domingo, 15 de maio de 2016

POLICIÁRIO 1293




MAIS DOIS CRIMES RESOLVIDOS

Mais dois casos têm hoje o seu epílogo, culminando investigações que decorreram de modo positivo para a maioria dos nossos investigadores.
À medida que a competição vai evoluindo, também os nossos “detectives” vão criando mais “calo” e prestando mais atenção aos pormenores que ditam as soluções correctas.
Como é natural, cada produtor de problemas policiários escolhe pequenos motivos para contradição, que têm de ser encontrados pelos decifradores e que originam as conclusões que resolvem os enigmas. Cabe, pois, aos candidatos a “detectives” estarem particularmente atentos a tudo o que é transmitido no enunciado do problema. Como veremos, no caso do problema do Zé Pincel, quase tudo era jogado no início do problema, quando era anunciado que o ex-recluso mostrava as marcas de ter estado mais de 10 anos numa prisão onde não chegava sequer o sol.
No outro problema, de autoria da dupla A. Raposo & Lena, para além da natural atenção aos pormenores, era necessário encadear alguns raciocínios e retirar conclusões para chegar à alínea certa.
Francamente, entendemos que os “detectives” estão a ter um desempenho excelente este ano, como provam os resultados obtidos, com elevadas percentagens de acertantes, sendo que muitos dos que já perderam pontos o fizeram por manifesta falta de atenção na leitura do que foi transmitido nos problemas.
Uma vez mais podemos afirmar que uma leitura adequada e criteriosa dos textos representa uma enorme mais-valia para uma resolução correcta dos problemas.
Logicamente que os desafios tenderão a complicarem-se, e exigirem mais dos “detectives”, mas ficamos com a certeza que todos os criminosos que aflorarem nos problemas que apresentamos não vão ter vida fácil e acabarão invariavelmente atrás das grades!


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS DA PROVA N.º 3

PARTE I

“O REGRESSO DO ZÉ PINCEL À LIBERDADE ” –  de SSAS

O problema começa logo por dar a pista para a sua própria resolução ao dizer que eram visíveis as marcas que mais de 10 anos deixam numa pessoa. A descrição posterior vem a revelar que a prisão era mesmo muito dura e os presos só muito esporadicamente conseguiam ver o sol. Não era sequer a questão de receber os raios solares, mas vê-los no topo das torres de vigia, que já constituía uma alegria para os reclusos. Assim sendo, qualquer que fosse o estado físico do recluso, uma coisa teria de acontecer sem qualquer margem de dúvidas e isso seria estar branquinho, por ausência de sol.
Depois de mais de 10 anos literalmente “à sombra”, seria natural aparecer pálido e sem cor.
Foi precisamente isso que o inspector notou no Zé Pincel, que não havia consonância entre as suas afirmações de que estivera todo o dia na praia e no mar, matando saudades da areia, do sol e do mar e a cor pálida com que se apresentou e que era visível, como é descrito.
O Zé Pincel não passou o dia como refere, ou estaria com um escaldão de todo o tamanho.
Se foi ele que deu o “tratamento” ao denunciante, isso é outro caso que não é pedido que se esclareça, mas certamente que o inspector, muito experiente, o interrogará de modo a aclarar toda a situação. O Zé Pincel está, certamente, metido em nova alhada.


PARTE II

“UMA INVESTIGAÇÃO DE OLHO VIVO E PÉ LIGEIRO”
 de A. RAPOSO & LENA


A vítima queixou-se de ter levado uma facada na omoplata esquerda, terem-lhe retirado a mala de puxão e, não se ter apercebido da aproximação do agressor.

O Inspetor que observou a cena de longe, por ser já noite não distinguiu o meliante e tentou persegui-lo mas aquele foi mais lesto e desapareceu na penumbra.

Estes dados transmitem-nos a informação: - o atacante seria esquerdino, bom corredor e não faria ruido ao andar.

Por eliminação começamos por retirar dos suspeitos o Tó Lirú que era coxo.
Outro a ser eliminado será o Xico “três dedos”. Não teria na mão esquerda forma de segurar uma faca.

Eliminamos o Arturzinho portuense dado que usava sempre bota alta o que ao andar faria ruído ao pisar a calçada.

Resta-nos o Zé Fininho. Era canhoto e usava sempre as sapatilhas Nike, boas para correr e de sola de borracha. Silenciosas, portanto. Apertado pela polícia terá que confessar.

Resposta correcta: B – Foi o Zé Fininho.


ATENÇÃO AO XIII CONVÍVIO DA TPL!

Aproxima-se em passos largos o dia em que o Mundo Policiário se reúne, anualmente, sob a batuta da Tertúlia Policiária da Liberdade, numa tradição que se vai consolidando.
Este ano é o regresso ao “local do crime”, onde os confrades e “detectives” já foram (e vão ser novamente) muito felizes!
No dia 29 de Maio, na Quinta do Rio, entre Azeitão e Sesimbra, perto da povoação Alto das Vinhas, assistiremos à maior concentração de “detectives” por metro quadrado, onde haverá sempre ligar para mais um!

As inscrições e pedidos de esclarecimento podem ser feitos para os organizadores do evento, por nós designados como “núcleo duro da TPL”, ligando para: 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria-Verbatim); 213548860 ou 966173648 (António Raposo- A. Raposo & Lena); 219230178 ou 965894986 (Rui Mendes- Búfalos Associados).
Mais notícias, sempre ao alcance dum “clic”, no nosso blogue CRIME PÚBLICO, em http://blogs.publico.pt/policiario.


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