segunda-feira, 7 de setembro de 2015

JARTURICE 249

                                                  
                       PROBLEMAS POLICIAIS – 252 - # 249
           (Diário Popular # 5983 – 06.06.1959)
                     
Tito, o «clown», estava morto. Ele, que durante tantos anos, tinha alegrado milhões de crianças e distraído, por um momento, os seus pais, jazia no pavimento da sua tenda, com uma bala na cabeça. Um revólver estava caído por terra, ao lado da sua mão direita.
        
O cano do revólver, pensou Fauvel, estava novo, enquanto a coronha parecia ser velha. Voltou-se para o subdirector Bruno Holtz.
        
- Quando Tito não respondeu à chamada – disse Holtz – vim aqui à sua tenda e encontrei-o caído no chão. Não toquei em nada e afastei toda a gente daqui até o senhor chegar.
        
- Toda a gente? Mas não há um médico no vosso circo?
        
- Sim. Mas ele não estava cá. E, além disso, Tito já estava morto. Eu vi isso bem, ao entrar!
        
- Mas não viu isso assim que entrou, pois não? A tenda estava às escuras quando cá entrou, não é verdade?
        
- É verdade! Mas como é que o sabe? – perguntou Holtz, surpreendido.
        
- Apesar de todo o ruído que havia à volta, é curioso que ninguém tivesse ouvido o ruído da detonação. – observou Fauvel, sem fazer caso da pergunta de Holtz.
        
Os seus olhos percorreram a tenda e depois ajoelhou ao lado do corpo e passou os dedos pelas enormes luvas e examinou-as, assim como aos enormes sapatos habituais dos «clowns». Depois ergueu-se e disse para o sargento Cargo, que parecia disposto a prender Holtz:
        
- Ainda não. De momento, o que sabemos é que Tito não se suicidou, mas foi assassinado.

         Que é que indicava a Fauvel que Tito fora assassinado?

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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 Solução do problema # 248
(Diário Popular # 5976 – 30.05.1959)           

Fauvel encontrou Delaney deitado de costas, com a garganta aberta, e quando o voltou viu que a sua nuca estava limpa. Isto provava que Delaney tinha estado, durante todo o tempo em que a ferida sangrou, voltado com o rosto para o chão, e que só havia sido colocado de costas quando já não corria sangue. De outra forma a sua nuca estaria também cheia de sangue.


 Jarturice-249 (Divulgada em 07.Setembro.2015)

APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO
DE:
J A R T U R

                                        jarturmamede@aeiou.pt

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