domingo, 12 de junho de 2016

POLICIÁRIO 1297



QUEM COMEU O BOLO DE CHOCOLATE?

O confrade viseense Paulo é um dos mais prolixos produtores nacionais e mantém viva uma tradição de propor bons desafios, com bastante cuidado na sua apresentação e quase sempre versando assuntos do quotidiano, que cada um de nós consegue imaginar no seu dia-a-dia.
Uma das discussões recorrente no Policiário é a de saber até que ponto se trata de uma actividade para todas as idades. Hoje, graças à intervenção de vários produtores - como o próprio Paulo -, podemos assegurar que o policiário pode ser “usado” por toda a gente, porque não encerra a obrigatoriedade de ter um crime, com ou sem sangue, mas basta-lhe um mistério, por mais simples e linear que seja, que exija dos leitores a interpretação e análise de situações e a retirada de conclusões por via dedutiva.
Houve até algumas experiências no passado, de utilização desta capacidade de estimulação que o Policiário encerra, em experiências pedagógicas em escola problemática, que conduziram a resultados bastante interessantes.
O problema do confrade Paulo, ilustra bem o que dizemos e é com ele que deixamos os nossos “detectives”, com o habitual alerta para os cuidados a ter para não haver surpresas na pontuação: muita atenção e cuidado na leitura!
 
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
PROVA N.º 5 – PARTE II
“O ASSALTO AO BOLO DE CHOCOLATE” – Original de PAULO

As festas de aniversário das crianças são momentos de grande azáfama para os pais e imensa alegria para os pequenos.
A festa do meu filho Luís não fugiu à regra. Convidou quatro amigos para casa, para entre os gritos correrias e brincadeiras festejar o seu sétimo aniversário.
Enquanto eles se davam à liberdade de saltar entre os diferentes compartimentos e a umas corridas e jogos no pequeno quintal, ia-se colocando uma mesa com algumas guloseimas para o lanche. Havia uma tarte de morango, croissãs, folhados de maçã, um bolo de chocolate e pão com passas. Cinco diferentes produtos para cinco crianças todas com gostos diferentes. Mas…festa é festa, e se era para ter o meu filho satisfeito, havia que ter também os seus amigos contentes, ofertando-lhes as sobremesas de que mais gostavam.
Ninguém se preocupava em controlar o que a pequenada fazia, pelo que não me deveria ter surpreendido quando entrei na sala onde decorreria o lanche e encontrei o bolo de chocolate sem um pedaço, sendo bem visíveis as marcas dos dedos de quem cometera o “assalto”.
Quem teria sido? Sem ver necessidade de recolher à recolha e análise de impressões digitais para deslindar o caso, tentava na minha memória recordar quem vira entrar na sala ou sair.
Eram 20 minutos para as quatro quando vi entrar o Luís, em corrida, escondendo-se de alguém. Ainda lhe fui perguntar se tinha sido ele. Como é óbvio a resposta foi negativa, mas neste caso, eu até já sabia que ele não gostava de chocolate nem morangos.
A Sofia com as suas tranças era mais pequenita. De calções corria e passava por todos sem ser vista. Por acaso eu vi-a sair da sala, mas claro que também disse, com a sua vozita inaudível que não tinha sido ela. Ela, se visse passas à frente, já não queria saber de mais nada.
O Marco e a Raquel eram irmãos. Eu vira-os a rondar a porta da sala, eram quase quatro horas. Também disseram que não tinham disso, eles, até porque a Raquel era alérgica ao chocolate.
Havia ainda a Beatriz que só não gostava de maçãs, ao contrário do Marco que era o único que gostava deste fruto, e foi a primeira que eu vi aproximar-se da sala. Claro que não valia a pena questioná-la sobre o assunto.
Eu até já suspeitava de quem fora o autor. Chamei as crianças todas. Coloquei-as em fila e mandei que me mostrassem as mãos. Lá apareceram uns deditos achocolatados na criança que tinha guardado para si a sobremesa de chocolate. Apenas tinha antecipado o lanche.
Está na altura de perguntar a quem se destinava a sobremesa de chocolate, ou seja, quem fez o assalto ao bolo de chocolate.
A – O Marco
B – A Raquel
C – A Beatriz
D – A Sofia.

E pronto.
Apresentado este caso misterioso na festa de aniversário, resta aos confrades responderem, impreterivelmente até ao dia 30 de Junho, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!

ECOS DO XIII CONVÍVIO
 DA TERTÚLIA DA LIBERDADE

Novas da TPL a propósito de mais um excelente convívio policiário:
“Decorreu, com muita alegria, o XIII Convívio levado a efeito pela Tertúlia Policiária da Liberdade no passado domingo, 29 de Maio, na Quinta do Rio, entre Azeitão e Sesimbra.
O dia bonito, os campos verdes e, lá um pouco mais longe, a serra à vista, convocaram os presentes a uma amena e reconfortante cavaqueira. De tudo se falou, em ambiente de grande abertura e saudável discussão.
O almoço foi uma delícia e, no fim, os confrades Maria Helena e A. Raposo lançaram umas quadras de Fernando Pessoa, mas com algumas lacunas para serem preenchidas pelos convivas. O objectivo era emular ou (imagine-se!) superar o autor original. Os vencedores, com grande brilho, foram os Búfalos Associados. Mas todos receberam prémios, constituídos por um livro e brochuras com o traço comum do bom humor.
Já está em andamento a preparação do XIV Convívio!”



Sem comentários: