sexta-feira, 26 de junho de 2015

JARTURICE 176

  PROBLEMAS POLICIAIS – 179 - # 176

            (Diário Popular # 5386 – 04.10.1957)
                «Peço-lhe insistentemente que não deixe dar muita repercussão a este infeliz caso!» - diz ao inspector Fauvel, Christiane Vernon, directora do Hotel Monterey.
«Farei o que possa» - respondeu o inspector enquanto penetrava no quarto n.º 121 – acrescentando: «Mas...» - não terminou a sua frase.
Uma vez a porta aberta, o inspector observou a cena. Partindo da esquerda da sala, os seus olhos observadores notaram a presença de uma mala com fechadura e um pequeno armário cheio de roupa e no fundo do qual havia duas malas.
Dirigindo lentamente o seu olhar para a direita, notou a presença de gotas de sangue ainda fresco sobre a porta da casa de banho, que estava fechada; um saco de viagem cujo conteúdo fora esvaziado sobre uma cama, onde se viam igualmente roupas interiores femininas, atiradas em desordem. Sobre uma pequena mesa, um pouco mais à direita, ainda podiam ver-se os restos de um jantar e uma garrafa de champanhe, vazia.
O inspector entrou na sala de banho onde encontrou, vestida para sair, mas sem chapéu, a encantadora artista Carole Simon. Ela estava caída por terra e uma bala de revolver atravessara-lhe a cabeça. Segurava com a mão esquerda uma pistola automática. A um canto do compartimento, no chão, via-se uma cápsula.
«Ainda não há uma hora que ela morreu», disse o médico que acorreu. «A bala era dirigida para a fonte, mas passou ao lado. A vítima perdeu imediatamente os sentidos mas não morreu logo…».
«O seu comportamento era bizarro desde há algum tempo», disse a directora do hotel, que havia seguido o inspector Fauvel. «Por duas vezes tinha provocado escândalo em vários estabelecimentos. Mas pergunto a mim própria por que motivo resolveu ela suicidar-se.
De qualquer maneira, inspector, peço-lhe que tente dar a isto a menor publicidade possível».
Pensativo, o inspector aproximou-se da pequena mesa e observou a marca do champanhe. Gostaria de lhe ser agradável – disse ele – mas creio que será impossível. Porque não se trata de um suicídio, mas de um crime.

Como é que o inspector Fauvel chegou a essa conclusão?

        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 175
Diário Popular # 5380 – 28.09.1957)

A falta de provas neste caso era precisamente uma prova. Farioli não teria tido razão para apagar com tanto cuidado as suas impressões digitais, se não tivesse o seu sinistro projecto.

Jarturice-176 (Divulgada em 26.Junho.2015)








APRESENTAÇÃO
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
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