sexta-feira, 14 de agosto de 2015

JARTURICE 225

          Prezados "sherlocks" e estimados Amigos:
Depois da GRANDE BRONCA ontem detectada, cá estou de novo, quase totalmente refeito para novas broncas, a enviar-vos a Jarturice que seria a ANTEPENÚLTIMA... e na contagem regressiva, faltariam DUAS. Deixemos as coisas assim! Façamos de conta que a coisa vai acabar, e os que ainda o não fizera, enviem-me amanhã a tal frase de até sete palavras, classificando esta coisa que são as Jarturices. Agora, há motivo para desancar no Jartur.
Afinal, recobrada a serenidade, consegui encontrar as JARTURICES PERDIDAS. Já estavam preparadinhas - todas as de 1959, e a última, de 1960 - para serem enviadas quando chegasse a sua vez. Só não tinham ainda, nem têm, o tratamento individual e próprio que lhes dará a feição conveniente.
Ontem comecei, e hoje continuarei, a pesquisar na BPMP, as páginas da secção "O CRIME NÃO COMPENSA", que o nosso amigo ÁLVARO TRIGO orientou, a partir de 1956, no jornal do clube
encarnado, «O BENFICA». Disputava-se então, o I TORNEIO NACIONAL DE PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA. E a equipa da secção policial "O CRIME NÃO COMPENSA", muito bem representada, entre outros, pelo Álvaro Trigo, Manuel Barata Diniz e Cloriano Monteiro de Carvalho - seguidores das Jarturices - creio que venceu a contenda.
Depois virá essa saga, que já está a entrar no nosso AHPPP.
Abraços do Jartur          
              PROBLEMAS POLICIAIS – 228 - # 225
               Diário Popular # 5799 – 29.11.1958)
«Basta! Basta! Já ouvi suficientemente este ruído a que tu chamas música!» gritou, vermelha de cólera, a encantadora manequim Maryse Manse.
Aurora Zare, uma pianista de grande talento, a quem ela se dirigia, limitou-se a fixá-la com os olhos semicerrados e continuou a tocar. O conflito que opunha as duas mulheres era grave.
Ambas estavam loucamente apaixonadas pelo famoso actor Simon Gray, que tinha alugado uma vivenda perto delas, na praia. E por causa disso a boa amizade que antes as unia, transformara-se em ódio…
                *
No meio de uma desordem aterradora, Simon Gray estava caído no soalho do seu belo salão. Estava morto, vítima de uma violenta pancada na cabeça, vibrada com o pé de um candeeiro de mesa. O seu rosto estava todo cheio de profundas unhadas.  
Numa mesinha via-se uma garrafa de «whisky», encetada. O inspector Fauvel contornou o corpo e encolheu os ombros. No chão, viam-se vários cigarros.
                 *
O inspector Fauvel resumiu: - Se compreendo bem, segundo as suas declarações, «mademoiselle» Aurora Zare, depois de ter ido buscar um maço de cigarros a casa de Gray, esta tarde, pelas 15 e 30, e depois de ter estado com ele cerca de 20 minutos, deixou-o ainda vivo às 15 e 50?
A pianista concordou.
- Quanto à senhora, Maryse Manze, declara haver encontrado morto Simon Gray, no seu salão, perto das 16 horas, quando ali foi. Para se recompor do choque, bebeu mesmo um pouco de «whisky» da garrafa que estava sobre a mesa e depois telefonou à Polícia. É isso?
- Exactamente.
- Mas nenhuma de vós confessa ter lavado as mãos depois das 15 e 30… O inspector pareceu hesitar e depois, voltando-se para uma das mulheres, disse-lhe:
- A senhora fica à disposição da Polícia…

Por que motivo é que o inspector falava assim e a quem é que ele dirigiu estas ameaçadoras palavras?
        
 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

  *     *     *     *     *







Solução do problema # 224
(Diário Popular # 5792 – 22.11.1958)
      
O inspector viu que a rapariga mentia porque, dada a posição da mesa, a doente, paralítica do lado esquerdo, não podia chegar ao remédio. Alguém interviera…

Jarturice-225 (Divulgada em 14.Agosto.2015)

APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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