domingo, 31 de janeiro de 2016

POLICIÁRIO 1278



ÚLTIMA CHAMADA PARA AS COMPETIÇÕES DE 2016

Dentro de uma semana será dado o tiro de partida para mais um ano de competições, com a publicação do primeiro desafio.
Regressam, assim, as emoções e a adrenalina que sempre invadem os nossos “detectives” quando há um enigma para resolver, seja qual for o seu grau de dificuldade.
O início de uma nova temporada acarreta sempre ansiedade, sobretudo após algum tempo de paragem, principalmente por durante algum tempo andarmos a publicar regulamentos, avisos e recomendações, todos os anos repetidos, criando uma monotonia que só a publicação dos primeiros desafios pode dissipar.
Portanto, fica o alerta para redobrada atenção ao PÚBLICO do próximo domingo, em que vai haver um problema policiário que vai ser a porta de entrada na competição de 2016.
Entretanto, enquanto esperamos, vamos publicar um pequeno desafio que terá como missão fazer um pré-aquecimento das células cinzentas, para o que aí vem.
Será também um pretexto – como se tal fosse necessário – para prestarmos uma justíssima homenagem a um confrade de eleição: BIG BEN, também conhecido no nosso espaço pelo pseudónimo de Figaleira.

UM DESAFIO DE BIG BEN PARA AQUECER AS “CINZENTAS”

Quando em 1975 nos iniciámos nestas coisas do Policiário, nas páginas do “Mundo de Aventuras” e pela mão do saudoso Sete de Espadas, havia um grupo de magníficos e experientes “detectives” que nos provocavam uma admiração imensa. Nomes como Big Ben, Detective Misterioso, Detective Invisível, M. Constantino, Leiria Dias, Inspector Aranha, Jartur, Inspector Moisés, Doutor Aranha, M. Lima e tantos outros, muitos deles infelizmente já desaparecidos, mereciam-nos um respeito total.

De entre eles, destacamos hoje um desses “monstros sagrados”, precisamente o Big Bem, mais tarde Mêbêdê, usando as iniciais do seu próprio nome, Manuel Barata Dinis e ainda Figaleira, formado a partir dos nomes dos seus netos.
Natural de Alvares, a terra dos seus amores, radicado na Amadora há muitas décadas, a simples citação do seu pseudónimo era suficiente para causar algum frémito entre os “detectives”, pela certeza de estarmos perante um decifrador de tal qualidade que não deixava ninguém indiferente.
Também como produtor de enigmas policiários brilhou a grande altura, com problemas de bom nível, com destaque para um que publicou no “Mistério…Policiário” do Mundo de Aventuras, com um pormenor de excelente recorte e que provocou uma hecatombe nas classificações, utilizando os seus conhecimentos profissionais de uma especificidade de um tipo de tecido, pormenor até aquele momento completamente ignorado por todos.
Homem de boa cultura e grande amante da Língua Portuguesa, conseguia “brincar” com as palavras e transformá-las em jogos de Palavras Cruzadas e Charadas, tornando-se um dos expoentes maiores do nosso país, sob o pseudónimo de Mr. King.
Infelizmente para nós, este confrade está retirado da actividade policiária, por alguns problemas de visão, que fizeram com que fosse “proibido” pelos médicos de a esforçar em leituras prolongadas.
De qualquer forma, não queríamos deixar de lhe prestar esta singela homenagem, de sincero respeito e admiração por um “detective” de eleição. Não nos foi possível encontrar, em tempo útil, o tal problema especial, que tanto nos marcou, mas deixamos aqui um outro, bem mais recente, publicado pelos três “Zés”, o dos Anzóis, o da Vila e o de Viseu, na secção “Mundo dos Passatempos”, do jornal “O Almeirinense”, em 15 de Outubro de 2006.

O LEITOR RESOLVE

O leitor tem um amigo que é grande estudioso de História e colecciona peças, artigos e relíquias históricas, o qual teimou consigo para o acompanhar a uma exposição em que se vendem "troféus históricos a um preço inigualável", organizada por um antiquário de renome, que diz vender parte da sua colecção para custear outra viagem arqueológica.
O leitor e o seu amigo entram na sala e são apresentados ao expositor, que se mostra muito agradável e se dirige convosco para as mesas e vitrinas onde se encontram os exemplares e troféus. Ele pretende convencer-vos, fazendo comentários sobre os objectos e o seu preço. Pega num e diz: "Eis uma pulseira de ouro puro, encontrada no túmulo de um dos mais antigos faraós egípcios. Reparem nos característicos hieróglifos que contém. E aqui (acrescenta ele, apontando para uma figura de um oriental, rechonchudo e de cócoras) está um Buda autêntico, vindo do Tibete."
Depois, conduz-vos para outra mesa, pegando noutro objecto: "Eis um verdadeiro tesouro (exclama) – uma inscrição recolhida num túmulo persa." Passa os dedos sobre os caracteres, já amarelecidos e ressequidos, apontando para um canto da folha. "Olhem para isto – 60 a.C. É o que, realmente, lhe dá um valor incalculável! Ah, como lamento ser obrigado a vender todos estes tesouros!"
Ambos continuam a apreciar as demais peças expostas – antigos toucados indígenas, armas, roupas, utensílios de cozinha e coisas do género. Entretanto, o expositor pede desculpa e afasta-se, para atender uma chamada telefónica.
O seu amigo vira-se para si, entusiasmado: "Não é maravilhoso? Esta é uma oportunidade como há poucas, de enriquecer a minha colecção. Estou desejoso de começar a falar com ele sobre os preços.
O leitor detém o seu amigo pelo braço e diz-lhe: "Se estivesse no seu lugar, começaria por investigar, seriamente, a origem de certos objectos. Alguns podem ser autênticos, mas um, pelo menos, tenho a certeza de que é uma falsificação…”

Pergunta-se: Qual a razão desta afirmação do leitor?

A solução oficial do problema, apresentada em 15 de Novembro, refere, na sua simplicidade:

O objecto que tem a indicação de 60 a.C. é falso, por ser impossível indicar aquilo que ainda não sucedera; isto é – 60 anos antes de Cristo!






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