sábado, 5 de setembro de 2015

JARTURICE 247

  Caros Amigos:
Ontem voltei à BPMP, para continuar a repescagem dos problemas que o Álvaro Trigo publicou na sua secção "O Crime Não Compensa", que se publicava no jornal «O Benfica».
Embora só me preocupe verdadeiramente, com a captação do conteúdo dos torneios, problemas e soluções, aproveito para fazer uma leitura ligeira de tudo o que ali se desenvolve. E isso por vezes resulta em interessante descoberta. Lá estava na secção de 24 de Outubro de 1957, a informação de que, nas colunas do jornal «Torneios de Palavras Cruzadas», se iniciou a publicação da secção, «Enigma Policial».
Consultei há momentos, pela "net", o catálogo da biblioteca, e lá está essa publicação, de que se terão editado 27 números, entre 1955 a 1957. Na próxima segunda feira irei ver o volume, e depois abrirei novo ficheiro histórico.
Até então, passem um bom fim de semana, sejam felizes, e repartam com Familiares e Amigos. 
Abraços do Jartur
                          PROBLEMAS POLICIAIS – 250 - # 247
                       (Diário Popular # 5969 – 23.05.1959)       
Reinava silêncio no pavilhão de caça. Por um caso de telepatia, ambos sabiam. Helena Paris sabia que o primo de seu marido, Robert Nabor, queria matá-la, e ela desejava fazer-lhe o mesmo.
        
O seu amor morrera e transformara-se em ódio. Estavam sós; o momento era oportuno. Se o inspector Fauvel não estivesse tão longe… Mas… Os olhos de ambos encontraram-se. A morte estava ali.
        
Robert colocou Helena sobre o banco e deixou que o seu sangue corresse abundantemente. Esperava calmamente. De súbito teve uma inspiração. Por que não pensara nisso mais cedo?
                                                        *
         Como precaução, o inspector afastou a roupa limpa e cuidada das costas de Helena e observou a forma das suas feridas. Uma delas estava um pouco abaixo do coração; a outra, no ombro direito.
        
Fauvel estremeceu de frio e reparou no espesso «pull-over» usado por Nabor.
        
Robert Nabor disse: «Divertíamo-nos a atirar. Eu ia atirar quando o alvo caiu. Helena correu a arranjá-lo, e ficou na trajectória do revólver. Nesse momento disparei dois tiros. Sabe como estas armas são rápidas… Coloquei-a sobre o banco; depois telefonei-lhe e cuidei das feridas dela, ligando-a. Ela sangrava abundantemente mas o seu pulso continuou a bater até o senhor chegar. Depois…
        
Fauvel reflectiu: Nabor telefonou-me às 8 e 22 e cheguei aqui às 8 e 43. Ela deve ter morrido entre as 8 e 40 e 8 e 43. Olhou para as mãos de Nabor e viu que estavam manchadas de sangue. Disse-lhe então, com voz firme: «Está preso».

         Porque prendeu Fauvel, Robert Nabor?     


 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

  *     *     *     *     *
 





Solução do problema # 246
(DiárioPopular # 5962 16.05.1959)                

Os óculos de Monique teriam ficado embaciados no momento em que ela entrasse no apartamento, por causa da diferença de temperatura que existia entre o exterior e a casa de Grace. Assim, ter-lhe-ia sido impossível ver, fosse o que fosse na cozinha, através dos seus óculos.

Jarturice-247 (Divulgada em 05.Setembro.2015)








APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

Sem comentários: