HOJE,
HÁ CONVÍVIO POLICIÁRIO EM SINTRA
Em
tempos mais antigos, os convívios policiários eram ocorrências normais na nossa
vida policiária e praticamente todos os meses os confrades se encontravam para
cimentar amizades que se mantinham para toda a vida.
Hoje,
os tempos são outros, as facilidades de contacto permitem maiores aproximações
pelos novos meios informáticos, mas o ritmo incomportável a que as pessoas se
deixam sujeitar na sua vida profissional e pessoal, complica o convívio
presencial, a amena cavaqueira, a alegria do reencontro. Vivemos o regresso aos
ritmos infernais, às jornadas de trabalho longas, anteriores às eras das
máquinas, que afinal não vieram facilitar a vida enquanto facilitadoras de
libertação de tempo para as actividades lúdicas e culturais, para os prazeres
do convívio.
A
TPL vai procurar transportar os confrades para uma pequena “ilha” onde esses
princípios ainda não foram esquecidos, numa aposta assumida.
Entretanto,
as nossas competições prosseguem ao ritmo normal, dentro dos prazos programados
e hoje temos mais uma fase, com a publicação das soluções dadas pela autora,
Detective Jeremias, aos desafios que fizeram a prova n.º 8.
TERTÚLIA
POLICIÁRIA DA LIBERDADE
Convívio de Outono
Hoje, dia 18 de
Outubro. Taverna dos Trovadores, Sintra
Decorre hoje o convívio
que a TPL promove, em que será feita a apresentação do livro do Concurso de
Contos do XI Convívio da TPL e será falada a possível edição de uma antologia
de problemas policiais produzidos por confrades ligados à TPL ao longo da sua
existência.
Também o confrade
Inspector Aranha (Domingos Cabral) aproveitará a oportunidade para lançar a sua
primeira antologia de contos policiais, que deverá ser a primeira pedra de uma
obra que se deseja venha a marcar o nosso meio editorial, assim todos os
confrades respondam afirmativamente ao esforço do nosso detective de Santarém.
Para os convivas mais
distraídos, recordamos as coordenadas para este dia de camaradagem e amizade,
como é habitual no Policiário. A concentração será na Taverna dos Trovadores,
no extremo norte do Largo D. Fernando II, também conhecido pelo Largo da Feira,
em S. Pedro de Sintra, a partir das 11:30 e o preço do almoço é de 15,50 €.
Os eventuais “perdidos”
nas curvas da Serra de Sintra podem recorrer ao auxílio dos organizadores:
966102077 (Pedro Faria); 966173648 (António Raposo); ou 965894986 (Rui Mendes).
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2015
SOLUÇÕES
DA PROVA N.º 8
PARTE
I – “O 1.º CASO DO INSPECTOR FERREIRA”, de DETECTIVE JEREMIAS
O inspector Ferreira sabe
que na investigação criminal é importante ser perspicaz e, ao mesmo tempo, é
necessário ver para além do que está à vista. É isso que ele tenta fazer
sempre.
Quando a sua equipa ficou
com este caso, a hipótese de o ourives estar implicado no golpe foi descartada,
não só por o Sr. Prata apresentar a documentação em ordem, mas também por ser
ele o principal lesado. Depois, tudo corria bem, como numa engrenagem bem
oleada: não há contradições entre as declarações à polícia, do ourives e da
testemunha, e os elementos de prova recolhidos no local; e, ouro sobre azul, o
gorro de ski usado pelo assaltante tem material biológico suficiente para obter
o perfil de ADN.
Posto isto, vamos ao que
interessa, ou seja, a forma como o inspector Ferreira analisou os depoimentos
dos diferentes suspeitos.
Por causa da bicicleta, o
Toupeira parece ter culpas no cartório. Sai cedo de casa e, considerando o
factor tempo, teria sido possível introduzir-se na ourivesaria antes de o
proprietário chegar. Também o testemunho das suas duas amigas poderá não ser
relevante, dado o sucesso do Toupeira junto do sexo feminino. Mas o Ferreira
rapidamente se dá conta que o uso, permanente e obrigatório, de óculos desvia
este homem do papel de principal suspeito, porque o Sr. Prata fora bastante
claro e preciso nas suas declarações.
O Enguia é outra música.
A caderneta do banco mostra que foi feito um levantamento, mas não indica nem a
hora, nem quem efectuou essa transação. No entanto, o Ferreira sabe qual é a instituição
bancária e que a caderneta só pode ser utilizada no interior, num local
habitualmente sujeito a filmagem. Sabe igualmente que também o acesso da via
verde da auto-estrada é controlado. A justificação que o Enguia apresenta até
pode ser verdade, mas se saiu de Santarém à hora indicada conseguiria chegar ao
centro de Lisboa a tempo de preparar o golpe. Este suspeito mantem-se como tal
e o Ferreira passa ao cliente seguinte.
O Patinhas apresenta como
álibi o facto de ter o carro bloqueado pela Emel por ter excedido o tempo de
estacionamento e diz também que o carro é novo, 100% eléctrico e está
“devidamente identificado com tudo a que tem direito”. Quando o inspector
Ferreira anotou as declarações não reparou, mas mesmo antes de contactar a Emel
apercebeu-se de que o Patinhas devia estar a mentir. É que os veículos 100%
eléctricos identificados com o Dístico Verde não estão sujeitos a pagamento de
tarifa de estacionamento nem são obrigados a cumprir o limite de tempo. O
Patinhas com a sua obsessão pela poupança não podia deixar de aproveitar este
benefício. O Ferreira sabe que o Dístico Verde é válido por um ano e que o
carro é “novo em folha” e, por isso, ainda estará dentro da validade. Assim, o
inspector Ferreira considera o Patinhas como o principal suspeito e o primeiro
telefonema que irá fazer será para a Emel.
PARTE
II – “O CASO TORTA” , de DETECTIVE
JEREMIAS
A resposta correcta é a B
– Sergi.
Sim, para mim foi fácil
descobrir quem me estava a aldrabar. Passei quase três semanas a ver a bandeira
da Catalunha e sei que não é possível hasteá-la ao contrário. Esta bandeira tem
um fundo amarelo e quatro faixas horizontais vermelhas com a mesma largura, sem
outros desenhos ou símbolos. Sergi nunca poderia ter colocado a bandeira numa
posição incorrecta e, por isso, não fala verdade. Esclarecido o assunto,
chegámos à conclusão de que não se tratou de um “roubo”, mas sim uma
brincadeira, uma partida. A torta estava intacta, escondida por detrás de uma
pilha de fruta e conseguimos resgatá-la antes do ataque de um furioso exército
de formigas.
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