sábado, 18 de abril de 2015

JARTURICE 107

Bom fim de semana, estimados "sherlocks".
Hoje, junto à lista o nosso grande Amigo Francisco Porteiro,
"policiário" de longa data, e um dos cérebros que presidiu à
vèlhinha APP. «Associação Policiária Portuguesa».
Ontem reapareceu-me o seu endereço (se é que se mantém),
e por isso aí vai para todos a JARTURICE - CENTO E "SETE".
E o "SETE" nunca vai ser esquecido, até porque a sua memória
permanece aqui, no meu "escritório/oficina", onde existia uma
cama de solteiro, camuflada, e que era o seu "apartamento" sempre
que ele me visitava, nas suas deslocações para os "convívios nortenhos".
Abraços para todos, e um especial ao "SETE".
Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS – 110 - # 107
       (Diário Popular # 4877 – 05.05.1956)
O professor Fordney contemplou o homem que se aproximava e não pôde deixar de admirar a perfeição do disfarce. O indivíduo que caminhava, coxeando, com a bengala na mão direita, teria passado aos olhos de uma pessoa menos observadora, pelo doutor Bellen.
O vestuário impecável, a pêra branca, até os tiques nervosos do famoso e excêntrico cirurgião eram admiravelmente simulados. Contudo Fordney reconheceu, sob esse disfarce, um dos maiores actores do seu tempo, William Barstow. Se bem que ainda na flor da vida, o apogeu da carreira artística de Barstow passara já e ele tinha sido obrigado recentemente a ceder o seu lugar a actores mais novos, mas muito menos talentosos. Ao olhá-lo, o criminologista entregou-se, por momentos, a considerações filosóficas. Depois, seguiu-o. A curiosidade do professor fora despertada. Estava resolvido a apurar qual a relação entre o falso doutor Bellen e o verdadeiro que fora alvejado a tiro e ferido na perna esquerda, poucos dias antes. A própria Polícia ainda não estava ao corrente do caso. Por qualquer motivo, o cirurgião pretendia ocultar, a todo o custo, a gravidade do seu ferimento. Se alguém perguntava por ele, de sua casa diziam, invariavelmente, que tinha saído. Daí – pensava o professor – o facto de Bellen ter contratado Barstow para o substituir em público e nos lugares que habitualmente frequentava.

Quando o falso médico ia a entrar no seu clube, Fordney tocou-lhe no ombro. O homem voltou-se, com aquele olhar penetrante, tão conhecido dos doentes e amigos do médico.
- Que deseja?
Fordney sorriu e observou-lhe:
- Até mesmo os génios cometem erros. Se não fosse um pequeno erro que cometeu, não teria percebido que o senhor não era o doutor Bellen.    
       

        Que erro cometera Barstow?


         (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

                          *     *     *     *     *
















Solução do problema # 106
(Diário Popular # 4871 – 28.04.1956)

Se a tragédia tivesse ocorrido como Dandley contara, pelo menos uma das balas que atravessaram o corpo da vítima teria partido os vidros da janela que estava fechada.

 Jarturice-107 (Divulgada em 18.Abril.2015)








APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


2 comentários:

Anónimo disse...

Sempre é tempo de homenagear o nosso querido e saudoso Sete

Anónimo disse...

Muito bem Jartur. O Sete merece\ a lembraça e o abraço que lhe manda é comovent PENA que n~ao haja mais coment´rrios