quarta-feira, 17 de junho de 2015

JARTURICE 167

                                               
                      PROBLEMAS POLICIAIS – 170 - # 167 
 (Diário Popular # 5317 – 27.07.1957)


Depois de o fotógrafo da Polícia ter tirado as fotografias da jovem que jazia no chão, envolvida num espesso casaco de peles, o Inspector Fauvel debruçou-se sobre a morta. Começou por tirar-lhe os óculos de sol e desatou o laço que lhe prendia os cabelos. O rosto dela surgiu então, crispado. Um exame da posição do corpo revelou ao Inspector Fauvel que a jovem devia ter sido surpreendida e estrangulada pelas costas. Nos bolsos do casaco da vítima, o Inspector encontrou um maço de cigarros, uma carteira de fósforos e algumas moedas. Só mais tarde a jovem foi identificada.
- Disseram-me que o senhor passou de canoa muito perto do sítio onde o cadáver foi encontrado, de tarde – disse o Inspector Fauvel a Henry Leblanc. – Conhecia-a?
Ao dizer isto, mostrou ao seu interlocutor uma fotografia da sedutora Josiane, tirada no decorrer de um baile de estudantes.
- Sim. – respondeu Henry Leblanc. – Vi esta rapariga acompanhada por um homem, na margem do rio, esta tarde.
«Pareceu-me que discutiam vivamente. Ela está morta? Fazendo um esforço acho que poderei descrever-lhe os sinais do homem que a acompanhava. Acha que isso o ajudará, Inspector?
- Evidentemente. E, por acaso, ouviu algo da discussão deles?
- Não. Mas percebi, pelos gestos que faziam, que se tratava de uma discussão muito viva.
- Alguma vez, antes desta tarde, encontrara Josiane?
- Não, nunca.
- A que distância se encontrava deles?
- Vejamos… estava a meio do rio. Portanto, talvez a uns trinta metros deles.
- Está ferido num dedo?
- Oh, não é nada. Cortei-me ao fazer a barba.
- Seja como for, o ferimento não tem importância – disse o Inspector Fauvel. – O que tem de explicar-me é o que se passou entre o senhor e a vítima.

Como descobriu Fauvel o assassino?  

         (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 166
(Diário Popular # 5310 – 20.07.1957)

Se o drama se tivesse desenrolado consoante a versão de Robert Denvers, as balas deviam ter atingido o tecto ou as paredes. Mas nenhum sinal havia delas. Logo, Denvers mentia… 

Jarturice-167 (Divulgada em 17.Junho.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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