domingo, 20 de setembro de 2015

JARTURICE 262

    PROBLEMAS POLICIAIS – 265 - # 262
  (Diário Popular # 6080 – 12.09.1959)
                      
- Dou em doida com esta história que está em pleno desenvolvimento, como verificará, inspector. – O rosto de Geneviève Macon tomou uma cor rosada de criança que estivesse com cólicas. Venha ver o que se passa, peço-lhe – acrescentou ela – são, seguramente espiões!
         Geneviève contou, então, como a linda secretária do ministro da Guerra se encontrava todas as noites, no parque, com um homem estranho, às 9 horas, fosse qual fosse o tempo que fizesse. Sentavam-se num banco a conversar, diante dum relvado coberto de neve, durante doze minutos, exactamente, e depois a jovem beldade voltava para casa e o homem desaparecia na escuridão. Geneviève nunca tinha conseguido ver o rosto do homem.
         Fauvel disse que iria ver. E uma noite, instalou-se no parque e esperou, em companhia de Geneviève, durante uma hora, apesar do frio. Finalmente, aproximaram-se dois vultos, que se sentaram no banco e depois ficaram a conversar em voz baixa. Fauvel apenas ouviu o homem dizer, no momento de se separarem:
         - Tu matas a velha e eu me encarregarei do corpo…
         Duma maneira discreta, Fauvel seguiu o homem até às primeiras luzes da cidade; depois, perdeu-o de vista. Mas, vinte minutos mais tarde, encontrou um jovem simpático, com ar de bom rapaz, que entrava no comissariado. Favel descobriu que ele era, afinal, o homem do parque.    
         - Este – disse o comissário, apontando o jovem que entrara na escada – é o meu sobrinho, que se dedica a escrever romances policiais e está agora a escrever um, que se passa aqui, e que é o maior mistério que ele já escreveu…
        
         Como reconheceu Fauvel, naquele jovem,
          o misterioso indivíduo que ia ao parque?


 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)
 
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Solução do problema # 261
(Diário Popular # 6073 – 05.09.1959)

Blatet não é o assassino (1) e Muret não é primo de Blatet (e por consequência também não é o assassino), uma vez que vivendo apenas a dois números da irmã de Blatet, certamente a teria já encontrado, sendo primos (5).
Como Adam é o dono da casa (3) e como procurou descobrir o assassino (6) também não foi ele quem matou.
Portanto, o assassino é Sylvestre. Sabemos, por outro lad, que Adam estava vivo após o crime (6) e como nem Adam nem Sykvestre podem ter sido vítimas, o morto só pode ser ou Muret ou Blatet. Sylvestre, que chegou à cidade na manhã do dia do crime (2), não pode ter jantado duas noites antes com a vítima (7); quem o fez foi Muret, o inválido, que nunca podia ter boxeado com Adam. Deste modo, fica apenas Blatet como sendo a vítima.

Em conclusão: Sylvestre foi o assassino; Blatet a vítima. 

 Jarturice-262 (Divulgada em 20.Setembro.2015)



APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE : J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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