domingo, 4 de dezembro de 2016

POLICIÁRIO 1322



FIM DE ÉPOCA… NOVA ÉPOCA!

Entramos em Dezembro com as emoções à flor da pele, como sempre.
Por um lado são as competições desta época que avançam para a consagração dos grandes vencedores, após muitos meses de intensa actividade; por outro lado é a aproximação de mais uma época, esta muito especial porque será a dos 25 anos do Policiário no PÚBLICO!
Olhando para trás ou vislumbrando o que se vai seguir, não podemos deixar de congratular todos os nossos confrades “detectives” e leitores, pelo apoio inequívoco e colaboração activa que sempre nos transmitiram e vão, certamente, continuar a prestar.
Até final deste mês, teremos as pontuações das provas e respectivas classificações finais, sendo que estas apenas serão divulgadas na noite de passagem de ano, com a divulgação dos campeões na despedida de 2016, à semelhança, aliás do que tem sido prática nos últimos anos e que tem “agarrado” os nossos “detectives” ao blogue Crime Público, onde as coisas acontecerão ao vivo!
Também agora se vai iniciar a apresentação de ideias e sugestões para este nosso espaço, no ano que se avizinha e em que festejaremos as nossas “bodas de prata”, 25 anos ininterruptos de Policiário, depois de uma imensa caminhada que teve início no dia 1 de Julho de 1992.
E como primeira ideia, o lançamento de um campeonato nacional com problemas policiários de autoria de todos os campeões nacionais de produção ainda em actividade, bem como dos que se classificaram em lugares de honra. Serão 10 problemas de características tradicionais e 10 de escolha múltipla, rigorosamente originais. Em breve teremos aqui a revelação dos confrades que “queremos” ter como produtores na época especial de 2017! Assim todos possam corresponder a este desejo…

EVOCAÇÕES

SETE DE ESPADAS

O Sete de Espadas nasceu no Ribatejo, na vila da Chamusca em 1 de Fevereiro de 1921 e em 12 de Janeiro de 1947 iniciava a sua actividade como orientador de um espaço policiário, no Jornal de Sintra, com o título Mistério e Aventura, que ele mesmo definia, em subtítulo, como uma “secção policial orientada por Sete de Espadas”.
Depois foi um nunca mais acabar, na divulgação da literatura policial e, sobretudo, na vertente da competição policial.
Que nos desculpem os confrades mais antigos, aqueles que viveram com ele as aventuras do Clube de Literatura Policial, das secções no Camarada, no Cavaleiro Andante e em tantos locais, mas nós apontamos um marco que nos parece decisivo em toda a História do Policiário: O dia 13 de Março de 1975.
Nesse dia, em todas as papelarias, quiosques, pontos de venda de jornais e revistas, apareceu, apenas, mais um número do “Mundo de Aventuras”, uma revista de histórias aos quadradinhos, editada pela Agência Portuguesa de Revistas, que já vinha dos anos 40 do século XX, mas que trazia algo de novo: As últimas páginas eram identificadas como “Mistério… Policiário”, assinadas por um não menos misterioso “Sete de Espadas”!
Foi, podemos dizê-lo com toda a propriedade, o virar de página de toda uma geração de jovens, muito jovens mesmo, na casa dos 13, 14 anos, que apareceram em enorme explosão, criando um movimento imparável que nos trouxe até aos nossos dias.
O primeiro sinal de que algo se movia, foi a grande afluência à literatura policial, a corrida aos alfarrabistas, a ânsia de ler os clássicos do policial, antes da procura dos modernos escritores. Depois, foi a quantidade de malta nova a tratar-se por nomes escolhidos pelos próprios, que podiam ser de uma personagem dos quadradinhos, de um detective da literatura, de uma abreviatura do próprio nome, de uma invenção pura… Tudo servia para nos identificarmos perante os outros. Era o Detective Invisível, o Inspector Moisés, o Ubro Hmet ou o Satanás… Poucos sabiam o nome real do confrade que estava à sua frente, nem isso era importante! Poucos sabiam o que faziam os outros na vida profissional, mas também não era necessário! O importante era o facto de estarem todos irmanados no mesmo gosto pela dedução, pelo exercício das “células cinzentas”, estarem disponíveis para se reunirem em Tertúlias Policiárias e todos os meses percorrerem o país para os Convívios, na altura única forma de travarmos conhecimento para além das fronteiras próximas.
No centro de tudo, a figura simpática de um homem de barbas brancas, cabelo ralo, sorriso aberto e simpático: O Sete de Espadas.
Mais tarde foi o XYZ Magazine, o Clube dos Amigos do XYZ e muitas outras coisas, sempre com a relevância da Amizade e da Camaradagem, suas imagens de marca.
Foi no dia 10 de Dezembro de 2008 que a notícia do seu falecimento correu no seio da imensa família policiária, que assim viu partir o seu principal divulgador, deixando um rasto de pesar entre a imensa legião daqueles que com ele cresceram física e mentalmente.



CLUBE DE DETECTIVES


Foi no dia 14 de Dezembro de 2000 que apareceu uma página na internet que se assumiu, desde logo, como um espaço de debate, de divulgação e de amizade, tendo como pano de fundo o Policiário.
Chamava-se, nessa altura, DESAFIOS POLICIÁRIOS e o seu mentor era um “detective” com créditos firmados, pela sua enorme qualidade como decifrador e como produtor de enigmas, bem como de dinamizador de todas as actividades deste passatempo: DANIEL FALCÃO.
Inicialmente perseguia o objectivo de divulgar os enigmas policiários que eram publicados nas diversas secções existentes, criando um excelente arquivo de problemas e respectivas soluções, mas cedo se transformou em algo maior, acompanhando os torneios, os resultados de cada prova, as diversas classificações, ao momento, permitindo que cada “detective” saiba exactamente qual a sua posição.
Os DESAFIOS POLICIÁRIOS deram lugar ao CLUBE DE DETECTIVES, mas mantiveram-se e aprofundaram-se os objectivos e a qualidade.
No próximo dia 14 de Dezembro, milhares de confrades espalhados um pouco por todo o lado, vão cantar os parabéns e fazerem votos de longa vida!



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