domingo, 27 de setembro de 2015

JARTURICE 269

            Caros Amigos:
Afinal, tantas e tão boas expectativas para um domingo (parte dele), na minha terra natal,
e não posso, ao fim e ao cabo, fazer a deslocação. Para a semana, haverá nova oportunidade.
Portanto, conto acabar hoje a saga de: O CRIME NÃO COMPENSA. Será essa a compensação!
Abraços do Jartur         
             PROBLEMAS POLICIAIS – 272 - # 269
   (Diário Popular # 6142 – 14.11.1959)
                     
      
   - Foi o senhor Vanberg, corretor de seguros, do oitavo andar, quem descobriu o senhor Baune – explicou ao inspector Fauvel o porteiro do grande edifício comercial, de construção muito recente, ao qual ele fora chamado com urgência.
         A vítima estava afundada na sua cadeira giratória, diante da secretária, com a testa furada por uma bala.
         Peça a esse senhor Vanberg que me venha ver – pediu o inspector ao porteiro. Depois, como se ele não pudesse suportar a vista desse cadáver, o inspector Fauvel fez girara a cadeira em que estava a vítima, de forma, a que esta última ficasse em frente da janela. Foi nesse momento que entrou Vanberg.
         - Sou o inspector Fauvel. Quer dizer-me o que sabe?
         - Na verdade, não é muito. Preparava-me para sair do meu escritório, quando me apercebi de que me esquecera de algo. Deixando a porta aberta, voltei atrás. Foi do meu escritório que ouvi o ascensor parar no quarto andar.
         Nesse momento Vanberg interrompeu-se bruscamente e depois observou:
         - Inspector, ele não estava nessa posição quando o encontrei!
         - Bem sei – disse Fauvel. – Fui eu que o coloquei assim. Continue.
         - Eu dizia que eram cerca de 20 e 30. É uma hora em que todos os escritórios deste edifício estão vazios, com excepção de dois ou três. Estou quase só quando trabalho até tão tarde. Voltava para a saída quando ouvi o ruído de um tiro seguido de passos precipitados. Imediatamente o ascensor desceu. Precipitei-me para o quarto andar, mas era demasiado tarde; Baune, que eu conhecia bem, estava morto.
- Muito bem – disse o inspector. – Mas enquanto fechava a sua porta o assassino teve tempo para fazer girar a cadeira, antes de fugir pelo ascensor. Isso vê-se nitidamente pelos traços deixados pelos sapatos do morto, num dos cantos da secretária.
         - Talvez encontre alguma impressão digital na cadeira. – disse Vanberg.
         - Isso não tem importância. – respondeu o inspector, que, com voz dura, prosseguiu: - «As vossas declarações não interessam. Deve ter mais alguma coisa a dizer-nos acerca deste crime…
        
         Que queria o inspector dizer com essas palavras ameaçadoras?

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


  *     *     *     *     *








Solução do problema # 268
(Diário Popular # 6128 – 31.10.1959)           

Dado que a sua morte fora, certamente, fulminante, Henry Lecointre não teria podido, depois do tiro fatal, pegar na espingarda com as duas mãos e colocá-la sobre os joelhos…


 Jarturice-269 (Divulgada em 27.Setembro.2015)


APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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