quinta-feira, 28 de maio de 2015

JARTURICE 147

                                                     
                       PROBLEMAS POLICIAIS – 150 - # 147
                (Diário Popular # 5159 – 16.02.1957)                                       
«Foi preciso ter audácia para abrir e roubar este cofre a meio da tarde», observou o professor Fordney – Estava fechado à chave, é claro?».
«Para falar com franqueza, não». Respondeu John Ardmore.
«Saí daqui tencionando demorar-me apenas alguns minutos, mas o meu assistente, Elmer Judd, chamou-me ao laboratório. Só sei porque tinha passado lá uma hora quando voltei e encontrei o cofre aberto e roubado. Graças a Deus o ladrão só levou o dinheiro e não fez caso das minhas fórmulas. O meu sobrinho Ted, que tinha ido dar um passeio pelo lago, logo depois do almoço, já me dissera que eu não devia ser tão descuidado. Felizmente que o senhor, professor Fordney, estava a passar o fim-de-semana aqui perto».
Fordney olhou, através da janela, o laboratório, que estava para lá do belo relvado da residência de Verão de Ardmore.
«Judd esteve sempre consigo, durante o tempo em que permaneceu no laboratório?».
«Não. Foi buscar umas coisas ao barracão dos apetrechos de pesca. Demorou-se cerca de quinze minutos».
                                               *
Às 16 e 40, Fordney observou que o jardineiro tapava um buraco no canteiro das flores. Da janela do escritório também Judd observava o jardineiro.
Meia hora depois, Fordney e Judd encontravam-se no barracão, precisamente no momento em que Tedd saltava do seu gasolina.
«O cofre do seu tio foi roubado» - disse Judd.
«Roubado?»
Fordney confirmou. «Onde estava você a essa hora?».
«Estava a pescar a cinco milhas daqui» - respondeu Tedd, acrescentando: «Olhe estes cinco peixes!».
O professor voltou-se. A 50 jardas o jardineiro pegou numa enxada e começou a cavar. Judd tossiu.
«Muito bem» - comentou, a sorrir, o criminologista, que tinha já uma opinião formada sobre o caso.

De quem suspeitou Fordney? Porquê?
  
     (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)



  *     *     *     *     *







Solução do problema # 146
(Diário Popular # 5152 – 09.02.1957)

Ao justificar a existência de sangue no estofo do automóvel, Disse Neely que ao virar o carro rapidamente para a direita, o seu cotovelo batera no nariz de Lulu, que começara a sangrar. Mas se Neely tivesse virado o carro para a direita (como Fordney, pois não havia outra alternativa ao pé de Elk Mound Hill) não poderia ter batido no nariz de Lulu, nem com um cotovelo nem com o outro!
Embora fosse esta a mentira que revelou a sua culpabilidade a Fordney, Neely também se traiu ao explicar a razão porque havia sangue na pá. O inspector encontrara-a absolutamente limpa, o que não teria acontecido se Neely, segundo afirmou, tivesse simplesmente raspado a lama depois de transplantar as árvores.   
Neely deu essa explicação dominado pelo terror de que, apesar dos seus esforços em tirar o sangue da pá com que matara Lulu, tivesse deixado alguns vestígios. 

Jarturice-147 (Divulgada em 28.Maio.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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