quinta-feira, 13 de agosto de 2015

JARTURICE 224

    
Pois é, caros Amigos. ESTOU EM CHOQUE! Ontem, talvez por evidente premonição, e pelas complicações do envio, parece-me ter olvidado de continuar a contagem regressiva. Se a tivesse feito, diria faltam QUATRO. E hoje faltariam TRÊS!!!!
Mentira! Desastrosa mentira! Enganei-me nas contas, pois fiz a contagem até ao último problema que eu já tinha "editado", isto é, teclado, elaborado o ficheiro, em condições de o fazer seguir.
Mas hoje (ao reflectir na data do problema que vos envio, e tendo em conta que eu logo no primeiro envio, em 31 de Dezembro de 2014, dizia que os PROBLEMAS DO PROFESSOR FORDNEY, foram publicados no «DIÁRIO POPULAR» até 2 de Janeiro de 1960), constatei a grande bronca em que havia caído. O que me alivia um pouco o sabor do tremendo erro, é saber que nenhum de vós me alertou para a incongruência.
Pois é, Amigos! As JARTURICES vão ter para durar! Não terminam na 227... mas sim na 273! 
Realmente, as DUZENTAS E VINTE E SETE, como disse lá acima, já estavam, desde há muito, prontas para o envio. Agora, ainda vou ter muito que "teclar" para aprontar as restantes 46.
Quem, de entre vós, não quer "aguentar" até ao fim?!!! 
Quem, de entre vós, está a gozar com o meu fracasso?!!!
Abraços, tímidos e envergonhados do  
Jartur
 
         
                       PROBLEMAS POLICIAIS – 227 - # 224
                         (Diário Popular # 5792 – 22.11.1958)

- É terrível! – clamou a rapariga, cujos olhos avermelhados demonstravam que chorara muito. – Minha tia deve ter-se enganado na dose do medicamento!


O inspector Fauvel, diante da enorme cama onde uma mulher idosa dormia o seu último sono, escutava.
- Não posso acreditar que ela tenha querido suicidar-se… -
prosseguiu a rapariga. – Minha tia era uma pessoa alegre. A paralisia que atingira o lado esquerdo afectara um pouco o seu bom humor nestes últimos tempos. Mas ela estava a recompor-se. Felizmente o meu braço direito está válido! – Costumava ela dizer. – Assim ainda posso ler…
         - O senhor inspector conhecia-a. Sabe que ela ainda não perdera as esperanças da cura…
         - Vejo que você não a deixava sem as suas flores preferidas. – disse o inspector apontando com o dedo uma jarra com rosas, colocada sobre uma mesa, à direita da cama, e a cerca de um metro desta.
         - Nem sem os seus bombons de que ela tanto gostava… Procurava tornar-lhe a vida tão agradável quanto possível…
         Sempre silencioso, o inspector Fauvel examinou rapidamente a pequena mesa sobre a qual se encontravam as flores. Além da jarra e da caixa de bombons, via-se um copo, uma pequena colher, vários livros e a garrafa que continha o remédio que, ingerido em dose excessiva, fora fatal.
         - Eu não a devia ter deixado sozinha ontem à noite. Mas ela insistiu em que me devia distrair e fosse ao cinema. Garantiu-me que tomaria o seu remédio às dez horas, e que até lá ficaria a ler… À meia-noite, quando regressei, vi a luz apagada e não querendo incomodá-la fui deitar-me. Esta manhã, vim encontrá-la morta…
         O inspector olhou um traço bem visível na madeira da cama e depois, apontando o livro aberto que se via sobre a coberta, perguntou:
         - Sabe quando é que sua tia começara a ler este livro?
         - Há dois ou três dias, e já quase o terminara quando eu saí.
         - O quarto estava assim arrumado quando você saiu?  
         - Assim mesmo. Mas porque pergunta isso?
         - É que eu gostaria de acreditar em si. Mas sei que me está a mentir!
        
         Porque é que o inspector Fauvel falava assim?

(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


  *     *     *     *     *








Solução do problema # 223  
(Diário Popular # 5785 – 15.11.1958)

Balde acabava de chegar ao hotel onde, segundo ele dissera, no último momento lhe ocorrera inscrever-se sob um outro nome. Ora, pouco depois de sua chegada, Pierrot Balde recebia um telegrama, que o paquete entregara ao senhor Dellet, ou, pelo menos, àquele que ele julgava chamar-se assim. Balde mentia, pois o expedidor do telegrama sabia bem que ele usava um falso nome: o de Dellet.                    

Jarturice-224 (Divulgada em 13.Agosto.2015)





APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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