quarta-feira, 30 de setembro de 2015

JARTURICE 272

           
               PROBLEMAS POLICIAIS – 275 - # 272
                      (Diário Popular # 6176 – 19.12.1959)
                                                                                
Eis um caso bem flagrante de estupidez criminal! – disse com voz grave o juiz de instrução que, voltando-se para o inspector Fauvel, acrescentou:
- O senhor tem certamente razão, inspector… Os criminosos acabam sempre por cometer um erro. Eis como as coisas se passaram, na minha opinião. Dir-me-á se está de acordo.



E o juiz expôs a sua teoria:

- Balançond recebia desde há tempos cartas com ameaças e aquele que lhas enviava e que tentava fazê-lo largar dinheiro, estava só com ele ontem à noite, na sua casa. Embora Balançond conhecesse bem esse indivíduo, devia ignorar que era ele o autor das ameaças que recebia. O chantagista, não sendo atendido, aproximou-se da mesa e, enquanto Balançond pegava no telefone, disparou-lhe um tiro, à queima-roupa, na cabeça. Depois, teve medo e tentou simular uma luta violenta que fizesse pensar num roubo. Atirou os papéis pela sala, rasgou os cortinados, bateu com uma cadeira nos móveis e disparou mesmo uma bala contra o pequeno cofre de aço. Já se preparava para partir quando se lembrou do revólver. E foi então que ele cometeu o seu grande erro: apagou todas as outras impressões, mas esqueceu-se desta marca perfeita que o seu polegar deixou no cano da arma, quando ele disparava.

Outro erro: o telefone. Se tivesse havido luta, o aparelho ficaria, pelo menos, desligado. Ora isso não se verificou. O nosso homem não era muito inteligente.

- O senhor juiz tem razão. – disse Fauvel.  – Quando identificarmos as impressões deixadas por esse polegar, ficaremos a saber mais alguma coisa sobre esta história. Mas sou de opinião de que o criminoso é mais inteligente do que lhe parece. Forçou mesmo a dose, num certo caso, pelo menos… É impossível que o senhor não o tenha visto…

A que aludia Fauvel?

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 271
(Diário Popular # 6156 – 28.11.1959
           
O inspector sabia bem que Claire não poderia, sòzinha, passar sobre a grade, que era alta, como se lê na descrição. Repare-se mesmo que se diz que ela repousara a cabeça sobre o seu braço que estava apoiado sobre a grade…

 Jarturice-272 (Divulgada em 30.Setembro.2015)


APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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