposição em que se vendem "troféus históricos a um preço inigualável", organizada por um antiquário de renome, que diz vender parte da sua colecção para custear outra viagem arqueológica.
O leitor e o seu amigo entram na sala e são apresentados ao expositor, que se mostra muito agradável e se dirige convosco para as mesas e vitrinas onde se encontram os exemplares e troféus. Ele pretende convencer-vos, fazendo comentários sobre os objectos e o seu preço. Pega num e diz: "Eis uma pulseira de ouro puro, encontrada no túmulo de um dos mais antigos faraós egípcios. Reparem nos característicos hieróglifos que contém. E aqui (acrescenta ele, apontando para uma figura de um oriental, rechonchudo e de cócoras) está um Buda autêntico, vindo do Tibete."
Depois, conduz-vos para outra mesa, pegando noutro objecto: "Eis um verdadeiro tesouro (exclama) – uma inscrição recolhida num túmulo persa." Passa os dedos sobre os caracteres, já amarelecidos e ressequidos, apontando para um canto da folha. "Olhem para isto – 60 a.C. É o que, realmente, lhe dá um valor incalculável! Ah, como lamento ser obrigado a vender todos estes tesouros!"
Ambos continuam a apreciar as demais peças expostas – antigos toucados indígenas, armas, roupas, utensílios de cozinha e coisas do género. Entretanto, o expositor pede desculpa e afasta-se, para atender uma chamada telefónica.
O seu amigo vira-se para si, entusiasmado: "Não é maravilhoso? Esta é uma oportunidade como há poucas, de enriquecer a minha colecção. Estou desejoso de começar a falar com ele sobre os preços.
O leitor detém o seu amigo pelo braço e diz-lhe: "Se estivesse no seu lugar, começaria por investigar, seriamente, a origem de certos objectos. Alguns podem ser autênticos, mas um, pelo menos, tenho a certeza de que é uma falsificação…”

Pergunta-se: Qual a razão desta afirmação do leitor?

SOLUÇÃO:
O objecto que tem a indicação de 60 a.C. é falso, por ser impossível indicar aquilo que ainda não sucedera; isto é – 60 anos antes de Cristo!

FALTAM 2 DIAS

No próximo dia 31 de Março, termina o prazo para envio de originais para o Concurso de Contos de homenagem a Manuel Constantino, promovido pela TPL – Tertúlia Policiaria da Liberdade e cujo regulamento publicámos na passada semana e está disponível, a toda a hora, no blogue CRIME PÚBLICO (http://blogs.publico.pt/policiario) ou no sítio do confrade Daniel Falcão, CLUBE DE DETECTIVES (http://clubededetectives.net.)


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