quarta-feira, 19 de agosto de 2015

JARTURICE 228

                      
                                  PROBLEMAS POLICIAIS – 231
   (Diário Popular # 5831 – 03.01.1959)

«Foi aqui que eles me atiraram» - declarou Lou Mallorini, enquanto a vedeta da fiscalização costeira tocava em terra.
- Enquanto nos aproximávamos tive tempo de ver o local: reparei nesta árvore enorme e neste velho cais de desembarque; vi também a casa antes de cair o nevoeiro. O homem do leme seguia uma linha recta e por isso, quando me atiraram à água, não tive dificuldade em atingir a casa, a despeito do denso nevoeiro».
O inspector Fauvel observava a paisagem e meditava nesta história. Lou Mallorini declarara que no dia anterior tinha retirado doze milhões do banco, após o que fora abordado por dois homens armados, saídos de um carro e que tinham o rosto oculto com lenços. Depois de se terem apoderado da sua pasta, os raptores haviam-no obrigado a subir para o carro e, após viajarem durante toda a noite, passaram-no para um rápido barco a motor que seguia para o largo. Finalmente, tinham-no largado naquele recanto, isolado da costa, entre Deauville e o Havre.
Chegado a terra, o inspector Fauvel comparou os sinais deixados na areia – e que conduziam em linha recta a uma vivenda a cerca de trezentos metros do mar – com os sapatos que Lou Mallorini afirmava ter usado na véspera. Os sinais condiziam perfeitamente… O inspector ia falar, mas achou preferível calar-se.
O pequeno grupo atingira a vivenda. O porteiro confirmou, ponto por ponto, as declarações de Lou Mallorini. O desconhecido que batera à porta, estava vestido como Lou Mallorini e apresentava-se molhado até à cintura. A hora indicada por ele era também confirmada.
O inspector parecia impaciente e disse:
- Já perdemos muito tempo. Você tem estado a brincar connosco, Mallorini. Dirá ao juiz de instrução o que sucedeu aos doze milhões…

Por que motivo é que Fauvel falava assim?    

  (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 227  
(Diário Popular # 5825 – 27.12.1958)

O inspector limitara-se a entregar ao rapazito um sobrescrito vermelho, que o porteiro depositou no cacifo destinado ao correio dirigido a Roger de La Guêpière, como é hábito fazer em todos os hotéis. O sobrescrito tinha uma cor berrante e, ao passar diante das instalações do porteiro, o inspector não teve dificuldade em ver qual era o quarto ocupado pelo escritor.

Jarturice-228 (Divulgada em 17.Agosto.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@eiou.pt



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