segunda-feira, 8 de junho de 2015

JARTURICE 158

                                       
                               PROBLEMAS POLICIAIS – 161 - # 158

                          (Diário Popular # 5248 – 18.05.1957)

- Apesar das constantes campanhas da Imprensa, da educação do povo e das sanções, o jogo, as burlas e as desordens continuam a florescer – disse o professor Fordney aos estudantes da sua classe de Criminologia.
Continuou:
- Qual a causa destes males sociais? Vejamos, por exemplo, o caso de burla conhecido pelo nome de «conto do vigário». É ele determinado por uma tendência para o «roubo», em nós profundamente enraizada, e que quase pode considerar-se inata na natureza humana. O desejo de obter algo por menos do seu preço legítimo é tão profundo que o mero conhecimento das técnicas do «vigário» é insuficiente, por estranho que pareça, para nos proteger dessa espécie de burla. Lembremo-nos que é sempre para estes baixos desejos humanos que o vigarista apela. Ele conhece a nossa cobiça, os nossos preconceitos, a nossa avareza e o nosso egoísmo. Não necessita de suscitar o desejo daquilo que propõe porque ele já existe dentro de nós, ansiando pela oportunidade de se satisfazer.
E acrescentou:
- Um dos mais poderosos engodos que o vigarista emprega é irresistível: «Arranjar-lhe-ei isso pelo preço do custo». Ele conhece o desejo geral de se obter uma coisa pelo menor preço. Milhões de dólares perdem anualmente os que sucumbem às mais fascinantes e… ilusórias propostas.
Sorrindo, o professor Fordney exclamou depois:
- Não falemos mais de vigaristas. Agora estudemos um pouco de criptografia elementar.
Escreveu então no quadro as seguintes letras:

BNMRDFTHQ-JGD-DH
HRRN ODJN OQDBN CN BTRSN
        
- Agora – disse o professor – quero que decifrem isto num minuto. E ai daquele que levar mais tempo!

         É o leitor capaz de decifrar esta estranha inscrição?

   (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 157
(Diário Popular # 5228 – 27.04.1957)

Se bem que Danver pudesse ter cortado as carótidas e posto depois a navalha no armário dos remédios, o criminologista podia afirmar que o não tinha feito e que, portanto, o escritor tinha sido assassinado. As mãos de Danver estavam manchadas de sangue, e todavia a porta do armário, fechado, não tinha uma única mancha. Este foi o indício que levou Fordney à convicção de que não Danver, mas o seu assassino, tinha guardado a navalha no armário.  


Jarturice-158 (Divulgada em 08.Junho.2015)~





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