sexta-feira, 7 de agosto de 2015

JARTURICE 218

   
          PROBLEMAS POLICIAIS – 221 - # 218

                               (Diário Popular # 5750 – 11.10.1958)
        
         Depois de examinar o cinzeiro; o revólver que disparara a bala mortífera; um telegrama que continha apenas a palavra «Não», seguida pela letra «L», como assinatura; e um jornal de dois dias antes, que estavam numa pequena mesa à entrada do aposento, perto do cabide, o inspector Fauvel entrou na casa de jantar e olhou demoradamente o corpo do actor dramático Jérome Thabouin, caído junto da lareira. A bala tinha entrado pela fonte direita e fulminara-o…
         O inspector Fauvel voltou-se para o seu adjunto e pediu-lhe que fosse chamar a governante que descobrira o cadáver. Entretanto, caminhava ao longo do aposento e parava de vez em quando diante do cadáver. Curiosa, essa ferida na fonte…e as duas unhas quebradas. E também, esse golpe profundo na base do auricular esquerdo… Sim, tudo isso era curioso…
         A chegada da governante arrancou-o a essas reflexões.
         «Queria falar-me, inspector?»
         O polícia não havia sentido chegar a interessada, a quem se contentou em lançar um rápido olhar.
         «Tem a certeza de não ter tocado nesta cadeira – perguntou-lhe, indicando com o dedo uma cadeira junto da lareira – quando voltou do cinema e descobriu o cadáver?
         - Absoluta certeza, inspector.  
         - E Maria, a criada, já voltou?
         - Não. Já devia cá estar pelo menos há trinta minutos.
         - É o seu dia de saída?
         - Não.
         - Ficaria surpreendida, antes deste drama, se soubesse que o senhor Thabouin tinha ideias de se suicidar?
         - Sem dúvida. Não era uma pessoa que pensasse nisso.
         - Tenho a mesma opinião. É um crime.

         Como é que o inspector Fauvel chegara a esta conclusão?
        
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 217  
(Diário Popular # 5744 – 04.10.1958)

O inspector Fauvel lembrou-se de que Jean Fradin tinha descoberto o cão morto e que, de uma distância bastante grande, se havia apercebido de que o animal fora estrangulado com a ajuda de um fino cordel. Ora, o «setter» é um cão com pêlo comprido, tornando-se, portanto, impossível, a certa distância, notar um cordel passado em volta do seu pescoço, sobretudo encontrando-se o animal na posição em que estava o de Alfred Laurin. 


Jarturice-218 (Divulgada em 07.Agosto.2015)



APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
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