segunda-feira, 11 de maio de 2015

JARTURICE 129


                                        PROBLEMAS POLICIAIS – 132

               (Diário Popular # 5036 – 13.10.1956)


Acompanhado do seu fiel ajudante o inspector Fauvel tinha decidido essa noite fazer uma ronda num carro da Polícia. Tinham-se dado vários assaltos na rua e era preciso ver o que se passava.

         O carro arrancou às 23 horas, no meio duma violenta tempestade. Grossas cordas de chuva batidas por vento forte formavam, à luz dos faróis, uma verdadeira parede de água.

         «Um tempo levado da breca» - comentou o ajudante do inspector. Fauvel ia responder-lhe quando, no alto-falante do posto de rádio do carro, se ouviu: «Atenção, carro número 18! Deu-se um assalto… no boulevard Leopold, n.º 103, 1.º andar. Sigam para o local».

         O motorista acelerou e, em breve, os polícias chegaram à morada indicada. Ali encontraram duas jovens encantadoras num horrível estado de excitação. Fauvel teve de fazer um grande esforço para conseguir que elas lhe contassem o que se havia passado.

         Elas tinham chegado de automóvel. O carro rolava devagarinho, pois ia parar à porta de casa de uma delas. Nesse momento, dois homens surgiram no negrume da noite, um de cada lado, e, através das janelas do automóvel, tinham encostado um revólver à cabeça de cada uma delas, mandando-as parar o veículo, enquanto corriam para acompanhar o movimento do carro. A que ia a guiar parou o veículo. Então, eles haviam-lhes roubado as carteiras. Depois, tinham-se sumido no meio do temporal. 

         «Têm a certeza de que as coisas se passaram assim?» - perguntou Fauvel.

          «Absolutamente» – responderam as duas, já mais calmas.

         «Nesse caso, têm de vir ao Comando da Polícia. Estão a mentir e nós temos mais que fazer do que brincar aos assaltos».


         Porque dizia o inspector que elas tinham mentido?


         (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 128

(Diário Popular # 5029 – 06.10.1956)


Se Georges Brun tivesse sido realmente assassinado enquanto escrevia à máquina, não teria podido retirar a folha para cima da secretária, visto ter morrido instantaneamente. O assassino escrevera aquelas palavras com o intuito de incriminar alguém chamado Noel Marchand.

                                                                                
 Jarturice-129 (Divulgada em 10.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R


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