domingo, 13 de agosto de 2017

POLICIÁRIO 1358



MUDAR OU NÃO, EIS A QUESTÃO!

O mês de Agosto é considerado o mês de férias por excelência e toda a actividade humana acaba por se ressentir disso mesmo. Não há a mesma disposição para abordar questões e quase tudo consegue ser justificado pelas férias. Também nós somos tomados por uma certa “preguiça” que nos impõe um regime mais aberto, menos rigoroso, mais convidativo a uns mergulhos refrescantes e retemperadores.
Mas as nossas competições não podem parar, porque um detective tem de estar sempre activo e pronto a responder ao crime, onde e quando este se manifestar, porque o crime não mete férias!
Hoje vamos ter a parte II da prova n.º 7, de autoria do confrade Verbatim, natural de Leiria e residente em Alfragide, que nestas páginas “nasceu” Nove e como referiu por variadas vezes, descobriu tarde o Policiário, tendo adoptado este pseudónimo por, no seu entender, retratar essa situação, ou seja, NO de novo “detective” e VE de velho em idade.
Protagonizou enormes lutas policiárias e conquistou muitos e variados títulos. Destaque para o de Campeão Nacional em 2003/2004, numa época de ouro em que foi também Policiarista do Ano, finalista da Taça de Portugal, apenas perdendo para o confrade Zé, curiosamente também natural do distrito de Leiria, numa final emocionante, (repetindo o desfecho do ano anterior em que perdeu a final para o confrade Daniel Falcão), concluindo ainda essa época como número 1 do ranking!
Autor de bons problemas policiais, numa altura em que estes não abundam, viu a sua qualidade reconhecida com a obtenção do título de vice-campeão nacional de produção na época 2005/2006, para além de outros excelentes resultados.
Elemento importante da extinta Tertúlia Policiária da Linha de Sintra, é hoje um dos responsáveis pela Tertúlia Policiária da Liberdade, promovendo o convívio saudável, na linha da tradição criada e desenvolvida pelo saudoso Sete de Espadas.
Afastado voluntariamente da competição esta época, aguardamos o seu regresso com redobrada expectativa, para podermos assistir às suas sempre excelentes participações, como decifrador.
 Vejamos o que nos propõe o confrade Verbatim:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
PROVA N.º 7 – PARTE II
“MUDAR OU NÃO DE APOSTA, EIS A QUESTÃO” – Original de VERBATIM

No início dos anos sessenta, havia uma companhia de variedades que durante o seu espectáculo apresentava um concurso que tinha como prémio final um grande aparelho de televisão. Havia uma prova prévia onde se podiam ganhar telefonias portáteis, depois da qual ficava apenas um concorrente que se candidatava ao televisor.
Eram então apresentadas três grandes caixas, rigorosamente iguais por fora, numeradas 1,2 e 3. Uma tinha o desejado prémio e as outras duas estavam vazias.
           
O concorrente escolhia uma das caixas para se habilitar ao aparelho.
           
Prosseguindo o espectáculo, o apresentador, antes de abrir a caixa escolhida, descerrava uma das outras duas, que sabia estar vazia, e mostrava-a a toda a gente. Ficavam portanto duas caixas fechadas, uma delas com o televisor. Nessa altura, o apresentador dizia ao concorrente que lhe concedia a oportunidade de mudar a aposta para a outra caixa fechada, se o desejasse, esclarecendo-o, no entanto, de que seria indiferente fazê-lo ou não, visto saber-se que uma das caixas continha o televisor e a outra não, sendo assim igual a probabilidade de o televisor estar numa ou noutra das caixas.
Se, por exemplo, fosse escolhida a caixa 1 e descerrada a caixa 3, ao concorrente era, portanto, dada a oportunidade de alterar a sua aposta para a caixa 2, se o desejasse.
Ora, passadas várias sessões, em que umas vezes saiu o televisor e outras não, apareceu um protesto sustentando que o apresentador do concurso prejudicava os concorrentes com as explicações que produzia sobre a opção de alterar ou não a aposta, pois não eram iguais as probabilidades de o televisor se encontrar numa ou noutra das caixas. E, visto isso, poder-se-ia até estar perante uma fraude.
Chamaram-se pessoas sabedoras das subtilezas dos jogos de sorte e de azar para se pronunciarem sobre a matéria. E saíram quatro opiniões diferentes:
            A – O concorrente não era prejudicado nem beneficiado pelo esclarecimento dado pelo apresentador, visto ser rigorosamente igual a probabilidade de o televisor estar numa ou noutra das caixas.
            B – O concorrente era beneficiado porque as considerações do apresentador o levavam apenas a concentrar-se nas duas caixas em que poderia apostar e a esquecer o que se passara antes.
            C – O concorrente era prejudicado devido a ser bastante menor a probabilidade do televisor estar na caixa inicialmente escolhida do que na outra caixa que ficou fechada. 
            D – O concorrente era prejudicado devido a ser bastante maior a probabilidade do televisor estar na caixa inicialmente escolhida do que na outra caixa que ficou fechada
Será que o protesto tinha fundamento? Indique quem teria razão escolhendo uma das alíneas anteriores.

E pronto.
Fica a proposta do confrade Verbatim, que apesar da decisão de fazer uma pausa na decifração, respondeu afirmativamente ao desafio que lhe foi lançado para que apresentasse dois problemas, um de cada tipo.
Agora, resta aos “detectives” decidirem qual das alíneas é a correcta e, impreterivelmente até ao próximo dia 10 de Setembro fazerem chegar as suas opções ao coordenador deste espaço, em conjunto com a solução do problema publicado na semana passada, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada Militar, n.º 23, 2125-109 MARINHAIS;
Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas deduções e boas férias (se for o caso!)






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