quinta-feira, 6 de agosto de 2015

JARTURICE 217

           
         PROBLEMAS POLICIAIS – 220 - # 217
                  (Diário Popular # 5744 – 04.10.1958)
        
         «Oh! Veja! Estrangularam-no com um bocado de cordel!» - Exclamou Jean Fradin, quando, em companhia do inspector Fauvel, se deteve à porta da vasta biblioteca. E, dizendo isto, apontou o magnífico «setter» do dono da casa, estendido sobre o seu flanco direito contra a parede oposta.
         Os dois homens avançaram. O inspector Fauvel debruçou-se, examinando o cão e, depois retirou o fino cordel passado em volta do pescoço do animal, verificando de muito perto um pequeno nó que se encontrava sobre o lado direito.
         «Não foi morto há muito tempo; ainda está quente.» - murmurou o inspector.
         «Isto vai dar, por certo, um grande desgosto a Alfred, pois ele adorava este cão.» - declarou Jean Fradin, que era primo do proprietário da casa.
         Imediatamente advertido, Alfred Laurin ficou como que petrificado ao entrar na sala e ao contemplar o seu cão. Depois, virou-se para o inspector, literalmente perturbado pela comoção.
         «Pergunto a mim próprio quem poderá ter cometido semelhante crime.» - disse uma voz tremente de indignação.
         O inspector, grande amigo dos animais, estava também indignado.
         «Não sei quem fez isto, mas descobri-lo-ei.» - gritou, acrescentando: «Esta sala continha alguns objectos de valor?»
         «Sim. – declarou Alfred. Há aqui um pequeno cofre-forte, onde guardei uma centena de milhares de francos e alguns cheques ao portador. Mas porque teria sido morto o meu cão?»
         O inspector encaminhou-se para o cofre. Estava vazio! Os três homens dirigiram-se, então, para o salão onde todas as pessoas da casa foram submetidas a um rápido interrogatório. Ninguém parecia ter conhecimento do que se passara. Mas, de súbito, o inspector falou, explicando que o autor do duplo crime devia conhecer muito bem o «setter», como o cão o devia conhecer também.
         Depois, virando-se para Jean Fradin disse-lhe num tom glacial: «Exijo-lhe uma explicação. Se não foi você quem estrangulou o cão, foi alguém, seu conhecido. E se não foi você o autor do roubo, foi alguém dos seus…»   
  
         Porque lançou o inspector Fauvel tal acusação?
        
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 216
(Diário Popular # 5737 – 27.09.1958)

Se o ferimento mortal tivesse sido fulminante, o morto não teria, manifestamente, podido voltar a colocar ele próprio o revólver no bolso do seu sobretu 


 Jarturice-217 (Divulgada em 06.Agosto.2015)
            







 APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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